Curitiba foi sede nos últimos três dias de um evento técnico nacional para a conservação da Águia-cinzenta (ave de rapina), com participação de pesquisadores e instituições de conservação da fauna, incluindo representantes do Museu de História Natural Capão da Imbuia e do Zoológico de Curitiba.
A ação foi organizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade em parceria com o Zoológico Municipal de Curitiba. O evento reuniu, em uma sala do Museu de História Natural Capão da Imbuia, 12 pessoas das equipes de conservação dos Zoológicos de Curitiba, de São Paulo, de Sorocaba, um criadouro de Minas Gerais e o Instituto Pro Raptors, pesquisadores do Paraná e do Rio Grande do Sul e representantes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, do ICMBio.
“Esse grupo é fundamental para a conservação da espécie, todas as iniciativas com espécies ameaçadas partem do ICMBio, mas precisamos desses parceiros locais. Viemos para cá principalmente pelo interesse do Zoo de Curitiba e pela pesquisa daqui, que é mais avançada”, destaca a coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres do Instituto Chico Mendes, Priscilla Amaral.
A Águia-cinzenta é a segunda maior ave de rapina do Brasil e atualmente se encontra em perigo de extinção. A ave ocorre no bioma de campo e há catalogadas nos campos gerais. Apesar da grande área de ocorrência, o número de águias é pequeno.
“A reunião desses pesquisadores e institutos com objetivo em comum foi essencial para traçar os próximos passos da conservação da Águia-cinzenta. Nesses últimos três dias nós planejamos o programa de manejo populacional da ave e esperamos expandir para toda a área de ocorrência da ave”, comenta a bióloga do Zoológico de Curitiba e keeper (profissional que estuda e organiza a população de espécies ameaçadas) da ave no Brasil, Nancy Banevicius.
Museu referência em conservação
O Museu de História Natural Capão da Imbuia tem relevância nacional da área da pesquisa da fauna, com acervo rico para consulta de dados e revisões dos organismos vivos, resultado de atividades científicas. O Museu também trabalha no estudo das espécies ameaçadas de extinção e no cadastramento dos elementos que compõem o ecossistema urbano de Curitiba.