Curitibanos que residem nos 12 bairros da Regional Boa Vista têm um bom motivo para comemorar. A região recebeu 111,3 km de asfalto novo em suas ruas nos últimos seis anos.
Em março, a Prefeitura anunciou como parte das comemorações dos 330 anos de Curitiba que mais 46 ruas da regional vão receber reciclagem do pavimento.
As intervenções fazem parte da nova etapa do programa de recuperação da malha viária, coordenadas pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), anunciada pelo prefeito Rafael Greca, que prevê a requalificação de 222 ruas em toda a cidade, numa extensão de 120 km.
As obras na Regional Boa Vista começaram pela Rua Sebastião Alves Ferreira, no Bairro Alto. A via está entre as primeiras a serem recuperadas na nova etapa do programa e receberá manutenção em 3.209 metros, no trecho entre as ruas Rio Juruá e José Veríssimo.
Formada pelos bairros Abranches, Atuba, Bacacheri, Bairro Alto, Barreirinha, Boa Vista, Cachoeira, Pilarzinho, Santa Cândida, São Lourenço, Taboão e Tingui, a Regional Boa Vista tem 266.890 habitantes, segundo estimativa IBGE/Ippuc de 2020.
Fala Curitiba
A solicitação por melhoria no pavimento da Rua Sebastião Alves Ferreira foi apontada por moradores nas consultas públicas do Fala Curitiba. A Rua Sebastião Alves Ferreira corta o Bairro Alto e o Atuba e faz ligação com Pinhais, na região metropolitana. Serve como rota ao transporte coletivo.
Com ela, outras 24 ruas receberão obras de reciclagem do pavimento nessa primeira fase. Na segunda fase que ainda está em licitação, serão mais 21 ruas que passarão por intervenção, totalizando assim 46 vias nessa etapa do programa.
“Atendendo pedido da população, a Prefeitura realiza ações constantes na cidade de melhoria do pavimento beneficiando moradores, usuários do transporte coletivo, trazendo mais segurança e conforto para motoristas e pedestres”, disse o secretário Obras Públicas, Rodrigo de Araújo Rodrigues.
111,3 km de asfalto
Antes do anúncio desse pacote de obras, a Regional Boa Vista já foi beneficiada com um volume expressivo de obras de recuperação de ruas. De janeiro de 2017 a fevereiro de 2023, a região recebeu 111,3 km de asfalto novo em suas ruas, quase a distância entre Curitiba e Ponta Grossa. Foram 276 ações nas ruas dos bairros da região.
Dentre elas, estão a reciclagem da Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, que cruza os bairros Atuba, Santa Cândida e Tingui. A via foi requalificada em 2.898 metros de pavimento (quase 3 quilômetros), no trecho entre a rodovia BR-476 e o Terminal do Santa Cândida.
Além de concentrar comércios e empresas, a Mascarenhas de Moraes é rota para as linhas de ônibus 214 Tingui e 030 Interbairros III e é uma das entradas de Curitiba para quem vem do município de Colombo ou pela Rodovia Régis Bittencourt.
Anita Garibaldi revitalizada
Outra artéria importante da região que teve o pavimento recuperado foi a Avenida Anita Garibaldi, via setorial de comércio e serviços da região norte da cidade, rota do transporte coletivo e ligação entre os bairros do Bacacheri, Juvevê, Cabral, Ahú, São Lourenço, Santa Cândida, Boa Vista e Barreirinha.
Foram quase 3 km de asfalto novo pelo sistema de fresa e recape. O serviço restaura a camada asfáltica danificada e restabelece a qualidade estrutural do pavimento.
A via também recebeu a instalação de 230 novas luminárias de LED. Os equipamentos substituíram as luminárias convencionais e estão iluminando melhor e consumindo menos energia.
Cruz do Pilarzinho
Outra grande melhoria viária promovida pela Prefeitura na região, foram as obras de correção geométrica na região da Cruz do Pilarzinho, no bairro Pilarzinho, executadas para promover a segurança dos pedestres e integração temporal do transporte público.
Com as intervenções realizadas nas ruas Hugo Simas, Raposo Tavares e Amauri Lange Silvério e seus arredores, o bairro tornou-se ponto de conexão com vários terminais, permitindo a passageiros de sete linhas de ônibus a troca de itinerário sem pagar uma nova passagem, usando o cartão-transporte.
As intervenções - executadas sob a supervisão da Smop - alcançam quase 800 metros executados em seis ruas que foram alargadas, pavimentadas e sinalizadas, receberam novas calçadas, infraestrutura de drenagem e iluminação.
A região recebeu um conjunto de três pontos cobertos de ônibus que servem à integração temporal do transporte. A possibilidade dada ao passageiro para a troca de linhas, sem precisar pagar outra passagem, favorece também o comércio local.
As calçadas ganharam piso de paver (blocos de concreto) e ficaram mais acessíveis. O investimento nas melhorias foi de R$ 4.150.662,37, com recursos provenientes do programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal.
Linha Verde
As obras da Linha Verde, o grande corredor viário que une a cidade de um extremo ao outro, estão em andamento com a meta de conclusão de todo o trecho até o final de 2024.
Atualmente, são feitas as obras remanescentes do lote 4.1, que compreende o trecho entre a Estação Solar e Estação Atuba, numa extensão aproximada de 2,84 km. O Lote 4.1 é o trecho final da Linha Verde.
Na gestão do prefeito Rafael Greca foram finalizados e colocados em funcionamento os lotes 3.1 da Linha Verde norte (do Viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral até as proximidades do Hospital Vita, numa extensão aproximada de 2,46 km) e o 3.2, numa extensão de 2,8 km que inclui a trincheira que liga a Rua Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, à Rua Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri.
Com as duas entregas, 85% do eixo da Linha Verde que serve ao transporte coletivo foi concluído.
Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho
Com a conclusão do lote 3.1 da Linha Verde, a Prefeitura implantou mais uma importante linha de ônibus, o Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho, que faz a ligação inédita entre o Norte e o Sul da cidade pela Linha Verde (BR-476). A linha tem capacidade para atender até oito mil pessoas por dia.
O Ligeirão permite a integração de 18 linhas pelas estações-tubo, sem contar as conexões que podem ser feitas no Terminal do Pinheirinho, o maior da cidade, por onde circulam 46 linhas, sendo quatro metropolitanas. Com a integração, o passageiro pode trocar de ônibus nas estações-tubo ou no terminal sem pagar outra passagem.