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Programa Vida no Trânsito

Relatório aponta queda no número de mortes no trânsito em Curitiba

Relatório aponta queda no número de mortes no trânsito em Curitiba. Foto: Hully Paiva/SMCS

Curitiba registrou redução no número de mortes em acidentes de trânsito no ano de 2022, de acordo com o relatório anual do Programa Vida no Trânsito (PVT) divulgado nesta semana. Os dados revelam que no ano passado houve 160 acidentes de trânsito fatais, resultando em 166 óbitos. A redução de mortes foi de 1,2% em comparação com 2021, quando ocorreram 168 óbitos em 162 acidentes.

Desde o início do Programa Vida no Trânsito, em 2011, até o ano de 2022, Curitiba conseguiu reduzir o número de mortes em acidentes em 46,5%.

Embora tenham ocorrido pequenas oscilações ao longo desse período, com destaque para os anos de 2016 e 2020, o esforço contínuo para melhorar a segurança viária na cidade tem dado frutos. A taxa de mortalidade em 2022 foi de 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, representando uma queda de 49,5% em relação ao início do programa em 2011.

Além disso, a razão de mortalidade por 10 mil veículos permaneceu inalterada em 2022 em comparação com o ano anterior, o que reflete uma redução de 60% no risco de morrer no trânsito entre 2011 e 2022.

“É uma conquista importante para a cidade, cada redução anual é uma vitória. Fizemos muitas intervenções no trânsito de Curitiba para diminuir esses índices e trabalhamos todos os dias para que não haja nenhuma vítima. É um esforço contínuo que envolve engenharia, educação e fiscalização”, afirmou a superintendente de trânsito, Rosangela Battistella.  

Mais vulneráveis

Os dados históricos apresentados pelo relatório também destacam que, pelo terceiro ano consecutivo, os ocupantes de motocicletas continuam sendo o grupo mais vulnerável nas ruas de Curitiba, representando 38,6% dos óbitos em 2022. No entanto, foi registrada diminuição de 15,8% nesse número em comparação com o ano anterior. Houve, porém, um aumento significativo no número de óbitos de pedestres, com um acréscimo de 9,5% em relação a 2021.

Historicamente, pedestres e motociclistas têm alternado na liderança das estatísticas de vítimas de acidentes de trânsito. A análise detalhada por tipo de vítima ao longo dos anos mostra que, até 2015, os pedestres eram a principal vítima, retomando essa posição em 2019. Entre 2016 e 2018, os ocupantes de motocicletas foram o grupo mais atingido, reassumindo a primeira posição em 2020.

Perfil

O relatório do PVT também apresenta informações detalhadas sobre o horário e o tipo de acidente mais comum. A maioria dos acidentes fatais ocorreu durante a noite e a sexta-feira é o dia mais crítico da semana.

A análise também incluiu dados sobre etnia, sexo e faixa etária das vítimas. A maioria foi do sexo masculino e a faixa de 20 a 29 anos a mais atingida, representando 19,3% das mortes. As vítimas também foram predominantemente classificadas como brancas nas declarações de óbito.

Em relação às vias onde os acidentes ocorreram, a maioria aconteceu em ruas e avenidas da cidade, mas também houve um número significativo em trechos rodoviários, especialmente na Linha Verde, com 10% dos acidentes fatais.

Iniciativa

O Programa Vida no Trânsito foi criado em 2011 e acompanha anualmente dados de acidentes fatais.

Responsável pela publicação do relatório, o comitê de coleta de dados, análise e gestão da Informação do Programa Vida no Trânsito é formada por representantes do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), Instituto de Criminalística (IC), Instituto Médico Legal (IML), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Secretaria Estadual da Saúde (Sesa-PR), Superintendência de Trânsito (Setran), Sistema de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, Detran-PR, Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), além da colaboração da Urbs – Urbanização de Curitiba e da regional sul da concessionária Arteris.

A coordenação é da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.

Acesse AQUI o relatório completo.

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