Gestores e coordenadores da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) participaram, nesta quinta-feira (30/3), de capacitação do programa Assédio sexual não pode fazer parte do trabalho, realizada no auditório da Urbs, na Rodoviária de Curitiba. A palestra da Procuradoria-Geral do Município (PGM) trouxe a reflexão sobre como tornar o ambiente de trabalho livre de situações de assédio sexual e moral às mulheres.
O procurador José Carlos do Nascimento, presidente da Comissão Permanente de Sindicância da Procuradoria e coordenador do programa na PGM, destacou a nova Lei n° 14.457/2022, que instituiu o programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e à manutenção de mulheres no mercado de trabalho por meio da implementação de medidas como a prevenção e combate ao assédio sexual e a outras formas de violência.
A lei estabelece medidas, especialmente nas empresas que têm Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa). A capacitação dos empregados é uma delas. Esta regra é válida desde o dia 20 de março deste ano.
“Bem antes da lei federal, desde novembro de 2021, a Prefeitura de Curitiba tem feito esforços para conscientizar gestores e servidores de modo geral e combater situações que exponham e fragilizem, especialmente as mulheres. Nós, da PGM, temos muito orgulho deste programa. Também ficamos felizes de ver que a Urbs tem essa mesma preocupação. O assédio é inadmissível”, defende o procurador.
Cuidado
O gestor de desenvolvimento humano organizacional da Urbs, Marcos Nunes Cabral, conta a importância de medidas como essa nas empresas. “Nós, como economia mista municipal, temos essa política de combate ao assédio sexual e moral há algum tempo. A gente entende a importância disso no dia a dia, já que preparar os nossos gestores é preparar a nossa equipe a ter esse olhar atento”, declarou.
A importância do olhar também esteve na fala do procurador José Carlos, que conta como funciona o sistema de acolhimento às vítimas "Quando a vítima entra em contato, começa um processo do olhar acolhedor, em que a nossa equipe entende o problema e mostra que elas não são as únicas a passar por isso, nem que elas são as culpadas, como geralmente o abusador determina à vítima. Acima do atendimento, está o cuidado.”
Procure ajuda
Quem desejar relatar algum caso de abuso sexual ou moral pode entrar em contato com a equipe do Departamento de Saúde Ocupacional da Secretaria de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap), que é parceira no programa e é preparada para acolher.
O e-mail é assediofaleconosco@curitiba.pr.gov.br ou, se preferir, fale com os psicólogos pelo whatsapp, no número 41 99597-5610.