Representantes dos municípios de São Paulo (SP), Ipecaetá e Feira de Santana (ambos na Bahia) estão em Curitiba esta semana para conhecer boas práticas da rede municipal de ensino curitibana, entre elas inovação pedagógica, inclusão e escolas integrais.
As escolas integrais curitibanas são o foco da visita do secretário municipal de Educação de São Paulo (SP), Fernando Padula. Na segunda-feira (6/3), ele esteve nas escolas Jornalista Arnaldo Alves da Cruz (Boqueirão), Issa Nacli e UEI Irati (ambas no Cajuru), acompanhado da secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, e da gerente de Educação Integral, Michelle Thaís Faria Feliciano.
“Nosso objetivo é qualificar e ampliar essa oferta, começando com parte das turmas e na sequência aumentando esse número, dentro da capacidade da rede. Começaremos com as turmas que apresentem maior demanda. Lembrando as famílias que preferirem o período regular podem continuar assim”, explicou Maria Sílvia.
“Adorei conhecer a rede curitibana. A espinha dorsal é o currículo, e foi muito interessante conhecer as propostas do integral e as UEIs, que são as unidades com o integral em Curitiba”, comentou o secretário.
O atendimento do integral está em expansão na rede municipal desde 2017. O aumento da oferta é feito de maneira gradativa, e depende da estrutura das unidades e da demanda da comunidade.
O número de escolas municipais com oferta da educação integral em tempo ampliado já subiu de 86 para 126. Até o final deste ano, 156 unidades devem ter pelo menos parte das turmas com opção do integral ou atividades nas UEIs próximas.
Mãos na massa
O integral permite que o estudante permaneça com até 9h de atividades na escola e garante acesso a atividades pedagógicas diferenciadas, como práticas de movimento, ciência e tecnologia, matemática, Língua Portuguesa, entre outras. A alimentação escolar também é adequada ao tempo maior em que permanecem na unidade educacional.
Um dos destaques das unidades integrais de Curitiba é o projeto “Mãos na Massa: economia doméstica para os estudantes da rede municipal de ensino”, com propostas de vivências do cotidiano e atividades manuais, que envolvem culinária e costura, de maneira articulada com conteúdos curriculares, como matemática e ciências, por exemplo.
Saiba mais sobre o Mãos na Massa.
Centro de Autismo e inovação
Já os baianos visitaram o Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), primeiro do Brasil nesse modelo, inaugurado em 2019. A secretária da Educação de Feira de Santana, Anaci Paim, e o prefeito de Ipecaetá, Júnior Piaggio, conheceram a metodologia própria utilizada em Curitiba, o que pode servir como base para ações em seus municípios.
“Além do atendimento especializado para os estudantes, temos a Escola de Pais, para acolher e orientar as famílias”, explicou a diretora do Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado, Gislaine Coimbra Budel.
“Muito interessante”, comentou o prefeito de Ipecaetá. O grupo da Bahia também conheceu os Faróis Móveis e os Faróis do Saber e Inovação. Eles visitaram a Escola Municipal Herley Mehl, no bairro Pilarzinho (Farol Manuel Bandeira).
Em reunião com a comitiva da Bahia, na manhã desta quarta-feira (8/3), a secretária abordou o tema das Cidades Educadoras e destacou que esse conceito já está incorporado ao trabalho na rede municipal de ensino, mas explicou que cada cidade tem seu caminho. "Curitiba como cidade educadora tem exemplos maravilhosos, mas Ipecaetá, Feira de Sanata ou qualquer outra cidade tem que trilhar o seu caminho próprio, ser uma cidade educadora não é um modelo pronto e acabado", comentou Maria Sílvia.