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Maus-tratos

Rede de Proteção Animal de Curitiba e Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente apreendem 32 galos usados em rinhas

Rede de Proteção Animal de Curitiba, Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrulha de Proteção Animal, fazem ação conjunta de resgate em local suspeito de criação para rinha de galos. Curitiba, 27/06/2024. Foto: José Fernando Ogura/SMCS

Uma ação conjunta feita por fiscais da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e por guardas municipais da Patrulha de Proteção Animal (PPA) aprendeu 32 galos que eram usados para rinhas. A operação aconteceu na manhã desta quinta-feira (27/6), na Rua Doutor João Fleury da Rocha, no bairro Sítio Cercado.

No momento da ação, não havia ninguém na residência e a Polícia Civil vai procurar o criador das aves. A operação policial aconteceu após uma denúncia anônima ter sido feita pela Central 156, com fotos das gaiolas e viveiros onde os galos e algumas galinhas ficavam, no fundo do quintal da casa.

Com a denúncia e o endereço, a Rede de Proteção Animal pediu o apoio à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para a ação policial. “Viemos até o local e confirmamos a denúncia de que aqui eram criados galos para rinhas. Encontramos um ringue para treinamentos e criação de galos para lutas”, explicou a chefe da Rede de Proteção Animal, Sueli Sasaoka. 

Os galos e galinhas apreendidos receberam identificação por microchip eletrônico e serão destinados para adoção responsável, por pessoas que tenham chácaras e fazendas. Quatro galos precisam de cuidados especiais, pois estão bem machucados e ficarão com a Rede de Proteção Animal em recuperação. 

Esporas amputadas

De acordo com o delegado de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Luiz Dias, o homem responsável pela criação dos galos para rinhas será procurado e detido com a lavratura de termo circunstanciado. 

“Esses animais estavam submetidos a maus-tratos, eles passavam por privação de espaço, ficavam no escuro, tiveram as esporas amputadas e os bicos cerrados para colocarem pedaços de metal e assim machucarem outros galos em lutas. Essas aves foram torturadas para ficarem mais ferozes”, disse o delegado.

Nos fundos da residência foram encontradas gaiolas preparadas para acondicionar mais de 100 galos. “A Rede de Proteção Animal trabalha na defesa dos animais do município e a Polícia Civil na responsabilidade criminal dos infratores. Um trabalho complementa o outro e esta é uma parceria de sucesso que rende bons frutos para a cidade”, completou o delegado.

Além da detenção e assinatura do termo circunstanciado, o responsável pelos animais também receberá um auto de infração com multa de R$ 64.000,00 com base na lei 16.038 de 2022, lei municipal de combate aos maus-tratos de animais.

Além dos animais, os fiscais também apreenderam materiais que eram usados nos treinamentos dos galos como proteções de couro para os bicos e esporas, seringas para injetar anabolizantes e medicamentos quando os animais se machucavam.

Participaram da ação desta quinta-feira (27/6), a chefe da Rede de Proteção Animal e Curitiba, Sueli Sasaoka, o delegado de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Luiz Dias, o veterinário da Rede de Proteção Animal de Curitiba, Fabiano Cruzara, os fiscais da Rede de Proteção Animal de Curitiba, Dirceu Szymonka, Lucas Novatzki e Rodrigo Barbosa da Silva, e os guardas municipais da Patrulha de Proteção Animal (PPA), Sandro Alves e Jonny da  Paixão.

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