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Habitação

Programa habitacional da Prefeitura completa entrega de 1 mil residências no Santa Cândida

Com a entrega de 308 unidades, entre casas, apartamentos e sobrados, o programa habitacional do Município completou nesta terça-feira (25) a entrega dos Residenciais Aroeira e Imbuia, no Santa Cândida. Curitiba, 25/11/2014 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Com a entrega de 308 unidades, entre casas, apartamentos e sobrados, o programa habitacional do Município completou nesta terça-feira (25) a entrega dos Residenciais Aroeira e Imbuia, no Santa Cândida. Os dois empreendimentos, construídos com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida, somam 1 mil unidades e foram liberadas aos moradores de forma gradativa.

A entrega das 308 unidades, na etapa final de liberações, teve a presença do prefeito Gustavo Fruet, do presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues, além de gerente regional da Caixa Econômica Federal, Wilton Cabral.

As chaves ficaram nas mãos de famílias da fila da Cohab e também moradores de áreas de risco – representando os dois segmentos da clientela do programa habitacional.

Com esta nova entrega, a atual gestão da Prefeitura de Curitiba completa a liberação de 6.574 unidades. Deste total, 4.638 foram destinadas à fila de inscritos e outras 1.936 para reassentamento.

“Possibilitar o acesso à casa própria às famílias que mais necessitam é um projeto social dos mais importantes que o Município pode realizar. Por meio dele, podemos oferecer uma vida melhor a pessoas que, de outra forma, não teriam condições de adquirir um imóvel. O programa habitacional do Município é uma porta para que idosos, pessoas com deficiência, moradores de áreas de risco e famílias inscritas na fila da Cohab conquistem uma moradia digna e com custo acessível”, disse Fruet.

Também participaram do ato de entrega o administrador regional da Boa Vista, José Ribeiro, e os secretários municipais de Obras Públicas, Sérgio Antoniasse, e Urbanismo, Reginaldo Cordeiro.

Casas adaptadas

Os Residenciais Aroeira e Imbuia são formados por 11 condomínios casas, sobrados e apartamentos. Na primeira entrega, ocorrida no início de julho, foram liberadas 480 unidades. Depois, no início deste mês, foram mais 212.

Na entrega desta terça-feira, estavam incluídas 30 casas adaptadas para usuários de cadeiras de rodas – dez delas foram destinadas para famílias de áreas de risco e 20 para inscritos na fila, sorteados dentro da cota que reserva 3% das unidades para pessoas com deficiência.

As casas adaptadas estão inseridas nos Residenciais Aroeira I e II, que têm também mais 54 sobrados, todos direcionados para o atendimento de moradores que viviam em situação precária nas vilas Hakin, Santos Andrade, São Francisco, José Baggio, Joanita, São Carlos, Bom Jesus, Califórnia e Parque Náutico.

O outro empreendimento entregue é o Residencial Imbuia IV, que é um condomínio de 224 apartamentos. Todas as unidades foram destinadas para famílias inscritas na fila da Cohab, com renda de até R$ 1.600. Elas faziam parte da chamada faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida e foram selecionadas por meio de sorteio, como determina a normativa do programa federal.

Formado por 14 blocos de quatro pavimentos, o Residencial Imbuia IV tem área de estacionamento e salão de festas com churrasqueira, que será usado como espaço de convívio pelos moradores.

Uma das unidades adaptadas foi entregue para Joel Prestes de Almeida, que, há cinco anos, sofreu um acidente de moto e desde então usa cadeira de rodas. Hoje, ele vive de aposentadoria e estava morando em uma casa alugada no bairro CIC.

Casa aprovada

Almeida fez sua inscrição na Cohab com a anotação no cadastro da sua condição de usuário de cadeira de rodas e foi sorteado na cota de imóveis destinados a pessoas com deficiência. Antes de receber as chaves, ele havia visitado a unidade e feito testes no seu interior, movimentando-se com a cadeira de rodas. “Aprovado. Não vejo a hora de mudar”, falou.

Quem também está ansiosa é a dona de casa Dirce Comarella, que recebeu as chaves de um dos apartamentos do Residencial Imbuia IV das mãos do prefeito Gustavo Fruet. Aos 70 anos, pela primeira vez ela irá morar em um imóvel próprio. Durante toda a sua vida, ela pagou aluguel.

Viúva, Dirce vive com um dos filhos, sobrevivendo com os rendimentos da pensão deixada pelo marido. Ela contou que está aliviada, depois de anos de dificuldades. Nos últimos tempos, vinha morando em condição muito precária, em uma casa no Bairro Alto. “Parece que ela iria cair a qualquer momento”, disse. Mesmo assim, pagava R$ 250 mensais de aluguel. Agora, a prestação do apartamento vai levar apenas R$ 40 do seu orçamento. “É uma nova etapa na minha vida”, falou.

Maria José Santana, cozinheira aposentada, também vai deixar para trás uma situação muito difícil. Ela mora de favor com um dos irmãos, em duas peças no Bairro Alto e diz que o imóvel próprio era o seu maior sonho. No Residencial Imbuia IV, Maria José irá morar com a filha, o marido e uma neta e pagará apenas R$ 36 de prestação mensal. “Estou muito feliz. Não vejo a hora de mudar”, afirmou.

Investimento

Para construir as 308 unidades foi necessário um investimento de R$ 16,8 milhões – recursos liberados pela Caixa Econômica Federal. A Prefeitura aplicou R$ 3,4 milhões para pavimentação de 2,9 quilômetros das ruas Paulo Kulik, Thereza Lopes Skroski, Walace Landal e Estevão Manika, que dão acesso aos Residenciais.

A Cohab atuou em parceria com a Caixa Econômica Federal, fazendo a intermediação entre as várias partes envolvidas no processo de contratação e execução das unidades: iniciativa privada, Prefeitura e a própria Caixa. Teve, também, participação decisiva na identificação da demanda, tanto de famílias da fila quanto de moradores de áreas de risco.

Além disso, deu suporte à comercialização das unidades e preparou os futuros moradores para a mudança para as casas novas e para a vida em condomínio. O serviço social da Companhia permanecerá por mais seis meses fazendo o acompanhamento das famílias na fase de pós-ocupação das unidades.

Cada unidade – casa, sobrado ou apartamento – tem um custo médio de R$ 54,5 milhões, mas o valor a ser pago pelas famílias será bem inferior, já que o governo federal concede um expressivo subsídio para os beneficiários da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida.

As prestações mensais variam de R$ 25 a R$ 80, pelo prazo de 10 anos, sem resíduo e com quitação no final. No entanto, os moradores não poderão vender, nem alugar, nem ceder a terceiros o imóvel, sob pena de perder o subsídio e ficar impedido de acessar outro financiamento habitacional do governo federal.

Equipamentos

As demais 692 unidades que formam os Residenciais e que haviam sido entregues anteriormente estão distribuídas em mais oito condomínios – os Aroeiras III, IV, V e VI, além dos Imbuias I, II, III e V. No total, foram investidos na construção das 1.000 unidades, R$ 54,8 milhões.

Construídos em uma área de 201,3 mil metros quadrados, os Residenciais Aroeira e Imbuia tem espaço reservado para a construção futura de equipamentos comunitários (duas escolas – uma municipal e uma estadual – e uma creche). Além disso, uma área de bosque com vegetação nativa foi preservada.

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