* Estas e outras centenas de espécies, inclusive as ameaçadas de extinção, fazem parte da lista oficial da fauna de Curitiba. Elaborada pela equipe do Museu, foi divulgada pelo Decreto Municipal n.º 1082/2022 e é disponibilizada em formato de livro (impresso e digital): Inventário da Fauna de Curitiba 2023, a partir de 5/6, Dia Mundial do Meio Ambiente. CLIQUE AQUI PARA FAZER O DOWNLOAD DA PUBLICAÇÃO.
Com um respeitável acervo, que reúne até centenárias coleções científicas de insetos, peixes, ectoparisatas, mamíferos, répteis e anfíbios, e invertebrados (não insetos), o Museu de História Natural Capão da Imbuia é reconhecido nacionalmente pela qualidade do seu trabalho na área da pesquisa zoológica, abrangendo diferentes grupos de animais.
Suas coleções são de interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, tanto para consulta de dados e revisões dos organismos vivos, como para depósito de material zoológico, proveniente de atividades científicas, O Museu também trabalha no estudo das espécies ameaçadas de extinção e no cadastramento dos elementos que compõem o ecossistema urbano de Curitiba, tanto terrestre quanto aquático.
Voltado aos cuidados para que milhares de lotes de exemplares da fauna, que testemunham especialmente a biodiversidade paranaense, mantenham sua integridade ao longo dos anos, conta com um corpo técnico de grande qualificação.
O seu acervo está tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Alguns números:
Aves – A coleção ornitológica tem 5.933 exemplares taxidermizados, carcaças e vísceras em líquido (álcool).
Ectoparasitos – Catalogados 2.073 exemplares de carrapatos, 8.671 exemplares de pulgas, moscas, coleópteros e piolhos.
Insetos - A coleção entomológica tem quase 70.000 exemplares, a grande maioria paranaenses.
Invertebrados (não insetos) – A coleção conta com 12.552 lotes (a maioria em álcool)
Mamíferos – A coleção de animais tem 7.000 exemplares (animais taxidemizados, esqueletos completos ou parciais, crânios, carcaças, vísceras)
Peixes – A coleção ictiológica é integrada por quase 50 mil exemplares conservados em álcool.
Répteis e anfíbios – O acervo herpetológico é formado por 18 mil répteis, mais de 90% serpentes, e cerca de 12 mil anfíbios, a maior parte anuros.
A origem do Museu de História Natural do Capão da Imbuia está relacionada com a história do Museu Paranaense. O projeto de fundação do Museu Paranaense, elaborado em 1874, foi concebido por duas personalidades destacadas do cenário intelectual de Curitiba: o desembargador Agostinho Ermelino de Leão (1834-1901) e o médico José Cândido Murici (1827-1879).
No dia 14 de agosto de 1963, o Instituto de História Natural – IHN, após quase uma década de atuação, passou a ser chamado de Instituto de Defesa do Patrimônio Natural - IDPN, por força do Decreto Estadual n° 12.603. Também ganhou sede própria, no (desde então) chamado Bosque do Capão da Imbuia, onde permanece.
Vinculado ao Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, além de fonte de estudos e formação de recursos humanos especializados, para desenvolvimento da área biológica e novas tecnologias, o Museu de História Natural é um rico campo para Educação Ambiental. Seu setor expositivo está aberto à visitação de turmas de estudantes, tanto de escolas municipais, estaduais e particulares de Curitiba, como da região metropolitana.
Cada um destes grupos de crianças e jovens é conduzido por um técnico da equipe de educação ambiental a observar dioramas (exemplos da natureza, em apresentação tridimensional), animais taxidermizados e plantas desidratadas, que compõem os principais ambientes brasileiros representados no Paraná. Esta é a exposição interna: ‘Ecossistemas Brasileiros’.
Inaugurado em 1995, o espaço trata de algumas das formações vegetais mais representativas encontradas em nosso país, como Floresta com Araucária, Floresta Tropical, Cerrado, Banhado e Ambiente Marinho. Tem ainda vitrines que tratam de temas variados como “Vetores de Zoonoses Urbanas”, “Fauna Paranaense Ameaçada de Extinção” e “Aves de Rapina”.
É mostrada a extraordinária diversidade de vida existente em cada um daqueles ecossistemas, para permitir a observação das características de adaptação de cada ser vivo ao ambiente em que ele se encontra.
Outros detalhes do Museu de História Natural estão neste vídeo, realizado pela Secretaria Municipal da Comunicação Social:
A segunda parte desta atividade está na área do Bosque Capão da Imbuia, onde funcionam as instalações do Museu de História Natural. Os grupos vão percorrer a exposição ‘Caminho das Araucárias’, apresentada nos painéis autoexplicativos, dispostos ao longo de uma passarela elevada, que percorre o interior da mata.
Durante esta visita orientada são fornecidas informações gerais sobre os animais e seu ambiente, noções gerais da flora local, destacando-se a importância da conservação dos ambientes para a preservação das espécies.
E depois desta aula sobre um ecossistema ameaçado de extinção, os estudantes interessados ainda podem retirar material didático na biblioteca, que é especializada no patrimônio natural, não só regional ou nacional, mas do planeta.
Quanto aos professores, eles têm direito a empréstimos de kits didáticos sob diferentes temas, materiais (como crânios, patas, ovos) em meio líquido e animais vertebrados taxidermizados (ou seja, que têm a pele mantida em sua forma característica, com aparência de vida) acompanhados de apostilas explicativas. São recursos para uso em sala de aula ou quando da realização de feiras de ciências. Escolas e outras instituições também têm acesso a este pequeno acervo.
Os biólogos do Museu, quando solicitados, realizam palestras – em instituições de ensino e empresas - sobre diferentes temas, como Fauna Paranaense Ameaçada de Extinção, Atividades de Educação Ambiental, Biodiversidade. A que trata de Animais Peçonhentos está entre as mais procuradas.
Em prédio anexo funciona o Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), que faz acolhimento e atendimento técnico a animais resgatados em razão de crimes ambientais (como maus-tratos, posse ilegal ou tráfico ilegal) ou entregues voluntariamente pelos cidadãos. Resultado de convênio do Município com o governo do Paraná, na sequência este animais passam ao Instituto de Águas e Terra - IAT, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, para a destinação adequada. Na maioria das vezes, isto significa que são devolvidos à natureza.
Enquanto durarem as restrições sanitárias, impostas pela Covid 19 às ações do IAT, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre atende exclusivamente os casos emergenciais, ou seja, aqueles que podem significar risco de morte ao animal, como ferimentos graves, fraturas, mutilações.
O que muita gente não sabe é que além de todas estas ações, o espaço do Museu, uma unidade de conservação da Prefeitura, pode ser uma boa opção de lazer. É possível fazer uma caminhada pela trilha no seu bosque, que é formado por árvores centenárias. E, na sua praça, desfrutar dos sons da natureza ao redor.
Horários de funcionamento
- Administração e Curadoria de Coleções do Museu de História Natural do Capão da Imbuia: Das 8h às 12h e das 13 às 17h, de segunda a sexta. Telefones: (41) 3313-5480 / (41) 3313 5479 E-mails: mhnci@curitiba.pr.gov.br / patriciawsilva@curitiba.pr.gov.br / antesilva@curitiba.pr.gov.br
- Bosque e Setor Expositivo: Das 9h às 16h45, de terça a domingo Segundas-feiras: fechados ao público para manutenção Telefones: (41) 3313-5481 / 3313-5584 E-mails: mhnci@curitiba.pr.gov.br / edcosta@curitiba.pr.gov.br / mbregenski@curitiba.pr.gov.br O atendimento às escolas deve ser previamente agendado: Telefones: (41) 3313-5481 / (41) 3313-5584 E-mails: edcosta@curitiba.pr.gov.br / mbregenski@curitiba.pr.gov.br
- CAFS – Centro de Apoio à Fauna Silvestre: Das 9 às 11h30 e das 13h às 15h, todos os dias. Telefones: (41) 3313-5624 / (41)3313-5626. E-mails: cafs@curitiba.pr.gov.br / kalalves@curitiba.pr.gov.br
Voltar
Atualização: Outubro/2022
Este site utiliza cookies para melhorar a experiência de navegação e fornecer serviços personalizados aos usuários. Ao continuar a navegar neste site, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais.