Depois de passar por uma ampla reforma, o Centro-Dia Amigo Curitibano, que atende pessoas com deficiências e suas famílias, no Alto Boqueirão, foi reinaugurado pelo prefeito Rafael Greca nesta quarta-feira (4/4). A entrega da obra faz parte da programação dos 330 anos de Curitiba.
São atendidas no Centro-Dia Amigo Curitibano 60 homens e mulheres de 18 a 59 anos e que apresentam deficiências. Todos têm algum grau de dependência e tiveram limitações agravadas por violações de direitos que comprometem sua autonomia. A unidade atende ainda os cuidadores e familiares dos usuários.
“É com muita alegria que nós entregamos as melhorias nesse centro-dia, pois queremos que as pessoas aqui atendidas sejam cada vez mais desenvolvidas na cabeça, na inteligência e, sobremaneira, no coração”, disse o prefeito. “Vocês e suas famílias são muito bem-vindos e desejamos que vivam com alegria”, completou o prefeito, sob aplausos.
Antes de se reunir com os usuários e seus familiares na nova quadra de esportes da unidade, Greca descerrou a placa de reinauguração com a ajuda de Rita de Cássia Frare, 52 anos, atendida no centro-dia. Acompanhada da irmã, Goretti Frare, Rita aguardou a chegada do prefeito na entrada da unidade para pedir uma foto e ficou emocionada com o carinho que recebeu.
Adriano Carvalho Gomes, 46 anos, gostou das melhorias feitas na unidade. Segundo ele, a quadra coberta permite jogar bola nos dias de chuva e muito sol. A irmã do usuário, Angelita Bastos, 50 anos, contou que Adriano gosta também de ir ao centro-dia para a oficina de música.
Thiago Afonso Freire, 30 anos, é atendido no Centro-Dia Amigo Curitibano desde o ano passado e foi ao evento acompanhado da mãe, Maria Enedina Frare, 62. “Aqui é muito bom para meu filho porque ele tem atividades, convive com outras pessoas como ele e ainda sai da rotina. Hoje vejo que ele está mais alegre”, explicou Maria.
Revitalização
Implantado em 2008 e coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS), o Centro-Dia Amigo Curitibano recebeu ampliação dos espaços internos, cozinha, copa, banheiros adaptados, salas de atividades e almoxarifado.
Na parte externa, a unidade teve o telhado reformado, implantação de toldo no acesso principal, além de ganhar uma quadra de esportes e estacionamento.
O valor investido pela Prefeitura nas obras foi de R$ 921,5 mil.
Atividades
O Centro-Dia Amigo Curitibano funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. No local, as pessoas atendidas participam de oficinas que possibilitam a ampliação do convívio social, o compartilhamento de vivências e a troca de experiências nos âmbitos social e cultural. As oficinas são de Habilidades Sociais, Costura Temática e Artesanato, Inclusão Digital e música.
A unidade promove atividades de lazer, como festas em datas especiais, aniversários do mês, e passeios culturais.
O centro-dia desenvolve ainda atividades com as famílias para que se integrem ao trabalho da unidade. Uma das preferidas é o cultivo da horta e cuidados com o jardim. “O objetivo do trabalho com a família é estimular a troca de experiências e fortalecer a convivência com o usuário e suas limitações”, explica a coordenadora da unidade, Denise Nunes Soares.
Presenças
A reinauguração foi acompanhada pela presidente da FAS, Maria Alice Erthal, os administradores regionais do Boqueirão, Ricardo Dias, e do Cajuru, Narciso Doro Júnior, além do assessor especial de Articulações Políticas da Prefeitura, Lucas Navarro de Souza.
A FAS foi representada ainda pela superintendente de Gestão, Veranice Vieira de Lara Hayashida, pelas supervisoras dos núcleos regionais do Boqueirão, Kátia Melissa Roden da Silva, de Santa Felicidade, Valdirene Monteiro Alves Pires, do Portão, Lidiane Oliveira Bonamigo de Souza, e do Cajuru, Ariadne Poplade Pereira Alcântara, e pela diretora de Proteção Social Básica, Maria Inês Gusso Rosa.
O evento teve ainda a participação do chefe do Núcleo da Fundação Cultural de Curitiba na Regional Boqueirão, Eli Siliprandi, que fez uma apresentação ao lado de Daniela Livramento, aluna do Programa Nosso Canto, tocando e cantando Lendas Amazônicas do compositor paraense Waldemar Henrique, e também o artista plástico e tatuador Alexandre Rowiecki, que está fazendo um mural na unidade retratando super-heróis com deficiência. Alexandre viveu em situação de rua e foi acolhido pela FAS durante a pandemia da covid-19.