A Prefeitura de Curitiba vai dar início ao processo de licitação da obra do novo Terminal do Capão da Imbuia, no entorno da Rua da Cidadania do Cajuru.
O município já tem o sinal verde da Caixa Econômica Federal (CEF), com a liberação de recursos do PAC da Mobilidade, para custear o empreendimento. Serão investidos na obra R$ 37.682.829,56 em recursos federais e R$ 10.443.389,55 em contrapartidas municipais, num total de R$ 48.126.219,11.
O novo terminal do Capão da Imbuia faz parte do projeto de evolução do BRT Ligeirão Leste-Oeste, que integra o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, para a ligação entre Pinhais e o Terminal CIC Norte com a futura operação de ônibus elétricos.
Para o projeto do Ligeirão Leste-Oeste estão previstos investimentos de US$ 93,75 milhões, dos quais US$ 75 milhões pelo New Development Bank (NDB) e US$ 18,75 milhões de contrapartida municipal.
Nova dinâmica
O presidente do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, destaca que as obras do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável irão dar uma nova dinâmica urbana na região, favorecendo a prestação de serviços, a expansão comercial e imobiliária.
“Com menor tempo de viagem, o usuário tem mais conforto. Além disso, a melhor operação do sistema do transporte coletivo aumenta a atratividade da rede integrada, o que tem impacto na mobilidade como um todo com a redução do uso do carro”, avalia Jamur.
Capacidade ampliada
A ampliação do terminal do Capão da Imbuia vai aumentar a capacidade de atendimento do equipamento de 39.369 passageiros/dia útil em 11 linhas de ônibus para 49.123 passageiros/dia útil diretamente que utilizam 16 linhas de ônibus. Mais de 100 mil usuários do sistema de transporte coletivo serão beneficiados pelo novo terminal.
A obra prevê três plataformas e 22 pontos de parada simultâneos. A ampliação vai ser implantada na quadra ao lado do equipamento atual, vizinha à Rua da Cidadania do Cajuru, entre as ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster, com área total construída aproximada de 9.920 m², contando ainda com um bicicletário de apoio.
Corredor de transporte
A implantação do novo terminal, a requalificação da Rua Francisco Mota Machado para uma via de tráfego de fluxo contínuo e o binário formado pelas ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster ajustam o segmento do Corredor de Transporte Leste-Oeste, implantando características próximas a de outros eixos estruturais, que orientam crescimento da cidade.
Aprovado em 1966, o Plano Diretor de Curitiba é sustentado pelo Sistema de Trinário Vias, formado por uma faixa exclusiva para o transporte coletivo, duas de tráfego lento, que permitem o acesso ao comércio e às residências, e duas vias externas, em sentido contrário (centro-bairro e bairro-centro) chamadas de vias de tráfego rápido.
No eixo Leste-Oeste, por conta do paralelismo com a ferrovia, a configuração tem dificultado a implantação de um sistema viário de maior fluidez, reprimindo o desenvolvimento que o zoneamento permite pela legislação de Uso e Ocupação do Solo.