A 20 dias do início do inverno, Curitiba vivencia o aumento da demanda por atendimento nos serviços de Saúde (públicos e privados) de pessoas com sintomas respiratórios. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), antecipou-se a este momento com um pacote de ações que continuam sendo gradativamente ampliadas.
Desde abril, a SMS alerta a população de que os meses de junho e julho seriam os mais intensos em relação aos casos de sintomas respiratórios - visto que aos vírus “tradicionais” da estação (gripe, resfriado) juntou-se o da covid-19. Ao mesmo tempo que pedia reforço dos cuidados aos curitibanos, a Secretaria iniciou a ampliação e readequação de sua rede de atendimento conforme as demandas, com medidas de contingência.
“Há semanas estamos alertando a cidade e preparando nosso sistema de Saúde para o momento que vivemos agora: com o aumento de casos, aumenta o número de pessoas que precisam de internamentos. Seguimos no enfrentamento, mas precisamos que todos contribuam no combate aos vírus”, destaca a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Aumento dos internamentos
Além dos casos de sintomas respiratórios, o SUS Curitibano atende todas as outras situações que exigem internamento, entre elas, emergências como infartos, AVC’s, traumas por acidentes ou complicações de cirurgias eletivas.
Em maio, apenas 40% dos internamentos encaminhados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba aos hospitais foram por causa de sintomas respiratórios. Destes, 12,9% eram de pessoas com covid-19. Os demais 60% dos encaminhamentos aos hospitais foram por outras causas.
Esse conjunto, como acontece em outros municípios, pressiona o sistema de saúde, mesmo que a taxa de ocupação de leitos preferenciais para covid-19 se mantenha em baixos patamares.
Abertura de leitos
Antecipando-se às demandas dos meses de inverno, a SMS abriu, entre março e esta quarta-feira (1º/6), 80 novos leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), que foram sendo instalados gradativamente.
“Temos feito a gestão e o monitoramento das taxas de ocupação diariamente. Assim ampliamos os leitos dentro da capacidade instalada no município e que permita que todos sejam prontamente atendidos dentro de suas necessidades”, explicou Battistella.
Pacote de ações
Além da abertura de leitos para os casos mais críticos, outras ações foram adotadas para reduzir o impacto do aumento habitual das doenças respiratórias com a chegada do outono e do inverno, seguindo o plano de contingência do enfrentamento da covid-19, que, embora estável, ainda não acabou.
Nesse pacote, além de novos leitos, o Hospital do Bairro Novo, que estava como retaguarda para casos de covid-19 do Hospital Municipal do Idoso, passou a receber os internamentos infantis. A UPA Fazendinha assumiu o posto de retaguarda do Hospital Municipal do Idoso.
Parte das cirurgias eletivas foi suspensa, abrindo leitos e redirecionando profissionais para o atendimento de quem precisa de internamento.
Em apoio aos hospitais, as UPAs também estão mantendo pacientes internados, visto que estas unidades são adequadamente equipadas para esse tipo de atendimento.
Além disso, todas as unidades básicas de Saúde estão atendendo no formato chamado de acolhimento em “Y” – os usuários com sintomas respiratórios são encaminhados para um eixo e os demais, para outro.
Aos sábados, dez unidades de saúde são excepcionalmente abertas para serem pronto atendimento de casos respiratórios moderados, deixando as situações mais urgentes para as UPAs.
A Prefeitura de Curitiba também reforçou o atendimento por telefone para os casos de sintomas leves, pela Central 3350-9000. Assim, a pessoa que precisa de orientação, agendamento de exame de covid-19 ou termo de isolamento não precisa sair de casa, onde, além de estar em ambiente familiar, evita a transmissão do vírus a outras pessoas.
Participação da população
Como fez em toda a pandemia, a SMS reforça aos curitibanos a importância de manter os seguintes cuidados sanitários: todos devem tomar as doses recomendadas das vacinas contra gripe e covid, conforme a convocação; isolamento e uso de máscara no aparecimento de sintomas; circulação de ar nos ambientes fechados; higienização constante das mãos com álcool em gel ou água e sabão.
Atualmente, o uso de máscara é recomendado em ambientes fechados e ambientes abertos com aglomeração, para evitar que vírus como o da gripe e da covid se espalhem.
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