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Proteção

Saiba onde buscar atendimento em caso de violência sexual

Acolhimento às vítimas. Como proceder em casos de violência sexual. Ilustração Antonio Carlos Patittuci

O que fazer em caso de violência sexual? Se a sua resposta foi procurar imediatamente uma delegacia, saiba que ela está errada. Desde 2002, Curitiba entrou para a vanguarda ao inverter o fluxo de atendimento à vítimas de violência sexual. Em vez de delegacia, o primeiro passo é procurar atendimento nos hospitais de referência. E isso tem feito toda a diferença para a vítima.

Antes, as vítimas recorriam à delegacia para fazer um boletim de ocorrência. Em seguida, eram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) para a perícia e só depois disso recebiam atendimento em saúde.

“Por ter que enfrentar um ambiente de delegacia, logo após a violência, muitas vítimas acabavam nem procurando atendimento. Além disso, demorava-se muito para que se iniciassem várias condutas de saúde, que são essenciais nas primeiras horas”, lembra Simone Cortiano, da Rede de Proteção às Pessoas em Situação de Violência da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Em 2002, a SMS resolveu, então, em parceria com outras órgãos, inverter esse fluxo. Desde então, a vítima deve buscar diretamente o serviço de saúde para atendimento, garantindo, assim, a profilaxia contra doenças sexualmente transmissíveis e contracepção de emergência.

Em Curitiba, os serviços de referência para atendimento de violência sexual são: Hospital Pequeno Príncipe (no caso de crianças até 11 anos), Hospital de Clínicas (vítimas homens e mulheres maiores de 12 anos) e Hospital Universitário Evangélico (vítimas mulheres maiores de 12 anos).

Segundo Simone, a recomendação é procurar o atendimento em saúde imediatamente após a violência, em até 72 horas no máximo (após este período a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima da residência).

“Ao se dirigir a um hospital de referência (e não a uma delegacia) a vítima recebe acolhimento humanizado, serviço social, atendimento prioritário de saúde, clínica médica, redução de danos quanto às infecções e gravidez indesejada, além de apoio psicológico”, explica Simone.

Outra novidade firmada pelo fluxo atual é que a vítima não precisa mais ir ao Instituto Médio Legal (IML). Peritos do IML passaram a ir até o hospital de referência para fazer a coleta de material para que seja possível buscar a responsabilização do autor da violência.

Só depois disso, como último passo, é que se faz o boletim de ocorrência na delegacia. A delegacia para a qual vítima deve-se dirigir depende do caso (veja mais detalhes no infográfico). “O mais importante é a vítima se dirigir em até 72 horas ao hospital de referência e lá ela será orientada onde ir depois. Após as 72 horas, nas nossas unidades de saúde, os nossos profissionais farão a orientação”, diz Simone. 

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