Orientações ao professor para uso da Cartilha dos Alunos “Águas do Pinheirinho”
Caro (a) professor (a), o material que você está recebendo faz parte de um conjunto elaborado como parte do Projeto de Trabalho Técnico Socioambiental – Gestão de Riscos e de Desastres Naturais/PAC, Bacia Hidrográfica do rio Belém – Sub-bacia do rio Pinheirinho - Etapa 1. Há banners, folder, vídeo, cartilhas, adesivos e outros. Além do material físico, há a versão digital no link https://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/aguas-de-curitiba/3136, que permite fazer impressões, recortar alguma parte para utilizar ampliada, usar em projeções etc. Aproveite para conhecê-los.
Os materiais foram elaborados , para que os conteúdos fossem complementares; então, vídeo, folder e cartilhas serão mais efetivos se usados em conjunto. Trabalhar conceitos importantes, mas abstratos, como bacia hidrográfica, espaço reconhecido como unidade essencial de planejamento pela Defesa Civil, Urbanismo e Meio Ambiente; ensinar a pensar a cidade como espaço de uso comum e sobre as responsabilidades e consequências das ações de cada um, não é simples.
Para permitir essa abordagem, foi elaborada a Cartilha para os alunos. Essa publicação foi pensada especialmente para ser trabalhada em sala de aula. Os debates possíveis em torno das atividades propostas são seu maior objetivo. Aprender novas maneiras de pensar e a conversar sobre ideias é mais importante mesmo que o conteúdo em si e vale para tudo. Mas ter acompanhamento e orientação durante esses questionamentos é fundamental, para que não sejam reforçados comportamentos inadequados, principalmente diante de situações de risco de desastre ambiental.
Vale lembrar que aqui risco não é sinônimo de possibilidade. A possibilidade de acontecerem inundações é de 100%, porque esse é um fenômeno natural, faz parte da dinâmica dos rios e estamos numa região do mundo onde as chuvas são frequentes. Os desastres só acontecem quando há danos e prejuízos para pessoas e seu patrimônio. Não conseguimos evitar a chuva e muitas vezes não vamos conseguir evitar inundações. O que precisamos gerenciar, diminuir e, se possível, acabar, é com o risco de desastres. Trata-se de tarefa com muitas variáveis e com muitos atores; quanto mais acesso a informações tivermos, mais protegidos estaremos, e a escola tem um papel-chave nesse trabalho.
Assim, a cartilha começa trazendo informações sobre nossa história, nossa maneira de ocupar espaços, criar cidades e enfrentar problemas. É o momento para ouvir as vivências dos alunos, ver como as questões levantadas por eles foram resolvidas, como se chegou à informação necessária para a melhor decisão. Fazer perguntas e buscar respostas. A atividade pode se desdobrar nas questões da escola. Existe algum problema ou alguma coisa que não é tão boa quanto poderia? O que é exatamente? Por que isso acontece? O que poderia ser feito? Vamos fazer?
Da escola para o espaço vivenciado pelas crianças: a casa, a rua, o bairro... Qual é o problema mais frequente? Quais são suas causas? Pesquisar se existe esse tipo de situação em outros locais e se é possível adotar soluções que encontraram por lá ou se é preciso buscar soluções originais.
E o rio, a chuva, as águas que correm? Que tipo de relação se tem com esses elementos? Aprender a observar: impermeabilização, escoamento superficial, drenagem, infiltração, intensidade da chuva etc. O que é impermeável na escola, na casa? Onde a água encontra o caminho livre para dentro do solo? Dá para fazer um mapa? Onde a água fica empoçada? Por que isso acontece? Vamos fazer um pluviômetro na escola e acompanhar a previsão do tempo? (há informações sobre pluviômetro e sites de previsão e monitoramento na cartilha GRC, no link).
No Jogo das Decisões, além das informações e de discutir comportamentos e responsabilidades, é preciso que as crianças saibam que há uma estrutura preparada para atendimentos, e que é possível ampliar essa rede de apoio com amigos e vizinhos. O debate da atitude escolhida, se essa é a opção mais adequada ao momento, que tipo de consequência ela pode gerar, deve ser feito em sala de aula, na forma de teatro, por exemplo. A turma pode ser dividida entre quem toma um tipo de atitude e quem opta por outra; quem vai ser solidário e quem não irá fazer nada. O contraponto é momento importante para se conversar sobre o papel de cada um.
O Jogo das Diferenças não traz um número de diferenças a serem encontradas, justamente para estimular o debate. Quem achou o quê? O principal é a argumentação: o que significa ter ou não ter árvores? Ter ou não ter estrutura para reaproveitamento da água da chuva? Ter grama ou o chão ser impermeabilizado? Separar o lixo? Deixar espaço nas calçadas para as raízes das árvores se acomodarem? Ter telhado verde? Manter mata ciliar? Encontrou mais alguma coisa? Por que ‘1’ é melhor que ‘2’?
O meio ambiente não é um lugar distante, no campo ou no parque, é dentro de casa, dentro da escola, no quarto, na cozinha, no banheiro, no quintal, na rua. Esse também é um bom momento para trabalhar o espaço público e o privado.
Viva melhor protegendo o caminho das águas!
Cartilha aluno
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