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Cidade inclusiva

Prefeitura de Curitiba atende 11 mil estudantes com deficiência ou altas habilidades

Estudantes têm atendimento especializado com foco nas necessidades individuais. Curitiba, 28/02/2025. FOTO: Luiz Costa/SME

Escolas especiais, classes especiais, salas de recursos multifuncionais, salas de recursos de aprendizagem, Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado (CMAEEs) nas dez regionais e estruturas específicas para estudantes com Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Down e Superdotação/Altas Habilidades, transporte especial, formações continuadas para os professores, ações pedagógicas específicas. Tudo isso faz parte da estrutura de atendimento especializado mantido pela Secretaria Municipal da Educação, voltado a crianças e estudantes com deficiências, transtornos diversos ou altas habilidades.

Atualmente, são cerca de 11 mil beneficiados com algum tipo de atendimento na rede pública municipal curitibana, a maior parte deles em inclusão, ou seja, em turmas das escolas regulares. O secretário municipal da Educação, Jean Pierre Neto, ressalta a importância da inclusão. 

“O conceito de inclusão escolar está relacionado ao acesso e permanência de alunos nas escolas, independentemente da sua condição física, intelectual ou de necessidade especial. A educação tem que estar acessível para todos”, afirma o secretário.

A Secretaria Municipal da Educação coordena todos os processos referentes à orientação e ao atendimento de crianças e estudantes com deficiência, bem como altas habilidades/superdotação, em suas necessidades educacionais específicas, pautados nos princípios da educação inclusiva.

São 15 modalidades de atendimento, o que inclui um olhar diferenciado segundo suas singularidades, seja para crianças com TEA, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, Síndrome de Down, ou ainda estratégias diferenciadas para otimizar a aprendizagem e garantir o acesso e permanência de pessoas com deficiências múltiplas, físicas, cognitivas, sensoriais, além do atendimento hospitalar, de maneira a atender as necessidades adaptativas de todos que utilizam o sistema de educação pública do município.

“Cada um é atendido conforme suas especificidades, tanto em relação às adaptações pedagógicas quanto ao trabalho dos profissionais de apoio”, explica o secretário.

Integração desde pequeno

O estudante Diogo Dambiski de Vargas, 10 anos, matriculado no 4º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Ana Hella (Vista Alegre), é um exemplo de inclusão no ensino regular. Fã de música, querido por todos na escola e comunicativo, Diogo tem Síndrome de Down e está desde o 1º ano com a mesma turma. “Eles se adoram, um defende o outro, o entrosamento é muito bom. Eles se ajudam desde o primeiro ano na escola, é muito bonito de ver”, relata a diretora, Roberta Copi.

A profissional de apoio do Diogo, Fabiana Gonçalves Vaz, explica que a intensa participação da família na vida escolar do menino faz toda diferença. 

“É muito importante esse elo entre família e escola. O Diogo é um menino tranquilo, divertido, bom aluno. A gente percebe o quanto a escola e os amigos são importantes para o bem-estar dele, tanto na hora do estudo quanto nas brincadeiras”, analisa Fabiana.

A mãe do Diogo, Andresa Dambiski, confirma. “Estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento dele, já está alfabetizado e adora ir para a aula”, relata. Andresa ressalta que a prioridade é o bem-estar do filho. 

“Esse acolhimento que todos recebem aqui na escola é fundamental nesse processo”, avalia.

A escola também tem estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A diretora explica que a inclusão já faz parte da rotina da unidade e que todos estão acostumados a lidar com as particularidades de cada um. “No caso do autismo, temos alguns cuidados diferenciados, como os cardápios especiais para crianças com seletividade alimentar”, explica Roberta. “Claro que às vezes eles ficam curiosos em relação ao prato do coleguinha, mas isso é normal, são crianças”, brinca.

A profissional de apoio Nicoly Cardoso atende estudantes com TEA. “Minha maior alegria é perceber a evolução deles, ver uma criança que não brincava, não interagia, começar a bater figurinhas (jogar “bafo”) com os colegas, até chamá-los para brincar. Isso traz uma sensação maravilhosa”, conta Nicoly. “Crianças com autismo reagem bem a uma rotina bem definida, é só a gente ter disciplina que eles se acostumam”, completa.

Transporte gratuito

A Prefeitura de Curitiba garante ainda o transporte dos estudantes da educação especial, tanto dos matriculados em escolas públicas quanto nas  particulares dentro do limite urbano, o Sites. Os ônibus são adaptados, com cintos de três ou cinco pontos, plataforma elevatória para acessibilidade e espaço para as cadeiras de rodas, além do acompanhamento de atendentes que recebem formação específica para atuação dentro dos ônibus.

Quem mora em Curitiba, tem renda até três salários mínimos e o filho está matriculado em escola especial, deve procurar o Sistema de Transporte para a Educação Especial (Sites), administrado pela Secretaria Municipal da Educação.

Para ter acesso ao Sites, a criança precisa apresentar dependência e deficiência (física, mental, intelectual ou sensorial) de longo prazo, comprovadas por meio de avaliação prévia e laudo de profissional especializado.

Os ônibus têm rotas preestabelecidas e horários definidos. Motoristas e atendentes do sistema passam por formação específica para garantir a segurança de todos.