Ao longo de oito anos, a Prefeitura de Curitiba, sob a gestão do prefeito Rafael Greca e do vice-prefeito Eduardo Pimentel, promoveu uma transformação significativa na área de Segurança Alimentar e Nutricional. As iniciativas abrangem desde a oferta de refeições gratuitas até a ampliação do acesso a alimentos saudáveis e a preços acessíveis, beneficiando a população em situação de vulnerabilidade e de baixa renda.
“Curitiba nunca esteve tão comprometida com a segurança alimentar. Nosso compromisso é com cada cidadão, para que todos tenham acesso à alimentação de qualidade e possam superar a situação de vulnerabilidade. Nosso objetivo é fazer da nossa cidade um exemplo de humanidade e sustentabilidade”, afirmou o prefeito Rafael Greca.
Segundo o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi, o impacto das ações alcança toda a população curitibana e também reforça o compromisso do município com a região metropolitana. “Estamos colaborando com os municípios vizinhos para fortalecer essa rede de segurança alimentar e nutricional. A segurança alimentar é um direito e em Curitiba trabalhamos para garantir isso a cada pessoa”, frisou Gusi.
Iniciado para garantir refeições gratuitas a pessoas em situação de rua e idosos em vulnerabilidade, o programa Mesa Solidária conta com cinco unidades em Curitiba: Luz dos Pinhais (Centro), Escola de Segurança Alimentar Patrícia Casillo (Jardim Botânico), Dom Bosco (Campo do Santana), Vila Agrícola (Cajuru) e Centro POP Plínio Tourinho (Rebouças). De 2019 a 2024, essas unidades distribuíram 1,3 milhão de refeições gratuitas preparadas com alimentos arrecadados pelo Banco de Alimentos.
Desempregado, Jerry Adriane, 35 anos, veio de Porto Alegre atrás de emprego e encontrou no Mesa Solidária a ajuda que precisa para se alimentar. “O dinheiro que eu trouxe deu pra poucos dias e soube deste lugar. Aqui encontrei algo maravilhoso como respeito com o próximo e cuidado”, disse ele.
Eduardo Augusto Alves de Oliveira, 53 anos, também está desempregado e alega que não conseguiria se alimentar sem o Mesa Solidária. “Teria que pedir dinheiro na rua para comer, mas com essa refeição que ganho aqui não preciso. O Mesa Solidária é uma mãe para nós”, afirmou.
A Prefeitura de Curitiba também disponibiliza cinco Restaurantes Populares com refeições diárias a R$ 3. As unidades ficam no Viaduto do Capanema (reaberta em 2018), Praça Rui Barbosa, Sítio Cercado, CIC/Fazendinha e Pinheirinho. Somadas, são 5.100 refeições servidas diariamente.
Em 2024, teve início a construção do Restaurante Popular do Tatuquara, uma unidade sustentável que deverá ampliar o atendimento na cidade.
Frequentadoras assíduas da unidade do Capanema, Adelaide Camargo, 53 anos, e Esli Guerreiro, 59 anos, trabalham com serviços gerais na Rodoferroviária de Curitiba e aproveitam para almoçar no restaurante. “A comida aqui é deliciosa, sempre fresquinha e variada e é muito em conta. Por R$ 3 não como bem assim em lugar nenhum”, comenta Adelaide.
Para Esli, o almoço no Restaurante do Capanema também é uma solução para a rotina. Moradora do Pinheirinho, ela trabalha das 6h30 às 11h, e sai sempre com fome do trabalho. “Se eu sair daqui, ir até minha casa e ainda ter que cozinhar fico com fome muito tempo, então o Capanema junta o útil ao agradável”, comenta.
O programa Armazém da Família foi ampliado para 35 unidades, que atendem cerca de 1 milhão de curitibanos com produtos 30% mais baratos que nos supermercados.
Desde 2017, a Prefeitura aumentou a renda máxima permitida para compras de 2,5 para 5 salários mínimos, ampliando o acesso ao benefício. Foram inauguradas novas unidades - Maria Angélica (2018), São Braz (2020) e Capanema (2022) -, e lançado a Semana da Economia (2022), com descontos adicionais em produtos da cesta básica.
Em 2024, Curitiba comemorou também a marca de 50 unidades do programa, sendo 35 em Curitiba e 15 na Região Metropolitana, fortalecendo o apoio às famílias de menor renda nos municípios vizinhos.
Com foco na produção sustentável de alimentos e no fortalecimento das comunidades, Curitiba conta hoje com 208 hortas urbanas , que produzem 1.635 toneladas de alimentos anualmente, beneficiando mais de 32 mil pessoas envolvidas (direta e indiretamente). Em oito anos, foram criadas 160 novas hortas comunitárias, escolares e institucionais.
A cidade também tem duas Fazendas Urbanas, no Cajuru, aberta em 2020, e na CIC, com obras em andamento. São locais que incentivam a Agricultura Urbana e a educação ambiental.
O programa conta com 11 unidades que vendem hortifrutigranjeiros a preços reduzidos, a R$ 3,99 o quilo. Uma das unidades mais importantes, o Sacolão da Praça Rui Barbosa, foi reinaugurada em 2019, quase triplicando sua área original para 290 m² e aumentando o acesso da população central aos produtos do programa.
Pensando na capacitação profissional e no estímulo à geração de renda, Curitiba inaugurou quatro Escolas de Segurança Alimentar de 2022 a 2024: Patrícia Casillo (Jardim Botânico), Dom Bosco (Campo do Santana), Casa Culpi (Santa Felicidade) e Vila Agrícola (Cajuru). Neste período, 2.454 alunos foram formados nas Escolas de Segurança Alimentar.
As escolas oferecem cursos teóricos e práticos sobre segurança alimentar e nutrição, preparando cidadãos para o mercado de trabalho e promovendo autonomia econômica.
Um dos alunos formados na Escola de Segurança Alimentar Dom Bosco foi Lucas Eduardo de Oliveira Rodrigues da Cruz, de 19 anos, que se tornou um exemplo inspirador de superação, dedicação e paixão pela culinária.
"Eu sempre gostei de cozinhar, principalmente sobremesas. Quando soube que o Mesa Solidária ofereceria cursos, não pensei duas vezes em me matricular", relembra Lucas. "Nas Escolas de Segurança Alimentar aprendi muito e isso abriu as portas para mim. Agora, quero mostrar para outros jovens que, com dedicação, é possível realizar sonhos", afirma Lucas.
A Prefeitura de Curitiba inaugurou 11 Feiras livres de 2017 e 2024, totalizando agora 89 feiras. Destaques incluem a Feira do Futebol (Alto da Glória), Feira das Cooperativas (Praça Osório) e Feira Zumbi dos Palmares (Pinheirinho), que enriquecem a oferta de produtos frescos e artesanais e incentivam o comércio local.
Fundamental para o funcionamento do Mesa Solidária, o Banco de Alimentos arrecadou 1,6 mil tonelada de alimentos entre 2020 e 2024, com contribuições de feiras, mercados e instituições. Os produtos são direcionados para o preparo de refeições gratuitas destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade.