Nesta quarta-feira (28/9), a Assessoria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres iniciou a 1ª Jornada de Enfrentamento às Violências contra Mulheres. O primeiro encontro aconteceu na Casa da Mulher Brasileira (CMB) e reuniu profissionais do local e de outros serviços da rede de atenção.
A Jornada visa habilitar estes profissionais para conhecer o manejo de situações de saúde mental e a Rede de Atenção Psicossocial - do fluxo de encaminhamento aos serviços para mulheres em situações de violências doméstica e familiar.
“Essa primeira Jornada é um compromisso da gestão com a formação permanente do quadro de servidores e buscamos o aprimoramento da rede de serviços de atendimento às mulheres em situações de violências”, salientou Elenice Malzoni, assessora de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres.
O psicólogo Caíque Franzoloso apresentou o Manejo de Sofrimento Psíquico no atendimento de mulheres em situação de violência.
“As pessoas envolvidas no fluxo de encaminhamento, independente da função, precisam se perguntar se o que tem sido feito está funcionando, o que precisa ser mudado e como se faz essa mudança”, explicou Caíque.
Todos os participantes receberam as cartilhas Informações Básicas sobre Direitos das Mulheres e O que Você Precisa Saber Sobre a Violência Contra a Mulher.
Rede de Proteção
Jociane de Fátima Burda trabalha na Coordenadoria de Equidade, Famílias e Rede de Proteção, da Secretaria Municipal de Educação, atendendo crianças vítimas de violência intrafamiliar e extrafamiliar nas escolas e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba.
“Esse trabalho de hoje, que engloba a CMB, Assessoria de Políticas para as Mulheres, Guarda Municipal e Rede de Proteção, é fundamental para que as mulheres tenham direitos assegurados e não violados”, declarou Jociane.
A servidora ainda ressaltou a importância da rede intersetorial, que também inclui a Educação, Saúde e Fundação de Ação Social.
Nem só de mulheres é feito esse amparo. Christopher de Camargo, assistente da 2ª Promotoria de Violência Doméstica de Curitiba, trabalha há dois anos na CMB e declara que os ensinamentos desse encontro promovem a melhoria do atendimento em todas as etapas.
“É uma capacitação que visa ao acolhimento da vítima evitando a revitimização, uma preocupação da atual gestão do Ministério Público e também da Prefeitura”, conclui.
Novas etapas
No dia 5 de outubro, acontece nova reunião com a participação da Rede de Atenção Psicossocial, que traz a estratificação de risco e fluxos na saúde mental, no atendimento de mulheres em situações de violências. O assunto será apresentado pelas psicólogas Célia Gadelha Leite, Cristiane Sinhoca Rasera e Nalu Caigawa, finalizando a conferência.
A jornada terá um segundo módulo com o tema Características da violência doméstica e familiar nas mulheres em situação de rua, lésbicas, travestis e transexuais, previsto para o início de novembro.
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