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Exposições continuam

Público tem nova chance de ver a evolução dos quadrinhos na Bienal de Curitiba

7ª Bienal Internacional de Quadrinhos no Museu Municipal de Arte, MuMa. Curitiba, 12/09/2023 Foto: Levy Ferreira/SMCS

Quem não conseguiu ver a 7ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba porque viajou no feriadão tem nova chance de apreciar o maior evento de quadrinhos do Sul do país. Isso porque o Museu Municipal de Arte (MuMA), no bairro Portão, continua expondo trabalhos de vários autores que participaram da bienal, evento realizado com apoio da Fundação Cultural de Curitiba, que este ano teve como tema Resistências, Existências: Quadrinhos e Corpos Plurais. 

O MuMa funciona de terça a domingo, das 10h às 19h e fica na Avenida República Argentina, 3.430, ao lado do Terminal Portão. A entrada é gratuita.

A 7ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba contou com a participação de mais de 60 artistas nacionais e internacionais, uma celebração verdadeiramente global da chamada nona arte. Os temas variam entre a crítica à política nacional, erotismo, combate ao racismo e discriminação de gênero.

Homenagem a Lilian Mitsunaga

Na sala 1, o visitante vai encontrar as exposições Lilian Matsunaga: 4 Décadas nos Quadrinhos, Das Redes Sociais ao livro e Destino e Intersecções (até 7/11).

A letrista Lilian Mitsunaga, responsável pelo letreiramento das edições brasileiras dos quadrinhos da Disney, foi a grande homenageada da bienal. Letreiramento é a etapa de adicionar elementos linguísticos como balões de fala nas histórias para transmitir diálogos, narração, efeitos sonoros que enriquecem a narrativa visual das HQs.

Resistências e erotismo

Prosseguindo o passeio pelo MuMa, o visitante encontra na sala Célia Neves Lazzarotto a mostra Resistências (até 7/10); na Galeria do Cinema, estão os trabalhos do Programa Brasil em Quadrinhos (até 11/11); e na sala Domício Pedroso estão em exibição as mostras Charges e cartuns: crítica na ponta do lápis, Maria Erótica: outros erotismos e Ultraviolência (até 7/11).

Para Elen Marcela de Oliveira Lacerda, moradora no bairro do Ganchinho, a importância da bienal está traduzida na discussão dos temas importantes que enfoca.

“Eu lia muitas revistas em quadrinhos na infância, especialmente da Turma da Mônica. É muito interessante ver como este universo evoluiu em termos de imagem e linguagem e um exemplo é exposição Resistências, que faz uma abordagem crítica das questões dos negros, dos indígenas e do público LGBTI+”, disse a moça, acompanhada de um grupo de amigos.

As salas que trazem material voltado para o público adulto têm a indicação de idade fixada de forma bem visível nas portas.

Interação com o público

Para Sans Henkand, que mora no Pinheirinho, a bienal deste ano trouxe uma interação importante com o público.

“Tem um espaço para o visitante também deixar seu desenho num mural. Isso é renovado dando oportunidade a outros o que é muito interessante”, elogiou o rapaz, que estava acompanhado de Mariana dos Anjos.

Outro ponto relevante para ele foi a abordagem de temas adultos. “Eu frequento salas desde 2018 e notei que o erotismo não é muito presente em museus e este ano está sendo diferente, com a exposição do material da Maria Erótica”, disse.

Para César dos Santos Azevedo, que mora no Bairro Alto, o passeio foi uma descoberta completa.

“Faz 30 anos que voltei a morar em Curitiba e nunca tinha vindo aqui. O espaço é muito legal e especialmente com uma mostra de quadrinhos”, disse ele, que era fã das revistinhas de western do cowboy Tex Willer, um dos personagens mais longevos da história dos quadrinhos.


Serviço: Exposições da 7ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba

Horário: de terça a domingo, das 10h às 19h
Local: Museu Municipal de Arte – MuMA (Avenida República Argentina, 3.430, ao lado do Terminal Portão)