No Dia Internacional da Enfermagem (12/5), um dado importante sobre a assistência: enfermeiros e técnicos de enfermagem representam 47% dos 3,4 mil trabalhadores da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) da Prefeitura de Curitiba.
São 401 enfermeiros e 1.131 técnicos, presentes em todas as 26 unidades administradas pela fundação e em funções assistenciais, administrativas e de chefia no Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba.
“Nossos profissionais de enfermagem são exemplos tanto na assistência quanto na gestão”, observa a diretora de atenção à saúde da Feas, Tatiane Filipak. A fundação é vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
No Hospital do Idoso desde 2012, a técnica de enfermagem Cleusa Gross de Moura define seu trabalho como “o coração do hospital.” Emocionada, ela diz ter orgulho da profissional que se tornou. “Aprendi, ensinei, sorri, chorei, me emocionei, sempre em busca de ser melhor”, conta.
Para Fabíola Carolina Soares, a “paixão” é o que define seu trabalho como enfermeira no Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu). No serviço há quatro anos, ela coordena a equipe de enfermagem.
Pela complexidade do atendimento de urgência e emergência, Fabíola conta que nem sempre os desfechos são como o esperado. “Mas muitas vezes conseguimos fazer a diferença na vida de alguém e esse sentimento não tem preço”, relata.
Ela recorda um atendimento de um homem de 32 anos que infartou durante uma partida de futebol.
“Começamos a reanimação, todos ao redor deram as mãos em oração e eu ouvi alguém pedindo para Deus abençoar nossas mãos. Isso mostra a nossa responsabilidade como profissionais da saúde”, lembra.
“Ter o discernimento de lidar com a vida e com a morte é o maior desafio da profissão”, aponta Cleusa. Para ela, a pandemia de covid-19 foi o momento mais crítico da carreira pela alta transmissão e gravidade dos casos.
“Fui uma das primeiras funcionárias a ficar doente e tive apenas perda de paladar e olfato, mas vi muitos adoecerem com sintomas mais graves e o medo de perder o colega tomava conta”, admite.
Gestão
Na Feas, 18 profissionais de enfermagem exercem cargos de chefia, como coordenadores de enfermagem, gerentes de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerentes assistenciais e direção.
O enfermeiro Altair Rossato é diretor executivo do Centro Médico Comunitário Bairro Novo (CMCBN).
Ele participou da implantação do programa Saúde em Casa, do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), no início da Feas, há dez anos, e também já dirigiu o Hospital Municipal do Idoso.
Também professor na área, Rossato destaca a importância da formação para sua trajetória profissional.
“O curso me proporcionou conhecimento na gestão da assistência, do cuidado e da equipe e isso, somado aos anos de experiência, fez toda a diferença”, diz.
Para ele, toda a gestão só é efetiva se tiver como foco a eficiência e a satisfação do usuário: “A organização passa a ter sucesso com seus clientes – e o principal deles é o paciente – quando há sucesso na gestão do cuidado e da assistência”.
Homenagens
Nesta quinta-feira (12/5), o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) realiza a premiação dos enfermeiros e técnicos de enfermagem que se destacaram em seu trabalho durante a pandemia de Covid-19.
Entre os 60 profissionais mais votados no Paraná, cinco são da Feas: Silvana Brito da Costa (técnica de enfermagem do Hospital do Idoso); Letícia Cebulski Kubacki da Rosa (enfermeira do Caps TM Boqueirão); Camila Ferreira de Lima (enfermeira do Hospital do Idoso); Anderson Iacer Bueno (técnico de enfermagem do Telessaúde); e Alice Lima Jerônimo (enfermeira do Saúde em Casa).
No dia 20, o Hospital Municipal do Idoso realiza sua cerimônia de entrega do “Oscar da Enfermagem”. Os dez profissionais mais votados pelos colegas receberão a estatueta.