Obras do Patrimônio Histórico de Curitiba, que compõem a paisagem de parques e praças da cidade, estão sendo restauradas pela Fundação Cultural de Curitiba no Ateliê de Escultura do Memorial Paranista, novo espaço da cidade dentro do Parque São Lourenço.
Uma das peças é a esculta em tamanho natural do cacique Tindiquera, que voltará, nesta sexta-feira (3/9), “para casa”, no Parque Tingui. A obra foi removida temporariamente pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que também reinstalará a peça.
A escultura em bronze do cacique, obra do artista Elvo Benito Damo, que também é o responsável pelo Ateliê de Escultura, ganhou novamente seu cajado, peça roubada faz mais de 10 anos.
A escultura remete ao índio que teria dado nome à capital paranaense. Tindiquera indicou aos portugueses o local onde o povoado que deu origem a Curitiba, usando a frase “Coré Etuba”, que significa “muito pinhão”.
“O restauro de obras como essas é um trabalho delicado, e para reestabelecer a originalidade é importante que seja feito dentro do ateliê, onde temos equipamentos e materiais necessários. Depois elas são devolvidas aos locais de origem completamente recuperadas”, explica Elvo.
Além do novo cajado que segura em uma das mãos, a escultura também ganhou retoques e uma elevação na base.
A obra do cacique foi feita especialmente para uma das entradas do Tingui na inauguração do parque, na primeira gestão do prefeito Rafael Greca, em 1994.
Amor Materno
Dentro do ateliê está sendo restaurada também a obra Amor Materno, do artista paranista Zaco Paraná. A peça é um dos símbolos do Jardim Botânico de Curitiba e voltará renovada para as comemorações do aniversário de 30 anos do local, em outubro.
Outro trabalho é o molde do busto da musa e poeta curitibana Didi Caillet, feito a partir da peça original emprestada pela família de Didi à Prefeitura de Curitiba para recomposição desse importante patrimônio histórico.