Mais de 180 profissionais do programa de atendimento domiciliar Saúde em Casa, de Curitiba, participaram, nesta terça (14/1) e quarta-feira (15/1), de treinamento sobre o combate ao mosquito da dengue.
A capacitação tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a doença e prevenir a proliferação do Aedes aegypti. A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, destacou os esforços de Curitiba para conter a disseminação dos casos.
“Profissionais de todas as áreas da Saúde, além de outras secretarias, estão juntos na luta contra o mosquito e nós vamos vencer”, disse a secretária.
As equipes do Saúde em Casa vão orientar pacientes e familiares para a identificação e eliminação de criadouros do mosquito, além de reconhecer casos suspeitos.
Para pacientes já diagnosticados, serão observados os sinais de alerta que indicam agravamento da doença.
“Nós admitimos 500 pacientes por mês. Ao orientarmos as famílias, em um ano podemos livrar 6 mil casas da dengue”, observou o coordenador médico do programa, Clóvis Cechinel.
Programação
Durante o treinamento, foram apresentados conteúdos sobre as características do vírus e formas de transmissão, os sintomas dos quatro sorotipos existentes (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) e o fluxo de atendimento para casos suspeitos.
A equipe também revisou os sinais de alerta que podem indicar agravamento da doença, como dor abdominal severa, vômito persistente, hemorragias e alterações de consciência, além das medidas necessárias em cada situação.
A capacitação inclui estratégias de educação e conscientização da população para evitar a proliferação do mosquito.
“Durante o treinamento, destacamos a importância da colaboração comunitária e o papel de cada profissional de saúde na promoção dessas ações”, afirmou o enfermeiro Alex Alves Camargo, responsável pela gestão de processos do Saúde em Casa.
Atendimento
A técnica de enfermagem Edília Terezinha Nazário, que atua há três anos no programa, acredita que, por entrarem na casa dos pacientes, “os profissionais têm mais chances de identificar possíveis focos do Aedes aegypti”. Para ela, esse contato próximo “abre espaço para orientações”.
Edília também relatou o aumento no número de atendimentos a pacientes com dengue. “Normalmente, são jovens. Fazemos o acompanhamento pós-alta dos casos que necessitaram internamento hospitalar”, explicou.
Programa
O Saúde em Casa contribui para reduzir a demanda por atendimentos hospitalares e o tempo de internamento dos pacientes, promovendo cuidados efetivos e ampliando a autonomia dos usuários. O serviço incentiva a chamada desospitalização, otimizando recursos financeiros e estruturais da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
O programa oferece atendimento especializado em ventilação mecânica adulta, pediatria, oxigenoterapia, ortopedia, cuidados paliativos, antibioticoterapia, saúde mental e geriatria. Conta com 180 profissionais de saúde, organizados em 18 Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (Emads) e quatro Equipes Multidisciplinares de Apoio (Emaps), além de 30 motoristas.
Entre os profissionais, estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e farmacêuticos.
Feas
O Saúde em Casa é administrado pela Feas, fundação pública vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba. A Feas também administra o Hospital do Idoso, o Hospital do Bairro Novo, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a Unidade de Estabilização Psiquiátrica Casa Irmã Dulce (UEP) e as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) Tatuquara, Boqueirão, Fazendinha e CIC, entre outros.