“O otimismo é o perfume da vida”. Foi assim que o prefeito Rafael Greca reagiu há exatos dois anos, quando Curitiba começou a vacinar a população contra a covid-19. Era o encontro da esperança com a ciência.
5,2 milhões de doses depois, o prefeito celebra a adesão dos curitibanos à vacinação. A cobertura vacinal contra a covid-19, considerada toda a população, é de 89,7% para a primeira dose e 85,2% para a segunda dose ou a dose única.
“Meu coração curitibano se enche de alegria por saber que o nosso povo entendeu que era preciso proteger a si e aos outros e adotou a vacina como uma corrente de amor”, disse Greca.
Considerando o público com 3 anos ou mais, a cobertura sobe para 92% com a primeira dose e 88,9% com a segunda ou dose única. Os números comprovam o sucesso da estratégia da Prefeitura de Curitiba e da Secretaria Municipal da Saúde.
Estratégia de compromisso e cuidado. “Quem ama vacina”, dizia a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, e seu mantra ganhou corações e mentes para espalhar a mensagem da imunização pela cidade.
Primeira vacina
O braço da enfermeira Silvana Maria Bora, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, foi o primeiro de Curitiba a receber a vacina Coronavac, única disponível naquele 20 de janeiro de 2021. A vacina foi aplicada pela então secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
A vacinação começara por aqueles que a população passaria a tratar como heróis, os profissionais de saúde. O local, no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui, ficaria conhecido como "pavilhão da cura".
Durante oito meses, o pavilhão foi o principal ponto de vacinação na fase mais crítica da pandemia. Com mais de 400 mil doses aplicadas, as imunizações deixaram de ser feitas no local no dia 18 de setembro de 2021.
Avanço da imunização
A esta altura, a vacinação já tinha se consolidado, com cobertura de 97% da população elegível com a primeira dose, e se espalhado pelas 107 unidades de saúde da cidade.
Os esforços persistem. Bebês de seis meses começaram a ser vacinados, mas doses de reforço apresentam uma taxa de abandono maior que as demais.
Hoje, cerca de 30% da população está com alguma das doses de reforço em atraso. Nunca é demais lembrar: a pandemia ainda não acabou.
Redução na letalidade
“E com todo esse esforço conjunto, dose a dose, chegamos até aqui. Mesmo enquanto o vírus luta pela sua permanência no meio humano, com suas variantes e subvariantes, cada vacina aplicada garantiu menos internamento e mortes”, relatou a secretária, em comemoração ao cenário de quedas dos indicadores.
O último boletim epidemiológico demonstrou 37,3% de queda no número diário de novos casos, que passou de uma média de 214 por dia para 134.
Embora Curitiba tenha vivido uma nova onda de casos, que teve como provável causa a variante BQ.1, o mesmo avanço não refletiu em alta do número de internamentos e mortes na mesma proporção.
A letalidade da doença que chegou a bater 4,7% em abril de 2020, hoje está na casa de 0,2%, redução de 95,7% no percentual de mortes entre os infectados pela covid-19.
Os números, no entanto, são incapazes de medir o nível de empenho e comprometimento dos profissionais de saúde, ainda firmes no enfrentamento da pandemia. Eles ainda estão nos pontos de vacinação, determinados, para ajudar a salvar mais e mais vidas.