Coordenadores regionais do programa Conhecer para Prevenir: Defesa Civil na Educação passaram, nesta quarta-feira (25/4), pela capacitação anual oferecida aos profissionais. Foram tratados temas como a superação de possíveis situações de risco no ambiente escolar.
De acordo com o responsável pelo programa e coordenador da Defesa Civil de Curitiba, Nelson Ribeiro, o curso é importante para repassar conhecimentos atualizados para estudantes, professores e demais trabalhadores do setor.
“Graças a isso, quem está em uma escola ou creche durante uma emergência age prontamente, quase com naturalidade, porque se sente seguro de estar seguindo as medidas corretas. É gratificante”, avalia Ribeiro, que preside o grupo gestor da iniciativa e conduziu a capacitação destinada a representantes das secretarias da Educação e da Defesa Social e Trânsito.
Além de Ribeiro, ministraram a capacitação os representantes da Defesa Civil Marcelo Santos e Rodrigo Alípio. Também participou do evento a vice-presidente do grupo gestor do programa, diretora de Logística da Secretaria Municipal da Educação, Maria Cristina Brandalize.
Abrangência
O programa existe desde 2005. Começou com a adesão de pouco mais de 20 unidades de ensino e, hoje, faz parte da rotina de todo o sistema municipal de educação de Curitiba. Cada local tem brigadas de emergência, planos de ação para situações de risco e faz pelo menos duas simulações por ano.
Atualmente, estima o coordenador, cerca de 750 mil pessoas estão capacitadas, incluindo familiares de estudantes e trabalhadores dos 212 centros municipais de educação infantil (CMEIs) e 185 escolas da Prefeitura. Elas estão preparadas para enfrentar situações como as verificadas, na semana passada, no CMEI Campo Alto, no Atuba, quando o disjuntor (quadro de luz) situado na secretaria da unidade começou a pegar fogo.
“Imediatamente a diretora desligou a energia elétrica, acionou a buzina de alerta e tirou todas as crianças da unidade”, contou a coordenadora do programa no Núcleo Boa Vista da Secretaria Municipal da Educação, Fabiana Wunderlich. “Mas não teria agido assim se não estivesse treinada para isso, assim como as crianças, que até chegaram a pensar que estavam no meio de um treinamento, só que com o cheiro ruim de queimado no ar”, completou.
Coordenador do Conhecer para Prevenir no Núcleo Cajuru da Defesa Social, o supervisor Ayrton César Storer também tem muitos finais felizes para contar, envolvendo escolas em situação de risco.
A equipe dele já atendeu chamadas para retirar animais, como gambá e morcego. “O pessoal da escola isola o bicho em um ambiente longe das crianças, que são levadas para outro espaço até a nossa chegada. Burburinho sempre tem, mas pânico, nunca”, resume.