O programa Saúde em Casa foi um dos cinco vencedores da primeira edição do Prêmio de Boas Práticas em Atenção Domiciliar, promovido pelo Ministério da Saúde, entre mais de 120 projetos de todo o país. A premiação foi nesta sexta-feira (16/12), em Brasília (DF).
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Curitiba foi escolhido junto com mais quatro trabalhos de outras regiões brasileiras, em linhas temáticas diferentes: Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Queimados (PB) e Teotônio Vilela (AL).
“O meu coração se enche de orgulho com este programa que leva amor, saúde e ciência às casas dos curitibanos”, disse o prefeito Rafael Greca, um entusiasta do SAD.
Quando Greca assumiu o cargo, em 2017, antes da reeleição, o SAD tinha 10 equipes. Hoje, são 15, responsáveis pelo atendimento nos 10 distritos sanitários da cidade.
O programa combina inovação e atendimento humanizado, um objetivo da nossa assistência”, afirmou a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
“A premiação demonstra não só a excelência do trabalho, mas sua importância do ponto de vista sanitário e social”, comentou o diretor-geral da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), Sezifredo Paz. A fundação administra o SAD.
Três profissionais do SAD foram a Brasília receber o prêmio em nome das equipes do programa: a enfermeira Mariane Taffarel Chagas, a médica Vanessa Martins Torres e a fisioterapeuta Greicy Kelly de Jesus.
Desospitalização
O programa de Curitiba concorreu por meio de um vídeo, com duração de cinco minutos, produzido pela Feas em parceria com a Secretaria Municipal de Comunicação Social (SMCS).
“Sopro de Vida – A ventilação mecânica aplicada à atenção domiciliar de Curitiba” mostra exemplos de desospitalização de pacientes com tecnologia de baixo custo, uma das linhas temáticas do concurso.
Assista ao vídeo "Sopro de Vida, A ventilação mecânica aplicada à atenção domiciliar em Curitiba"
A paciente Rosineti Hey Felipe, 76 anos, gravou depoimento para o minidocumentário. Quando foi levada para casa, estava traqueostomizada (respirava por uma pequena abertura no pescoço), acamada e mal falava.
Acompanhada pelo SAD, Dona Rosi, como é chamada, se recuperou por completo. “Eu vim quase morta pra dentro dessa casa”, testemunha a paciente, hoje saudável, emocionada ao se reencontrar com a equipe que a tratou.
Segundo a gerente do programa, Mariana Lous, o prêmio significa o reconhecimento de um trabalho de excelência que começou em 2018, quando o SAD passou a atender pacientes de alta complexidade.
As equipes do programa contam com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, assistente social e farmacêutico.
“Foram anos de aprimoramento e capacitação das equipes para que hoje nosso trabalho seja reconhecido como um dos melhores e mais humanizados do país”, acrescentou Mariana.
Os pacientes têm dado esse reconhecimento dia após dia, como deixa claro Dona Rosi, cujo apelo levou os profissionais de saúde às lágrimas durante a exibição do vídeo na cerimônia.
“Quando o SAD chegar lá, abram as portas, mas não só as portas da casa, abram as portas do seu coração. Recebam esse bando de anjos – eles não podem jamais encerrar esse trabalho”, pediu a paciente.
Números do SAD
- 61 mil pessoas atendidas em 10 anos
- 7,8 mil pessoas atendidas em 2022
- 34 pacientes em ventilação mecânica (em novembro)