O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou o prefeito Rafael Greca em uma visita à fábrica da Votorantim Cimentos, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (30/4). Lá acontecem os testes para que o município passe a destinar o resíduo inservível restante da reciclagem no coprocessamento nos fornos para produção de cimento.
Além de ser menos poluente que o agente energético usado atualmente - o coque de petróleo - o CDR (Combustível Derivado de Resíduo) é uma das opções da capital paranaense reduzir o uso do aterro sanitário. De acordo com Greca, a medida já é utilizada em países como a Suécia, Dinamarca, Alemanha e Holanda.
“Nós ganhamos um presente com a possibilidade definitiva de correção ambiental com uso dos combustível de derivados de resíduos inservíveis”, disse o prefeito.
A visita contou com a participação do conselheiro da Votorantim, Fábio Ermírio de Moraes; do secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur; da secretária do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias; do prefeito de Rio Branco do Sul, Gibran Johnsson, e do prefeito de Itaperuçu, Helio Guimarães. Além de representantes das associações de recicladores.
Renda e economia
O beneficiamento e uso do CDR vai se tornar também mais uma alternativa de renda aos cooperados das 40 associações que fazem parte do Ecocidadão, da Prefeitura, que hoje separam e vendem a fração seca do resíduo coletado porta a porta pelo programa Lixo Que Não É Lixo.
“Essa sobra ainda vai para o aterro sanitário, onerando Curitiba e os demais municípios da Região Metropolitana que encaminham seus resíduos para Fazenda Rio Grande”, explicou o prefeito. “Com esse projeto, esperamos em 25 ou 30 anos reduzir o aterro da Grande Curitiba”, completou.
Outra vantagem apontada por Greca é a economia, uma vez que o coque é uma matéria-prima importada em dólar ou euro.
Mais soluções
Dentro das ações de lançamento do programa Lixão Zero, do governo federal, a Prefeitura reuniu uma série de iniciativas ligadas à gestão de resíduos sólidos em uma feira na Boca Maldita.
Um caminhão do Câmbio Verde, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, esteve à disposição da população para a troca de recicláveis por hortifrútis. Associações do programa Ecocidadão, de separação de materiais recicláveis, fizeram campanha para o descarte correto de resíduos.
Também foram apresentados o ônibus Ecoexpresso, de Educação Ambiental da Sanepar, e a campanha de logística reversa para entrega de diversos tipos de materiais.