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Inovação

Vale do Pinhão estimula negócios e gera empregos e receitas para Curitiba

Vale do Pinhão no Moinho Rebouças, que abriga a Fundação Cultural, Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação. Foto: Daniel Castellano / SMCS

O Vale do Pinhão, o ecossistema de inovação de Curitiba, vem gerando negócios, empregos e receitas para o município. A iniciativa, que completou dois anos em 2019, começa a dar uma série de resultados.

Curitiba atualmente é líder na geração de empregos na área de Tecnologia da Informação (TI) no Paraná. A arrecadação de Imposto sobre Serviços (ISS) cresceu 20% no primeiro trimestre na comparação com mesmo período do ano passado. A capital foi eleita, em 2018, a cidade mais inteligente do Brasil.

E, por último, as sete empresas que já aderiram ao novo Curitiba Tecnoparque, lançado há oito meses pela Prefeitura, projetam criar 445 empregos diretos na capital e aumentar o faturamento em R$ 165,3 milhões durante a vigência do benefício fiscal.

Liderança

O emprego no setor de TI vem crescendo e Curitiba ostenta o maior saldo de novas vagas do setor no Estado.

Em fevereiro, a diferença entre admitidos e demitidos neste ramo ficou positiva em 109 vagas – o maior saldo do Estado, de acordo com o boletim da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) no Paraná.

Os dados Assespro tomam como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Em fevereiro, Curitiba ficou à frente de Maringá, com saldo de 54 vagas no mês, Pato Branco (38), Londrina (33) e Cascavel (23).

Arrecadação cresce no ramo de TI

O crescimento do setor também gera mais receitas. Um levantamento da Secretaria Municipal de Finanças mostra que arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do setor de Tecnologia e Informação aumentou 20,45% no primeiro trimestre de 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram R$ 29,3 milhões contra R$ 24,3 milhões nos primeiros três meses de 2018.

O setor de elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, teve aumento de 51,17% na arrecadação, para R$ 1,3 milhão no primeiro trimestre. Já o de assessoria e consultoria em informática registrou crescimento de 32,6% na arrecadação de ISS, para R$ 4,3 milhões.

Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres também registraram alta. No primeiro trimestre, a arrecadação dessas atividades cresceu 23,44% - de R$ 5,3 milhões para R$ 6,6 milhões.

Vale do Pinhão

Iniciativa da Prefeitura e do ecossistema de inovação de Curitiba, o Vale do Pinhão é o movimento de atuação conjunta que envolve poder público, universidades, aceleradoras, incubadoras, fundos de investimento, centros de pesquisa e desenvolvimento, startups, movimentos culturais e criativos e a sociedade.

Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba, órgão ligado à Prefeitura e responsável pela política de empreendedorismo e inovação do município, lembra que uma das mudanças que vieram com o Vale do Pinhão foi a criação do novo Curitiba Tecnoparque, programa que incentiva atividades como telecomunicações, informática, pesquisa e desenvolvimento, design, ensaios e testes de qualidade, instrumentos de precisão e automação industrial, biotecnologia, nanotecnologia, saúde, novos materiais e tecnologias ambientais.

O programa Tecnoparque oferece desconto de 5% para 2% no ISS a empresas que investem em tecnologia e inovação. Suspenso para novas adesões desde 2013, foi relançado em agosto do ano passado pela Prefeitura e, antes de ser paralisado, já beneficiava 83 empresas, que continuam enquadradas. Mais sete empresas aderiram ao programa e passaram a receber o benefício fiscal, nos últimos meses: Sisteplan, Univision, Hi Technologies, Rentcars, Olist, Automtech e MadeiraMadeira.

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