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Atendimento humanizado

Saúde em Casa amplia especialidades para atender a casos mais complexos em Curitiba

Saúde em Casa amplia especialidades para atender a casos mais complexos em Curitiba. Foto: Arquivo/Feas-SMCS

O programa de atenção domiciliar Saúde em Casa completou 11 anos com 64,5 mil pacientes atendidos desde a sua criação. Referência no atendimento humanizado e no processo de desospitalização, a meta para 2023 é atender a mais casos complexos, principalmente de crianças.

“O programa é importante dentro da nossa estratégia de assistência, da unidade de saúde à atenção domiciliar, e se consolidou pela qualidade do serviço e pelo compromisso de suas equipes”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Estudos apontam vantagens para o paciente no atendimento em casa. Estar em casa, próximo da família, humaniza o tratamento e impacta positivamente no tempo de recuperação, além de diminuir o risco de infecções hospitalares e reduzir a chance de reinternação hospitalar.

 

O encaminhamento do paciente para tratamento em casa, com toda a assistência necessária, permite o redirecionamento do leito ocupado por ele para casos mais graves. Hoje, cerca de 70% dos pacientes acolhidos pelo Saúde em Casa são encaminhados pelos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A desospitalização representa até 3 mil leitos liberados para o Sistema Único de Saúde (SUS) por ano. “Em 2022, passamos a receber mais crianças e adultos de alta complexidade, em ventilação mecânica, por exemplo", relata Mariana Lous, gerente do Saúde em Casa.

"Também temos recebido mais pacientes com doenças degenerativas neuromusculares, além de pacientes em cuidados paliativos”, acrescenta Mariana. Para atender a casos mais complexos, o programa investe na logística de suas equipes, na ampliação de profissionais e na criação de equipes especializadas.

“Pacientes mais complexos demandam maiores cuidados e maior frequência de visitas, além de permanecerem no programa por mais tempo”, observa Mariana. Para dar agilidade aos deslocamentos, o Saúde em Casa tem descentralizado as equipes. Antes, a única base era a sede administrativa do programa, no Pinheirinho.

Nos últimos anos, para se aproximar dos pacientes com maior rapidez, o programa instalou bases nas Upas Boa Vista, Cajuru, Campo Comprido, Tatuquara, Boqueirão, Sítio Cercado, além dos hospitais Evangélico Mackenzie e Cajuru.

Infantil

Outra ampliação do serviço foi a implantação, em 2022, da equipe especializada em ventilação mecânica na pediatria. Ela dá suporte à equipe pediátrica, criada em 2020. Desde o início já foram atendidos 967 pacientes, média de 30 por mês.

Segundo a gerente do Saúde em Casa, o perfil clínico é de pacientes com alta e média complexidade, com predomínio de paralisia cerebral, síndromes genéticas e sequelas de prematuridade. A faixa etária atendida é de 2 meses a 15 anos.

Em março, o programa contabilizava 33 crianças, 11 delas com menos de um ano. Outros dez pacientes estão em ventilação mecânica.

Terapia ocupacional

Em 2022, as equipes do Saúde em Casa passaram a contar com um profissional de terapia ocupacional. “É para atender especialmente pacientes com lesões neurológicas e doenças neurodegenerativas, com demência em fase inicial, em cuidados paliativos e em ventilação mecânica”, detalha Mariana.

O terapeuta ocupacional atua principalmente no planejamento, na organização e na adaptação das condições ambientais (residência do paciente) para as atividades básicas do dia a dia, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Ortopedia

Pacientes ortopédicos precisam de maior tempo de recuperação. O objetivo da nova equipe é reduzir as complicações pós-operatórias e a necessidade de reinternação desses pacientes.

O atendimento também é direcionado àqueles que passaram por cirurgias, sofreram fraturas, amputações ou com necessidade de preparação para uso de próteses.

Pessoal

O Saúde em Casa conta com 18 equipes: 15 multiprofissionais e 3 de apoio. São cerca de 150 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e, nas equipes de apoio, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, farmacêuticos, assistentes sociais e terapeuta ocupacional.

Integralidade

O acompanhamento do caso clínico do paciente que será inserido no programa começa antes mesmo da alta hospitalar. Uma equipe visita a unidade hospitalar ou UPA de origem do paciente, permitindo a troca de informação entre as equipes

A conversa com a família ou cuidador responsável também é fundamental. Ela é feita previamente para entender a rotina e a estrutura da residência, para casos que o paciente necessite de equipamentos como de ventilação mecânica.

Reconhecimento

Em dezembro, o Saúde em Casa Curitiba foi um dos cinco vencedores do Prêmio de Boas Práticas promovido pelo Ministério da Saúde. O programa concorreu por meio de um vídeo, com duração de cinco minutos, produzido pela Feas em parceria com a Secretaria Municipal de Comunicação Social (SMCS).

 “Sopro de Vida – A ventilação mecânica aplicada à atenção domiciliar de Curitiba” mostrou exemplos de desospitalização de pacientes com tecnologia de baixo custo, uma das linhas temáticas do concurso.

O programa é administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

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