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Planejamento sustentável

Prefeitura de Curitiba e Governo do Paraná criam a Reserva Hídrica do Futuro

Prefeito Rafael Greca assina com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, termo de cooperção técnica entre Prefeitura e Governo do Estado para implantação do programa Reserva Hídrica do Futuro. Curitiba, 15/09/2021. Foto: Pedro Ribas/SMCS

 

Nesta quarta-feira (15/9), a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado deram mais um passo na busca por soluções contra a crise hídrica que afeta a capital e diversos municípios do Paraná. Em solenidade no Palácio 29 de Março, o prefeito Rafael Greca e o governador Carlos Massa Ratinho Júnior assinaram decretos que criam a Reserva Hídrica do Futuro, na região das cavas do Rio Iguaçu; e o grupo de trabalho responsável pela sua implantação.

Foi assinado também o Termo de Cooperação Técnica que permite o início das ações conjuntas para a implantação da área da reserva. Fazem parte do documento o município de Curitiba, representado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e IPPUC; e o Estado do Paraná, representado pelo Instituto Água e Terra (IAT), Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). 

A Reserva Hídrica do Futuro é um programa de governo, de resiliência e adaptação às mudanças climáticas, que vêm mudando o regime de chuvas mundialmente. No Paraná, há cerca de um ano e meio, a estiagem já causa uma série de problemas de escassez hídrica e rodízio de abastecimento de água para a população. 

Com as ações previstas na área da Reserva, que incluem a interligação das antigas cavas do Rio Iguaçu para a formação de lagos, deve ser possível suprir o abastecimento de água para a população em momentos de estiagem. Levantamentos preliminares indicam a capacidade de reservação de 43 bilhões de litros de água somente dentro dos limites de Curitiba.

O projeto prevê, também, a proteção das áreas com planos de ocupação ordenada e a criação de parques.

O prefeito Rafael Greca reforçou a importância de proteger os mananciais de água enquanto é tempo e lembrou que o custo da prevenção da sua degradação é muito menor do que se for necessário desocupar e recuperar essas áreas.

“Se não protegermos os mananciais e não evitarmos a desertificação, não haverá água no futuro”, alertou Greca, ao lado do vice-prefeito e presidente do Pró-Metrópole, Eduardo Pimentel.

Para o governador Ratinho Júnior, é uma garantia de que as futuras gerações não precisarão experimentar os problemas causados pela falta de chuvas na Grande Curitiba.

“Estamos tratando de um grande projeto de planejamento, feito pelos melhores técnicos ambientais do Governo do Estado e da Prefeitura de Curitiba, que vai criar um corredor de biodiversidade para proteger nossas áreas de mananciais”, disse. 

O projeto 

A área estimada da Reserva Hídrica do Futuro é de aproximadamente 21 quilômetros quadrados, sendo 14,5 quilômetros quadrados áreas de águas e lagos, o que corresponde a 65% do total, conforme destacou a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, na apresentação da proposta elaborada pelos técnicos do município durante a solenidade. 

O primeiro trecho que deve receber as ações fica entre o Rio Barigui e a BR-277, compreendendo os bairros Caximba, Campo de Santana, Umbará e Ganchinho. Já foram iniciadas as conversas com os proprietários das áreas particulares para que seja possível iniciar a infraestrutura hídrica de formação dos lagos, pela Sanepar.  O segundo trecho fica entre a BR-277 e o Rio Atuba, compreendendo o Alto Boqueirão, Boqueirão, Uberaba e Cajuru. 

Já há unidades de conservação consolidadas nestes trechos, e que irão compor o projeto, como o Refúgio de Vida Silvestre do Bugio, o Zoológico de Curitiba, o Parque Náutico, o Memorial da Imigração Japonesa e o Parque Peladeiros. 

De acordo com a secretária Marilza, com toda a implantação, será a maior área de manancial da região. “Estamos falando de uma extensão quatro vezes maior do que o Passaúna, de Pinhais até Fazenda Rio Grande”, disse.

“Vamos formar um grande parque com lagos para reservação e futura captação, orla, via parque, equipamentos de lazer e uma faixa lateral com condição de ocupação urbana ordenada com estrutura de captação de esgoto”, completou a secretária municipal do Meio Ambiente.

O secretário do Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Paraná, Márcio Nunes, destacou o potencial econômico do projeto. “Essas áreas de manancial podem ser de usos múltiplos e ser muito bem aproveitadas também para lazer, turismo e prática esportiva, conforme estabelecem as normas de uso do Governo do Estado”, lembrou.

Curto e médio prazo

Pelo programa Reserva Hídrica do Futuro, já estão em andamento, na capital, ações de sensibilização da população para o consumo consciente e racional da água e aumento da capacidade de reservação com a implantação de 30 poços subterrâneos e instalação de reservatórios em áreas de maior vulnerabilidade social.

Presenças

Estiveram presentes, ainda, o secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Guto Silva; o diretor-presidente do Instituto Água e Terra, Everton Luiz da Costa Souza; o diretor-presidente da Comec, Gilson de Jesus dos Santos; o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile; o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Cesar Gonchorosky; o secretário do Governo Municipal e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur; e a subprocuradora-geral do Município, Rosa Maria Alves Pedroso. 

Também participaram da solenidade os prefeitos de Piraquara, Josimar Aparecido Knupp Froes; de Fazenda Rio Grande, Nassid Kassem Hammad; da Lapa, Diego Ribas; e de Balsa Nova, Marcos Antonio Zanetti. Além da vice-prefeita de Pinhais, Rosa Maria; o vice-prefeito de São José dos Pinhais, Assis Manoel Pereira; o secretário do Governo de Araucária, Genildo Carvalho; e o vereador Pier Petruzziello.
 

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