Neste sábado (23/12), o programa Mesa Solidária celebra quatro anos de existência em Curitiba, marcando uma jornada extraordinária de solidariedade e compromisso com a comunidade. Desde sua inauguração em 2019, o programa se tornou um símbolo de esperança, distribuindo mais de 1,2 milhão de refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade.
O prefeito Rafael Greca expressou sua alegria ao atingir esse marco e destacou a importância do programa para a cidade.
"É com imensa alegria que nós chegamos ao quarto ano das Mesas Solidárias com uma marca que desejamos para Curitiba: a marca da compaixão, da solidariedade e da dignidade para os que mais precisam," disse o prefeito. "Quero agradecer aos apoios valorosos do voluntariado das igrejas, de ONGs, da sociedade civil e demais entidades que ajudam a tornar a sociedade melhor," completou Greca.
Ao longo desses quatro anos, mesmo durante a pandemia da covid-19, o Mesa Solidária não parou de operar, distribuindo refeições diariamente para desempregados, idosos carentes e pessoas em situação de rua. O programa, fruto da parceria entre o município e 60 entidades, contou com a participação de mais de 1.200 voluntários ao longo desse período. Só neste ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN), foram distribuídas 283,7 mil refeições.
Luiz Gusi, Secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, enfatizou o compromisso constante da administração municipal em proporcionar dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade. "Por determinação do prefeito Rafael Greca, temos atuado com constância, sem falhar um dia sequer," afirmou o secretário. Ele agradeceu o trabalho incansável das entidades e voluntários, ressaltando a importância do programa para garantir alimentação digna e locais seguros para as pessoas em risco social.
Ajuda importante
O desempregado Jerry Adriane, 35 anos, veio de Porto Alegre atrás de emprego e encontrou no Mesa Solidária a ajuda que precisa para se alimentar. “O dinheiro que eu trouxe deu pra poucos dias e soube deste lugar. Aqui encontrei algo maravilhoso como respeito com o próximo e cuidado. Só tenho que agradecer por isso”, disse ele.
Eduardo Augusto Alves de Oliveira, 53 anos, também está desempregado e alega que não conseguiria se alimentar sem o Mesa Solidária. “Teria que pedir dinheiro na rua pra comer mas com essa refeição diária que ganho não preciso. O Mesa Solidária é uma mãe pra nós”, afirmou.
Crescimento
O Mesa Solidária é uma ação conjunta de órgãos da Prefeitura, como Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN), Fundação de Ação Social (FAS) e Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, que cedem locais e apoio logístico, com entidades parceiras (instituições religiosas, ONGs e movimentos de ajuda às pessoas em situação de rua), que adquirem, preparam e servem os alimentos.
Durante a pandemia o Mesa Solidária foi ampliado, com novas adesões de entidades, abertura de mais pontos de atendimento e apoio de feirantes, permissionários dos Sacolões da Família e comerciantes dos Mercados Públicos da capital, que passaram a doar as chamadas "xepas" de hortaliças e frutas (alimentos sem valor comercial). Além disso, toda a produção de verduras da Fazenda Urbana da Prefeitura vai para o preparo de pratos do Mesa Solidária.
Hoje são cinco os espaços atendendo o Mesa Solidária: o Mesa Solidária Luz dos Pinhais, atrás da Catedral (Centro), as Escolas de Segurança Alimentar e Nutricional Patrícia Casillo, (Capanema), Dom Bosco (Campo do Santana) e Vila Agrícola (Cajuru); e a cozinha da Praça Solidariedade (Capanema).
Escolas de Segurança Alimentar e Nutricional
As Escolas de Segurança Alimentar e Nutricional fazem parte do programa Mesa Solidária, uma iniciativa conjunta da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN), Fundação de Ação Social (FAS) e Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito (SMDT). Essas escolas oferecem capacitação profissional ao combinar conhecimento teórico e prático, criando oportunidades de emprego e renda para os participantes.
São quatro unidades: a Escola de Segurança Alimentar Patrícia Casillo (Jardim Botânico/Centro); a Escola de Segurança Alimentar Dom Bosco (Campo do Santana); a Escola de Segurança Alimentar Vila Agrícola (Cajuru) e a Escola de Segurança Alimentar Casa Culpi (Butiatuvinha).
Essas instituições contam com o apoio de entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), bem como outras instituições de ensino, para oferecer cursos e capacitações relacionados à alimentação, abrangendo diversas áreas culinárias.