Está nas mãos do mestre calceteiro Édson Faria o reassentamento da calçada de pedras portuguesas da Praça Carlos Gomes decoradas em mosaico com a lira – o instrumento musical que remete ao maestro e compositor brasileiro homenageado pelo logradouro. Situada na Regional Matriz, a praça está em obras para melhorar a acessibilidade dos pedestres e por isso a calçada de petit pavé, que passará a conviver com o novo pavimento, precisou ser desmanchada.
Com a ajuda de Ilson Taborda, que está começando no ofício, Édson cuida da recolocação das pedras na lateral da Rua Monsenhor Celso. “Vai ficar como nova, nivelada com a calçada de pedra escura que está sendo implantada”, explica o trabalhador, que está na profissão há 45 anos e assentou as pedras que revestem as calçadas da Rua Comendador Araújo e o trecho inicial da Rua XV. “É trabalho para durar a vida inteira”, garante.
Expectativa
Na banca situada quase na esquina das ruas Monsenhor Celso e José Loureiro, a comerciante Thays Feitosa está entusiasmada com a obra. A reforma da praça abrange a mudança da localização da banca, que ficará mais próxima da rua e será feita de estrutura metálica.
“Como vai melhorar para as pessoas circularem no piso novo, mais liso, e o ambiente todo vai ficar mais bonito, a gente aposta que mais gente vem comprar aqui”, diz Thayz sobre a mudança, que também se estenderá à outra banca existente na Carlos Gomes.
Os usuários do transporte coletivo também acham que a praça ficará mais atraente e acolhedora. É o caso de Rixely Gabriel Indriago Guerra, que veio da Venezuela há 4 meses. Todos os dias ela pega ônibus no local para voltar para casa. “Já dá para ver que está melhor do que era”, avalia, referindo-se ao piso na altura do ponto do ônibus que ela usa.
Ritmo e mudanças
A intervenção é coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (SMMA) da Prefeitura e deverá estar pronta antes do fim do ano. “As obras avançam em sintonia com mudanças temporárias que precisam ser feitas nos pontos de ônibus da José Loureiro e as estações-tubo da Pedro Ivo, além do clima”, explica o mestre de obras Matheus Pereira. O tempo seco facilita a compactação das pedras portuguesas do petit pavé sobre a base, feita de cimento e areia.
A revitalização abrange uma rota acessível em volta do local, feita de lajota vermelha, ao longo do piso texturizado. As rampas de acessibilidade situadas nas esquinas da praça e das ruas limítrofes serão readequadas.
As mudanças incluirão ainda as floreiras e as lixeiras, que serão iguais às instaladas na Rua XV. Postes de sinalização e bancos, além dos guarda-corpos situados junto à estação-tubo, serão reposicionados. Os canteiros serão mantidos e, alguns, sofrerão pequenas modificações de tamanho.