Novos parques e ecodistrito alagáveis que reforçam o conceito de “cidade-esponja” de Curitiba e vão ajudar a reduzir ainda mais a possiblidade de inundações em caso de fortes chuvas. A inédita Reserva Hídrica do Futuro, que irá suprir a cidade com água em caso de estiagem prolongada. Um Hipervisor Urbano, que usa a inteligência artificial para prevenir problemas ambientais típicos de uma grande cidade. Novas estações fotovoltaicas, agora nos terminais de ônibus urbanos, que estão permitindo à capital reduzir seu consumo de energia. E a entrega das primeiras casas do Bairro Novo da Caximba, maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba.
Estas são as mais recentes iniciativas da Prefeitura de Curitiba em seu compromisso de mitigar e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. Desde 2017, a capital vem implantando programas e soluções que buscam conter o avanço do aquecimento global. A Pirâmide Solar de Curitiba, o Bairro Novo da Caximba, os programas Amigo dos Rios e 100 Mil Árvores e os primeiros ônibus elétricos do transporte público já são exemplos de que Curitiba está fortalecendo a construção da sustentabilidade urbana a partir do lançamento do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), em 2018.
Curitiba propõe uma cidade com menos carros, consumo consciente de energia, ar mais puro, menos desigualdade social, menos resíduos em aterro, paisagem urbana preservada e inovadora, além do trânsito sob controle e valorização do transporte público. São iniciativas que aliam apoio ao crescimento econômico sustentável às pautas de impacto ambiental e social.
Esse conceito de sustentabilidade adotado por Curitiba a credenciou a conquistar o título de Cidade Mais Inteligente do Mundo de 2023. O prêmio, chamado World Smart City Awards, é concedido pela Fira Barcelona, da Espanha, responsável por organizar também os mais reconhecidos eventos de cidade inteligente do mundo.
Grandes obras
Além das ações previstas no PlanClima, a Prefeitura de Curitiba tem realizado grandes obras para reduzir a possiblidade de enchentes em caso de chuvas intensas. Ao todo são 30 obras de macrodrenagem, sendo que 16 delas foram iniciadas e concluídas em um ano (2018). Neste momento, as obras ocorrem em seis bacias hidrográficas: rios Passaúna, Belém, Barigui, Atuba, Iguaçu e Ribeirão dos Padilha.
Outra ação cotidiana de prevenção de alagamentos da Prefeitura de Curitiba é a limpeza das galerias e caixas de captação das águas de chuva na cidade. O trabalho evita que a obstrução dos canos cause alagamentos em dias de chuvas fortes. As ações integram o programa Curitiba Contra Cheias da Secretaria Municipal de Obras Públicas.
Novos parques alagáveis
Cinco novos parques que a Prefeitura de Curitiba está trabalhando para entregar à população trazem uma solução que transformou a capital em exemplo de “cidade-esponja”, com áreas verdes "alagáveis" que ajudam a preservar os recursos naturais para manter e melhorar a impermeabilização dos solos e assim reduzir o risco de inundações na cidade.
O novo parque Colinas do Abranches, no bairro de mesmo nome, terá uma bacia de contenção de cheias e ficará perto do Parque São Lourenço para ajudar a melhorar a drenagem na região. O projeto já está em fase de licitação.
As mesmas funções de parque alagável terão o parque que será construído ao lado do Rio Barigui, no Bairro Novo da Caximba, e o parque que será implantado na primeira área na Reserva Hídrica do Futuro, no bairro Umbará, onde a Prefeitura já começou as obras.
Esses novos parques são espaços projetados especialmente para serem alagados com o excesso de água das chuvas. A ideia consiste em usar a capacidade natural dos lagos, árvores, arbustos, solo e galerias pluviais para permitir o escoamento da água para locais onde ela não cause maiores danos em áreas residenciais. Ao reter e reduzir a velocidade da água, esses parques alagam e se tornam temporariamente bloqueados para o uso dos cidadãos.
Já os parques São Francisco de Assis, no Taboão, e Manacá, na Barreirinha, serão áreas de preservação ambiental e dos recursos naturais ajudando na melhor absorção das águas das chuvas e favorecendo a permeabilidade do solo.
O primeiro Hospital Veterinário Municipal do Paraná será inaugurado no Parque São Francisco de Assis.
Assim como os novos parques, a capital tem outros parques “alagáveis. Também possuem esse papel os parques Barigui, São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba. Os dois principais rios da cidade, o Barigui e o Belém, passam dentro dos parques Tingui, Barigui (Rio Barigui) e São Lourenço (Rio Belém) e o Rio Atuba no parque de mesmo nome.
Além dos alagáveis, há os chamados parques ”lineares”. Criados a partir de 2003, eles ficam ao lado de rios da cidade: Cajuru (bairro Cajuru), Mairi (na divisa da CIC e Fazendinha), Mané Garrincha (CIC) e Yberê (Campo de Santana). Essas áreas verdes ajudam a preservar as faixas de drenagem de rios e a prevenir enchentes. Os parques também evitam novas ocupações irregulares e oferecem aos moradores uma alternativa de lazer e recreação integrados com a natureza.
Atualmente, a capital conta com 52 parques e bosques públicos em diversas regiões da cidade, entre eles, destaque para o Passeio Público, o primeiro parque da capital (1886) e totalmente revitalizado em 2019; o Jardim Botânico; o Tanguá; o Tingui; o Bosque Alemão; o Náutico e os mais recentes Bosque da Colina (Pilarzinho), Pinhal do Santana e Rio Bonito do Tatuquara (Campo do Santana), todos os três criados a partir de 2017. Somados às praças, jardinetes, eixos de animação e jardins ambientais, são quase 13 milhões de metros quadrados de áreas preservadas com bosques nativos, equipamentos de lazer e prática esportiva, que proporcionam mais qualidade de vida à população.
Vale lembrar que as áreas verdes de Curitiba, além de ajudar a combater enchentes e novas ocupações irregulares, também têm a função de reduzir as "ilhas de calor" e a poluição: as árvores e a vegetação, além de produzirem oxigênio, ajudam a regular a temperatura e a umidade. Como benefícios agregados, reduzem a radiação ultravioleta e o ruído do tráfego, sendo verdadeiros oásis para espécies tanto vegetais quanto animais, sem contar que são lugares perfeitos para o curitibano relaxar e praticar esporte.
Frequentemente as áreas verdes da capital ainda recebem eventos culturais e, em muitos casos, reúnem edifícios de grande valor histórico ou cultural, como os Memoriais de imigração (Tingui e Bosque do Papa), Palácio Belvedere (Praça João Cândido), Museu de História Natural (Bosque Municipal Capão da Imbuia), Estufa (Jardim Botânico), belvedere e Jardim Poty Lazzarotto (Tanguá) e Oratório de Bach (Bosque Alemão).
Curitiba ainda incentiva, por meio da criação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs), a preservação de áreas particulares. Desde 2017, foram entregues 47 novas RPPNMs.
Tudo isso resulta em mais de 60 metros quadrados de área verde por habitante, quando o mínimo recomendado pela OMS é de 12 metros quadrados por habitante.
Reserva Hídrica do Futuro
A Reserva Hídrica do Futuro já começa a virar realidade em Curitiba e irá interligar as antigas cavas do Rio Iguaçu, no bairro Umbará, favorecendo a formação de lagos que poderão suprir o abastecimento de água para a população em momentos de estiagem.
A implantação da primeira área do projeto já começou e fica no terreno de aproximadamente 300 mil metros quadrados, que começa na Rua Nicola Pellanda e segue em direção à BR-116, e que já foi desapropriado pela Prefeitura de Curitiba. O local que dará início à Reserva Hídrica do Futuro também será um parque e receberá um Centro de Educação Ambiental.
A área total da Reserva Hídrica do Futuro dentro de Curitiba é estimada em 26 km de extensão, sendo 70% em área de água e lagos. O primeiro trecho do projeto vai passar pelos bairros Caximba, Campo de Santana, Umbará e Ganchinho. Já o segundo trecho vai da BR-277 até o Rio Atuba, passando pelos bairros Alto Boqueirão (Zoológico), Boqueirão (Parque Náutico), Uberaba (Parque da Imigração Japonesa) e Cajuru (Parque Peladeiros e Cajuru).
Em 2021, foi assnado o Decreto Municipal nº 1.478/2021 que instituiu um grupo de trabalho da Reserva Hídrica do Futuro em Curitiba, coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Ecodistrito Belém
O Ecodistrito Belém é um projeto de adaptação de risco climático e prevê intervenções urbanas de caráter socioambiental em áreas já ocupadas, com redução do risco de inundação, do risco de alagamento e do risco de calor urbano. O Ecodistrito Belém terá um parque linear com aproximadamente 6,3 km de comprimento, conectando a Linha Verde ao Parque Iguaçu, com vegetação filtrante que torna a área verde alagável nos períodos de cheia do rio.
500 mil árvores
O Desafio 100 mil árvores para Curitiba foi lançado pela Prefeitura, originalmente, na primavera de 2019 e deveria ser concluído na primavera de 2020. Mesmo com a pandemia, que acabou por inviabilizar o plantio comunitário, foram plantadas 108 mil mudas no período proposto. Graças a esse sucesso, que contou com a participação de empresas, Exército e escolas, o município vem renovando o desafio e vai chegar em junho deste ano a 500 mil árvores plantadas.
Amigo dos Rios
Implantado em 2019, o Amigo dos Rios visa à melhoria e recuperação dos rios da cidade, com uma série de ações voltadas para a regularização das ligações de esgoto, fiscalização, limpeza de rios, obras e Educação Ambiental. É um trabalho amplo e integrado, que envolve também a comunidade com a formação de grupos de apoio local, como prioridade para o Rio Belém (e suas microbacias), que nasce e termina dentro da cidade.
Pirâmide Solar de Curitiba
Primeiro parque fotovoltaico instalado em um aterro sanitário desativado na América Latina, a Pirâmide Solar de Curitiba faz parte do programa Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da capital paranaense para combater e mitigar as mudanças climáticas. A energia limpa gerada pela Pirâmide Solar já é responsável por 30% do consumo dos prédios públicos do município, representando uma economia de R$ 2,6 milhões por ano para a Prefeitura, que poderão ser revertidos em benefícios à população, como a construção de um CMEI ou subsidiar mil refeições por dia no Mesa Solidária, durante um ano e meio.
Curitiba Mais Energia
O programa municipal visa popularizar o uso da energia limpa na cidade. Além da Pirâmide Solar de Curitiba - Parque Fotovoltaico da Caximba, inaugurada em março de 2023, o Curitiba Mais Energia já foi responsável pela implantação de painéis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março, no Salão de Atos do Parque Barigui, na Fazenda Urbana de Curitiba, na Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico, na sede do ICS, em escolas municipais e nos terminais de ônibus do Boqueirão e Santa Cândida. O Curitiba Mais Energia conta também com 101 residências populares com painéis solares dentro do programa Cohab Solar e com a mini usina hidrelétrica CGH Nicolau Kluppel, que gera energia na queda d’água do Parque Barigui. Até o fim de 2024 esses painéis solares também chegarão ao terminal do Pinheirinho e a Rua da Cidadania da CIC, em construção.
Hipervisor Urbano
Plataforma de convergência e compartilhamento de dados públicos que reúne ferramentas capazes de coletar, processar e distribuir informações que permitirão à Prefeitura de Curitiba antecipar problemas que possam afetar o meio ambiente, mitigando de forma preventiva situações como congestionamentos de trânsito, ajuste da frota de transporte público e fortes chuvas (alertas). O Hipervisor Urbano usa inclusive a inteligência artificial (IA) instalada em veículos para mapear esses dados. Em 2024, a Prefeitura criou a primeira Secretaria de Inteligente Artificial e Inovação do Brasil.
Bairro Novo da Caximba
Com o financiamento de US$ 57 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Bairro Novo da Caximba será o primeiro bairro inteligente do Brasil e o maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba. Vai promover o reassentamento de 1.147 famílias que hoje vivem em situação de vulnerabilidade social e sanitária, em uma ocupação irregular na Área de Preservação Ambiental das bacias dos rios Barigui e Iguaçu. Além das casas e da Reurbanização, o projeto prevê ainda um parque linear, obras de infraestrutura de água e esgoto, além de iluminação pública e novos equipamentos de saúde, educação e assistência social. As obras das primeiras 752 casas do Novo Bairro da Caximba estão em ritmo acelerado e as primeiras 60 residências serão entregues até o fim do junho de 2024.
Moradias dignas e recuperação de áreas
A Prefeitura de Curitiba, através da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), tem como uma de suas prioridades proporcionar moradias dignas para a população e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente. Entre 2017 e 2023, a Cohab realizou intervenções que beneficiaram 685 famílias que foram reassentadas em novas moradias, saindo de locais inadequados, como margens de rios, fundos de vale e encostas de morros. Com o esforço da Prefeitura para realocar as famílias, nos últimos sete anos, foram recuperados aproximadamente 62 mil metros quadrados de áreas de preservação. Foram plantados cerca de 34 mil metros quadrados de grama e quase 8 mil mudas de árvores, revitalizando locais que estavam degradados devido à ocupação indevida. As 685 famílias reassentadas receberam novas moradias em diferentes bairros, como Moradias Alamanda e Acrópole no Cajuru, Moradias Arapoti e Moradias Arroio na CIC, Moradias Bela Vista da Ordem e Moradias Creta no Tatuquara, Moradias Faxinal no Santa Cândida, Moradias Maringá no Cachoeira, Moradias Prado no Prado Velho, Moradias Vila Nina no Fazendinha e Moradias Parolin no Parolin.
Inter 2 e BRT elétricos
As modernizações do Inter 2 e do BRT Leste-Oeste, que terão ônibus elétricos, são exemplos de projetos que reforçam a importância da redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) provenientes dos combustíveis fósseis e que pretendem estimular o cidadão a trocar o carro pelo transporte público. As obras dos novos Inter 2 e BRT Leste-Oeste estão em andamento, com a primeira estação Prisma Solar do Inter 2 já em funcionamento. Já os primeiros modelos elétricos serão adquiridos por Curitiba em 2024, inclusive com recursos do Novo PAC, e testes com ônibus de potenciais fornecedores - BYD, Eletra, Volvo, Mercedes, Higer e Marcopolo - já ocorreram em 2023 e continuam até 2025.
Táxis elétricos
Curitiba iniciou parcerias para testar em comodato veículos elétricos em sua frota da Guarda Municipal e em táxis, com a montadora Francesa Renault, e para a oferta de carregamento de bateria de veículos elétricos em espaços públicos (Smartpark São Francisco, Parque Barigui e Rodoferroviária). O equipamento foi doado pela empresa britânica Rinno Energy. Na capital, para incentivar a aquisição e o uso, carros elétricos não pagam para estacionar em vagas do EstaR.
Caminhar Melhor
Iniciado em 2021, o programa Caminhar Melhor cuida da melhoria da infraestrutura de calçadas, com a recuperação e implantação de novos passeios pelo Centro e bairros da capital. Tudo para estimular o cidadão a adotar a mobilidade ativa e reduzir a dependência do carro. Obras do Caminhar Melhor já ocorreram nas ruas Bley Zornig (Boqueirão), Kellers (São Francisco), Eduardo Afonso Nadolny (CIC), David Tows (Sítio Cercado), Major Heitor Guimarães (Campina do Siqueira), João Parolin (Prado Velho), Dr. Goulin (Juvevê); e Francisco Alves Guimarães (Cristo Rei).
Plano Cicloviário
Iniciado em 2017, o Plano Cicloviário de Curitiba já foi responsável pela implantação de 75,2 km de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e passeio compartilhado. Hoje são 283,7 km. Além disso, em parceria com a iniciativa privada, a empresa Tembici, a capital passou a oferecer o serviço de compartilhamento de bicicletas. São 500 bikes elétricas e convencionais espalhadas por 50 estações.
Agricultura urbana
Implantação de hortas comunitárias e da Fazenda Urbana de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, garante alimentação de qualidade e reforça a infraestrutura verde da cidade com cultivos naturais. Atualmente, são 170 espaços de cultivo de hortifrútis com apoio da Prefeitura. A Fazenda Urbana é referência nacional como espaço de educação para a prática a agricultura em grandes cidades. Já as caixas de colmeias do programa Jardins de Mel estão espalhadas por 100 locais da capital, entre parques, hortas, escolas, mercados, Zoológico e museus, e abrigam abelhas nativas sem ferrão, essenciais para o equilíbrio do meio ambiente, a polinização e biodiversidade urbana. A ampliação do projeto Jardins de Mel é uma parceria das secretarias municipais de Segurança Alimentar e Nutricional, do Meio Ambiente e da Educação.
Rosto da Cidade
O programa Rosto da Cidade, de renovação urbana sustentável, além de revitalizar imóveis históricos ou de valor arquitetônico do Centro e São Franscisco, também estimula a mobilidade ativa do cidadão com renovação de ruas, em parceria com o programa Caminhar Melhor, e a reocupação dos chamados "vazios urbanos" ou locais pouco visitados pela população. Já foram revitalizados 150 prédios públicos e privados do Centro, ruas históricas ou com grande circulação (entorno do Mercado Municipal/Centro, Bley Zornig/Boqueirão, Voluntários da Pátria/Centro e Prudente de Morais/Centro) e espaços públicos, como Passeio Público/Centro, Cine Passeio/Centro, Bosque Alemão/Vista Alegre, Palácio Belvedere/São Francisco, Capela da Glória/Alto da Glória, Casa Culpi, Pinhão Hub/Rebouças e Memorial Paranista/São Lourenço.
Resíduos sólidos viram energia para cimenteiras
Curitiba e as cidades da Região Metropolitana que compõem o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol) estão na fase final do projeto para a implantação do novo sistema de tratamento de resíduos da Grande Curitiba. Além disso, em maio, foi assinado um acordo de cooperação técnica com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) que vai permitir o uso do Combustível Derivado de Resíduos Urbanos (CDRU) como combustível para a fabricação de cimento pelas empresas cimenteiras locais. Participam do projeto Votorantim (Rio Branco do Sul), Itambé (Balsa Nova) e Margem (Adrianópolis). O CDRU é um substituto energético do coque de petróleo, utilizado como combustível para a fabricação de cimento. A substituição do coque de petróleo por CDRU, somada a não destinação de resíduos em aterro sanitário, representa a redução da emissão de 1,2 tonelada de dióxido de carbono na atmosfera para cada tonelada de CDRU processada pelas cimenteiras.
Família Folhas
Com a chegada da nova Família Folhas, Curitiba vem reforçando com educação ambiental conceitos básicos de sustentabilidade para o dia a dia da população e busca inspirar ainda mais cidadãos a aderirem ao pioneiro programa Coleta de Lixo que Não é Lixo da Prefeitura. Além de ensinar a importância de destinar corretamente os resíduos domésticos e falar da utilização e reaproveitamento de água e uso de energias renováveis, a campanha com os simpáticos personagens do clã verde - Seu Folha, Dona Fofô, Fofis, Fifo, Flora, Fefo e Folheco - também inspira práticas que ajudem a reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente. Fifo, Flora e Fefo podem ser vistos inclusive circulando pela capital, pedalando bicicletas ecológicas.
Programa Ecocidadão
Curitiba conta com 45 Associações de Catadores de material reciclável, que recebem, triam e comercializam resíduos da coleta seletiva da cidade. O Programa Ecocidadão, coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visa melhorar a qualidade de vida dos catadores e fortalecer a rede de coleta e separação de materiais também reutilizáveis.
Câmbio Verde
Programa Câmbio Verde beneficia 5 mil pessoas com 55 toneladas/mês de hortifrútis trocados por material reciclável. O programa está presente em 103 pontos de troca na cidade, onde qualquer cidadão, sem necessidade de cadastro, pode efetuar a troca de materiais recicláveis como papel, papelão, vidro, metais e até óleo doméstico já utilizado, por frutas e hortaliças. Por mês são cerca de 290 toneladas de recicláveis e 3,5 mil litros de óleo que deixam de ser descartados de forma incorreta e viram alimento na mesa dos cidadãos curitibanos.
Ecopontos, compostagem e lixo eletrônico
Para o descarte correto de resíduos, a Prefeitura de Curitiba mantém os Ecopontos. Atualmente, são 13 locais, onde a população pode depositar resíduos de construção civil (caliça), madeiras, restos de podas de árvores e de limpeza de jardins; mobiliários inservíveis, recicláveis, eletroeletrônicos; óleo de cozinha e gordura já usados. Entre os Ecopontos, há alguns que integram o Programa de Compostagem, que recebem resíduos domiciliares orgânicos (cascas e restos de frutas, de legumes e verduras crus, cascas de ovos, filtros e borra de café, saquinhos de chá e restos de folhas) que viram adubo e são usados nas hortas urbanas da capital. Periodicamente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ainda realiza mutirões de recolhimento de lixo eletrônico, para evitar que materiais contaminantes sejam descartados de forma errada e prejudicial ao meio ambiente.