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Saúde em Casa é "hospital móvel" que atende a 1,1 mil pacientes por mês em Curitiba

A equipe de antibioticoterapia em atendimento domiciliar. Na imagem, as técnicas de enfermagem Geovana Vieira e Paola Rodrigues e a paciente Amélia Andrade, 85 anos. Foto: Arquivo/Saúde em Casa

Com novas equipes especializadas e aumento do número de profissionais, o programa Saúde em Casa ampliou a capacidade de atendimento dos pacientes. Já são 1,1 mil pessoas acompanhadas todo mês junto com a família - e com a estrutura assistencial necessária para diferentes complexidades.

“O programa Saúde em Casa é o grande ‘hospital móvel’ de Curitiba. Nossos pacientes recebem o tratamento no conforto de seus lares e com todo o suporte que teriam em um quarto de enfermaria”, afirma a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

O Saúde em Casa ajuda a reduzir a demanda por atendimento hospitalar e o tempo de internamento dos pacientes, além de realizar o cuidado efetivo com a ampliação da autonomia dos usuários.

O serviço promove a chamada desospitalização, com otimização de recursos financeiros e estruturais da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Em abril, do total de pacientes atendidos, 376 foram desospitalizados, ou seja, encaminhados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a diretora de Atenção à Saúde da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), Tatiane Filipak, o programa cumpre um papel estratégico no SUS de Curitiba.

“Além de permitir uma gestão eficiente de leitos, oferece um atendimento humanizado, com qualidade, próximo dos familiares e da rotina do lar, reduzindo riscos de infecções associadas ao ambiente hospitalar”, descreve Tatiane.

Estudos apontam que pacientes em tratamento domiciliar têm menor taxa de reinternação se comparados a pacientes em internamentos hospitalares, inclusive de casos complexos, como pacientes ortopédicos pós-cirúrgicos.

“Em média, 70 % dos pacientes recebem alta e são encaminhados para a Atenção Primária, o que significa que tiveram melhora na sua condição clínica”, conta a gerente do Saúde em Casa Mariana Lous.

Atualmente, a maior demanda de atendimento domiciliar tem sido pela continuidade de antibioticoterapia, principalmente por doenças respiratórias, como pneumonia.

Vínculo

A aposentada Amélia Gomes de Andrade , 85 anos, recebe a equipe de Cuidados Paliativos desde o dia 13 de maio. “É a melhor coisa que aconteceu para minha família”, acentua a filha Luzia Andrade.

“Receber esse tratamento em casa é tudo de bom. Minha mãe fica acolhida, na presença da família, além do vínculo que a gente cria com a equipe, que nos deixa muito mais tranquilos”, diz Luzia.

Ela descreve com carinho os profissionais que atendem dona Amélia, a quem chama de “anjos”. “A médica, o psicólogo, as enfermeiras são incríveis”, acrescenta.

Em abril, 70,2% dos pacientes eram idosos. Desse total, 1/3 tem mais de 80 anos. Mensalmente, o programa recebe de 450 a 500 novos pacientes, 75% encaminhados por UPAs ou hospitais do SUS.

De abril de 2012 (início do programa) até abril de 2024 foram 83.041 pacientes atendidos, 22.174 desospitalizados. “As equipes de especialidades permitiram ampliação da capacidade de acolhimento de pacientes”, explica Mariana.

Especialidades

O Saúde em Casa oferece atendimento especializado em ventilação mecânica adulta, pediatria, oxigenoterapia, ortopedia, cuidados paliativos, antibioticoterapia, saúde mental e geriatria.

A primeira equipe, de ventilação mecânica, foi implantada em 2018; pediatria e cuidados paliativos, em 2020; oxigenoterapia, em 2021; ortopedia, em 2023. A equipe de antibioticoterapia já existia, mas teve a capacidade de atendimento ampliada em 2024.

Nos últimos dois anos, as equipes passaram de 150 para 210 trabalhadores. Hoje, são 180 profissionais de saúde, divididos em 18 Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMADs), que incluem as equipes especializadas, e quatro Equipes Multidisciplinares de Apoio (EMAPs), além de 30 motoristas.

Entre os profissionais de saúde, as equipes contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e farmacêuticos.

Feas

O Saúde em Casa é administrado pela Feas, fundação pública da Prefeitura de Curitiba, ligada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Administra os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a Unidade de Estabilização Psiquiátrica Casa Irmã Dulce (UEP), os Serviços Residenciais Terapêuticos e outros 28 equipamentos do Sistema Único de Saúde de Curitiba, como o Hospital Vitória e as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) Tatuquara, Boqueirão, Fazendinha e CIC.