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Alerta

Quem faz turismo de aventura em regiões rurais e de mata deve estar com a vacina da febre amarela em dia

Quem faz turismo de aventura em regiões rurais e de mata devem estar com a vacina da febre amarela em dia, alerta Saúde de Curitiba. Foto: Valdecir Galor/SECOM

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Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da SMS

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As pessoas que aproveitam o tempo livre para fazer turismo de aventura ou a praticar esportes em áreas rurais e de mata devem estar com a vacina da febre amarela em dia. O alerta é da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, tendo em vista o aumento de casos e mortes pela doença em quatro estados brasileiros em 2025: São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. O maior número de ocorrências se concentra no interior paulista, com oito casos e quatro mortes este ano, de acordo com dados preliminares da Secretaria da Saúde de São Paulo. 

Em Curitiba, não há registro de casos de febre amarela, mas com o deslocamento das pessoas em viagens de férias, comuns no verão, o alerta se torna necessário. A vacina está disponível em 109 Unidades de Saúde do SUS Curitibano para pessoas de 9 meses a 59 anos. (Veja mais abaixo)

“A febre amarela é uma doença séria, que pode ser grave e até levar à morte. Quem frequenta áreas rurais e de matas ou viaja para regiões endêmicas precisa estar com a proteção da vacina em dia”, explica a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.

Para as crianças menores de 5 anos, são recomendadas duas doses da vacina contra a febre amarela, aplicadas aos 9 meses e aos 4 anos. Para as pessoas entre 5 e 59 anos, somente uma dose garante a proteção por toda vida. Quem não foi vacinado na infância ou não sabe se já recebeu a dose contra a doença, deve procurar uma Unidade de Saúde para se proteger. Em caso de viagem ou deslocamento para regiões rurais, de mata ou para locais onde há ocorrência de casos, a imunização deve ser feita com pelo menos dez dias de antecedência, tempo necessário para que a vacina possa ativar o sistema imunológico. 

“Em Curitiba essa vacina só foi incluída no calendário vacinal das crianças a partir de 2018, portanto, muita gente ainda pode estar desprotegido e precisa buscar sua dose”, alerta o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.

Antes de 2018, a imunização contra a doença na capital paranaense só era indicada para viajantes, porque a cidade não era considerada endêmica para a febre amarela. A aplicação era dirigida a pessoas em deslocamento para estados e regiões com circulação do vírus ou para viagens internacionais, visto que alguns países exigem o Certificado Internacional de Vacina e Profilaxia para Febre Amarela.

Para verificar se a vacina está em dia, basta acessar o aplicativo Saúde Já Curitiba e clicar em Carteira de Vacinação, onde estão listadas as vacinas aplicadas, pendentes e as próximas doses previstas. Também é possível verificar a situação vacinal direto na Unidade de Saúde de referência. 

Nota técnica

Nesta semana, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica indicando a necessidade da vigilância da doença, reforçando a orientação quanto à prevenção por meio da imunização e de medidas de proteção individual, como o uso roupas e sapatos fechados e a aplicação de repelente em áreas expostas do corpo, principalmente para quem frequenta áreas rurais e de matas.

A nota técnica destaca: “com a proximidade do Carnaval, é fundamental que as pessoas que planejam se deslocar para áreas com registro de transmissão de febre amarela ou para áreas rurais e de mata verifiquem a carteira de vacinação e, caso ainda não estejam vacinadas contra a doença, procurem as Unidades de Saúde com pelo menos 10 dias de antecedência para se vacinarem, evitando a exposição a áreas e situações de risco sem proteção”.

Sinais e sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos) e a transmissão se dá por meio da picada de mosquitos silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes, presentes em áreas rurais e de matas. Após a picada pelo mosquito infectado, humanos e macacos manifestam a doença, que apresenta evolução rápida, sendo que as formas graves podem levar rapidamente à morte. É considerada uma doença sazonal do verão, geralmente com aumento de casos de dezembro a maio.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo, olhos amarelados, náuseas ou vômitos, podendo evoluir para hemorragia de mucosas.

“É uma doença que tem alta letalidade, por isso a importância da prevenção pela vacina”, reforça Alcides Oliveira. Segundo ele, se a pessoa frequentou áreas rurais ou de mata e apresenta algum desses sintomas, deve buscar atendimento em uma Unidade de Saúde ou UPA e informar seu histórico de viagem.

Macacos

Os macacos são considerados sentinelas para a febre amarela. Os profissionais que atuam na área de vigilância de zoonoses monitoram a presença de macacos doentes, que pode indicar a presença do vírus na região em que vivem, no entanto, eles não transmitem a doença e devem ser protegidos. Neste ano, no interior de São Paulo, já foram identificados 25 macacos contaminados pela febre amarela e uma morte pelo vírus. No Paraná, não há registro de casos ou morte de macacos pela doença.

Âncora

Imunização


A vacina contra a febre amarela é a principal ferramenta de proteção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos. A primeira dose é aplicada aos nove meses e a dose de reforço aos quatro anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas. As pessoas com 60 anos ou mais só podem tomar a vacina contra a febre amarela por indicação médica.

O Ministério da Saúde também reforça outras orientações sobre a imunização contra a febre amarela:

  • Dose de reforço para viajantes: indivíduos que receberam a vacina fracionada contra a febre amarela em 2018 e que se destinam a áreas com circulação comprovada do vírus da febre amarela, deverão receber uma dose adicional da vacina em dose padrão;
  • Dose zero: a dose zero da vacina contra a febre amarela, aplicada entre 6 e 8 meses de idade, somente deve ser administrada em crianças que residem ou se desloquem para área onde há circulação confirmada do vírus;
  • Vacinação de idosos: a vacinação de pessoas com 60 anos ou mais deve ser precedida por uma avaliação médica individualizada, considerando o risco de exposição ao vírus da febre amarela e as condições clínicas do paciente.

Certificado Internacional

Os viajantes que precisam do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) da Febre Amarela devem emitir o documento pelo Meu SUS Digital, aplicativo oficial do Ministério da Saúde para acesso a serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma digital.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as pessoas que foram vacinadas contra a febre amarela depois de 29 de dezembro de 2022, podem verificar se o certificado está disponível no Meu SUS Digital, que pode ser acessado pela web ou por aplicativo móvel.

Caso não encontre o documento, é possível solicitar sua emissão enviando a carteira de vacinação com o registro da vacina contra a febre amarela pelo Portal de Serviços do Governo Federal (gov.br).

Caso tenha dúvidas sobre a emissão do certificado, a Central Saúde Já pode ser o canal para sua orientação. Pode ser enviado e-mail para smscentral@sms.curitiba.pr.gov.br ou pelo telefone 3350-9000.