Secretários de Educação de Curitiba e região metropolitana se reuniram nesta terça-feira (28/2), na sede da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, para discutir questões comuns, como recomposição das aprendizagens no pós-pandemia, formação de professores, cidades educadoras, transporte escolar, entre outros temas.
Temos demandas em comum e precisamos estar juntos, buscar soluções em conjunto”, disse a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.
Para Clarice Fragoso, secretária de Piên, o diálogo é essencial. “Assim conseguimos encontrar soluções que talvez sozinhos não conseguíssemos ver”, comentou.
A gestora da Educação de Tijucas do Sul, Denise Rocha, concorda. “Este grupo nos fortalece”, pontuou Denise.
Um dos principais assuntos foi a recomposição das aprendizagens dos estudantes, que durante a pandemia estiveram no formato remoto de ensino, devido aos protocolos de isolamento. As redes municipais estão investindo em ações para atender às necessidades específicas das crianças.
Para isso, Curitiba lançou o Programa de Recomposição da Aprendizagem dos Estudantes da Rede Municipal de Ensino (Praer), em agosto do ano passado, como mais uma ação para garantir educação de qualidade. O Praer tem como objetivos construir diferentes encaminhamentos para o ensino da Língua Portuguesa e Matemática.
O programa traz uma proposta de formação continuada de professores e complementa as ações de retomada de conteúdos do currículo para os estudantes do Ensino Fundamental.
Redução das desigualdades
Com os investimentos na rede municipal de ensino, a capital do Paraná manteve a melhor taxa de distorção idade-série em 2022 e está com a menor distorção entre as capitais brasileiras (redes municipais), para os estudantes do Ensino Fundamental.
Em 2022, Curitiba registrou taxa de 2,1%, superando o índice de 2,3%, verificado em 2021. A média de todos os municípios do País é de 13,7%. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação.
A taxa é o indicador do Ministério da Educação que permite acompanhar o percentual de estudantes com idade acima da esperada para o ano em que estão matriculados (dois anos de atraso ou mais).
“O resultado nos mostra que estamos no caminho certo para a redução das desigualdades. Ele é fruto de investimentos tanto na área pedagógica e de formação profissional quanto na infraestrutura”, comentou Maria Sílvia.