A partir deste mês, a Rede Mãe Curitibana Vale e Vida passa a funcionar com um protocolo atualizado. Com as mudanças, a rede teve várias melhorias, como inclusão de estratificação de risco das gestantes, atualização de medicamentos, ampliação de exames e realização de pré-natal odontológico.
A Rede Mãe Curitibana Vale a Vida é um dos pilares do plano de governo do prefeito Rafael Greca na área da saúde. De acordo com a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, a mudança de nome de Programa Mãe Curitibana para Rede Mãe Curitibana Vale a Vida não é apenas uma questão de semântica.
“A Rede Mãe incorpora conceitos de integração de ações e continuidade do cuidado, coordenados pelas equipes da atenção primária. Nessa reformulação amplia-se a experiência exitosa do programa que reduziu os indicadores de mortalidade materna infantil ao longo dos anos em Curitiba”, diz.
A Rede Mãe Curitibana Vale a Vida é uma ampliação do Mãe Curitibana, criado em 1999, que, por sua vez, teve como precursor o programa Nascer em Curitiba Vale a Vida, instituído na primeira gestão do prefeito Rafael Greca.
Mudanças
Uma das principais mudanças nos protocolos da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida é a estratificação de risco das gestantes. Antes elas eram divididas apenas nos grupos risco normal ou alto. Agora, há graduações entre o risco normal e alto, o que garante uma linha de cuidado mais adequada para cada gestação.
Na parte de atualização de medicamentos, houve ampliação de suplementos vitamínicos e antibióticos, disponibilizados às gestantes. Houve, ainda, a inclusão de exames no protocolo, como teste de hepatite C, TSH, que avalia o funcionamento da tireóide, e Streptococcus agalactiae, que aponta a possibilidade de infecção bacteriana prejudicial ao bebê.
Outra grande novidade, é a inclusão do pré-natal odontológico para as gestantes. “Uma saúde bucal comprometida pode levar a um trabalho de parto prematuro, com consequências para o bebê”, explica Márcia.
De acordo com o coordenador da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, Edvin Javier Boza Jimenez, o novo protocolo é uma construção conjunta. “Este protocolo é fruto de diversas parcerias, entre a gestão municipal e a rede hospitalar, membros das sociedades científicas e das universidades”, explica.
Jimenez ressalta, ainda, que a Rede Mãe valoriza o envolvimento da família durante o pré-natal, no parto e nos cuidados da criança. Segundo ele, o envolvimento consciente e responsável contribui para melhorar laços afetivos.