Durante três dias, 21 servidores municipais das áreas de Arquitetura e Engenharia fazem uma imersão no mundo das regras sobre mobilidade urbana, sob a perspectiva de quem tem algum tipo de deficiência. O curso é uma promoção da Câmara Técnica de Acessibilidade de Curitiba, com apoio da Secretaria do Governo Municipal, e acontece no Departamento dos Direitos da Pessoa Com Deficiência (DPCD) da Prefeitura.
O curso começou nesta segunda-feira (25/9) e vai até quarta (27/9). “Nosso propósito é ampliar o alcance de intervenções urbanas que tornem a cidade cada vez mais acessível para todos”, disse a presidente da Câmara Técnica de Acessibilidade, Tatiana Marcassa.
À frente da turma está o professor da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Edison Passafaro. Além de especialista no assunto, há 43 anos ele se desloca com a ajuda de uma cadeira de rodas.
Vantagens da inclusão
“A ideia, aqui, é que os técnicos ajudem a mudar os paradigmas dos gestores, pois quanto mais inclusiva, mais pensada a partir dos deslocamentos a pé, mais as cidades geram recursos e impostos. A exclusão custa e a inclusão atende todos os perfis de moradores, pois pensa não só a edificação em si mas o seu entorno, levando as pessoas a circularem e gerarem riqueza”, disse.
Em Curitiba está em andamento, desde o início da gestão Rafael Greca, o projeto Caminhar Melhor. A iniciativa privilegia o pedestre com ou sem deficiência por meio da correção de calçadas e travessia de ruas. A intervenção está em andamento na área central e nos bairros. O olhar para a acessibilidade também já está presente nos principais atrativos turísticos da cidade.