A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciou nesta quinta-feira (1/12) uma capacitação para abordagem da população em situação de rua. O objetivo é facilitar a identificação de casos que precisem de atendimento de urgência e emergência ou que não sejam urgentes.
O treinamento é realizado no Centro de Capacitação e Desenvolvimento Humano (Cecadeh), que funciona no Hospital Municipal do Idoso, administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), vinculada à SMS.
Participam da capacitação, que termina nesta sexta-feira (2/12), equipes da Fundação de Ação Social (FAS), do programa Consultório na Rua, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
“Há pessoas nas ruas por diferentes motivos e problemas”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella. “Nossa responsabilidade é aprender a lidar com esta realidade, a melhor tratar desta situação”, completou.
A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Maria Alice Erthal, que pediu a capacitação à SMS, falou sobre a parceria: “A gente precisa estar unido com a saúde na abordagem social. O acolhimento faz a diferença”.
No treinamento, os servidores são capacitados para avaliar, de acordo com sinais e sintomas, quando é preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no 192, fazer o encaminhamento para uma UPA ou se a pessoa pode apenas ser acolhida pela FAS.
Avaliação
O coordenador médico do Complexo Regulador, Rafael Castro, explicou como funciona a rede de urgência e emergência para destacar a importância de identificar bem uma situação e, assim, dar o melhor encaminhamento.
Segundo Castro, o cuidado pode ser dividido em cinco etapas. O primeiro passo é avaliar o local, verificando se há fios de energia elétrica desencapados e tráfego intenso, por exemplo. Em seguida, avaliar a reação do indivíduo, se está consciente ou agressivo, por exemplo.
O terceiro passo é checar a responsividade. Neste caso, é preciso avaliar se a pessoa abordada está atenta ao contato verbal (inicialmente, a distância), se reage à dor, se parece confusa ou agitada. Depois, deve-se checar a respiração. O último passo é verificar a circulação, checando o pulso.
Presenças
A abertura da capacitação contou com as presenças do diretor-geral da Feas, Sezifredo Paz, e da diretora de atenção à saúde da fundação, Tatiane Filipak; do diretor de atenção primária à saúde da SMS, Cleverson Fragoso; e da coordenadora do Consultório na Rua, Letícia Reis.