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Regional Bairro Novo

Roda de conversa com jovens aborda preconceito racial e de gênero

Roda de Conversa com os adolescentes e jovens, aborda preconceito racial e de gênero. No Clube da Gente Bairro Novo. Curitiba, 29/09/2021. Foto: Levy Ferreira/SMCS

Adolescentes da Regional Bairro Novo (Sítio Cercado, Umbará e Ganchinho), aprenderam uma lição importante nesta quarta-feira (29/9).

Um grupo de 62 jovens, que fazem atividades de futebol de salão e vôlei nos Centros de Esporte e Lazer Xapinhal, Vila Tecnológica e Bairro Novo, além de integrantes do Primeiro Emprego da Fundação de Ação Social (FAS), participou no Clube da Gente Bairro Novo, de uma roda de conversa promovida pela Assessoria de Direitos Humanos

A discussão tratou sobre igualdade de direitos, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os serviços de atendimento aos Direitos Humanos existentes no município. 

De acordo com o assessor da Diversidade Sexual da Prefeitura de Curitiba, Fernando Ruthes, a iniciativa é resultado de uma parceria com a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude (Smelj).

“Nós começamos este trabalho pela Regional Boqueirão, agora viemos para o Bairro Novo e pretendemos levar para demais oito regionais administrativas da cidade”, explicou.
 

Na roda de conversa, os adolescentes puderam ter contato com os pilares do trabalho desenvolvido pela Assessoria de Direitos Humanos, que são a Política para Mulheres, Promoção da Igualdade Étnico-Racial e a Diversidade Sexual.

Preconceito arraigado

“O objetivo aqui é aumentar a informação para este público jovem e trabalhar a prevenção às situações de violação de direitos humanos, além de explicar o conceito de direitos humanos, quando se configura racismo e casos de LGTfobia”, comentou Fernando Ruthes. Tratar deste tema com jovens é de grande importância já que as formas de preconceito muitas vezes estão culturalmente arraigadas.

“Quem nunca ouviu ‘mulher no volante, perigo constante’; ou ‘isso é serviço de preto’. As pessoas falam isso como forma de brincadeira, mas isso diminui o outro, traz sofrimento”, exemplificou.

A conversa buscou trazer a participação dos jovens. Para isso, frases foram colocadas embaixo das cadeiras trazendo temas como discriminação racial, misoginia (preconceito contra as mulheres) ou de orientação sexual. 

Também foi tratado da importância de denunciar os abusos sofridos ou observados no cotidiano, como o Disque 100, canal de atendimento 24 horas, ou o 156.

Abordando tabus 

A jovem Nicole Silva Couti Palmigiano, 15 anos, moradora no Sítio Cercado, gostou de participar do evento. “São temas muito interessantes. Esses tabus devem ser abordados com os jovens que têm a mente mais aberta e conseguem entender a importância de saber compreender a realidade dos outros”, disse a estudante. 

Perguntada sobre qual lição levava do encontro, Nicole disse que considera muito importante o combate ao racismo.

“Precisamos saber mais e abordar este tema que causa muito sofrimento com mais frequência”, defendeu.

Para Murilo Lara Souza, 16 anos, também morador no Sítio Cercado, a iniciativa de trazer estes temas aos jovens é muito importante. “Eu percebi aqui que não é bom discriminar as pessoas por orientação sexual ou por raça. A gente tem que pensar antes da falar”, ponderou.

Cursos de capacitação

Ao final da roda de conversa, a chefe do Núcleo da Smelj, Veridiana Maranho, anunciou que a Regional Bairro Novo vai promover cursos para capacitar jovens negros em mídias sociais, empreendedorismo, design e imagem pessoal.

Participaram também do encontro, os professores da Smelj Ricardo Donato, Fabiano Yamaguchi, Sílvia Oliveira Terplak Gutierrez, Jorge Lima, Rodolfo Abrantes e Rafael Espereto, a chefe do núcleo da Smelj na Regional Bairro Novo, Veridiana Maranho, Rafaela Caroline, Jetan Carlos (Assessoria da Juventude),  Lucília Leite, (Assessoria de Direitos Humanos) e Maurício Medeiros, gerente do Trabalho da Regional Bairro Novo.

Ao final do evento a Assessoria de Direitos Humanos distribuiu materiais gráficos falando sobre o combate à violência contra a mulher, a diversidade sexual, sobre a igualdade étnico-racial e os Direitos Humanos.