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Cabeamento aéreo

Prefeitura, Copel e empresas de telecomunicação alinham organização de fios em postes

Reunidos com representantes de empresas de telecomunicações, o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, técnicos do instituto e da Copel, definiram ações integradas para a eliminação de cabos soltos nos postes da cidade. Foto: Divulgação/IPPUC


Técnicos da Prefeitura, da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e representantes de operadoras de telecomunicações alinharam, nesta terça-feira (31/8), em reunião no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), a estratégia para a organização de fios e cabos aéreos nos postes da cidade. 

No plano de ação a prioridade é a retirada do cabeamento ocioso e a eliminação da fiação solta nos postes da cidade. Também farão parte do trabalho o planejamento da transferência da rede aérea para dutos subterrâneos, onde já há infraestrutura implantada na área central e, futuramente, nas vias que passarão a contar com dutos para a rede lógica, previstas nos projetos Caminhar Melhor e Rosto da Cidade, de requalificação de calçadas e do espaço urbano. 

“O objetivo é reorganizar de forma estratégica o cabeamento aéreo que cobre a maior parte da cidade. E também utilizar a infraestrutura subterrânea existente na região central, bem como transferir o cabeamento para a rede subterrânea nos novos eixos”, observou o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.

Quatorze endereços, entre os que já têm infraestrutura de cabeamento subterrâneo existente e os que integram os projetos Rosto da Cidade e Caminhar Melhor, foram listados para as intervenções de organização do cabeamento aéreo e de retirada de fios irregulares. Os trabalhos serão feitos em curto e médio prazos, com datas a serem definida em conjunto pelas equipes técnicas do município, Copel e empresas de telecomunicações. 

"Tudo passa por um processo de melhoria, inclusive, dos prestadores de serviços das empresas. É importante entender que a Prefeitura está investindo em obras para a rede subterrânea. Onde houver infraestrutura de cabeamento subterrâneo não será permitido aéreo. É necessário que cada um faça a sua parte. Não admitimos mais essa condição de fios soltos que prejudicam a cidade e colocam a população em risco”, reforçou o presidente do Ippuc.

De acordo com o gerente da Divisão de Projetos, Fiscalização e Inspeção de Compartilhamento de Estrutura da Copel, Oneil Schlemmer, 90% dos problemas com fiação solta provêm de cabos metálicos antigos.  

“É um problema de segurança e vamos atuar em conjunto. Se não houver a regularização, iremos notificar e dar prazo. As empresas que não atenderem serão multadas”, disse o gerente da Divisão de Projetos, Fiscalização e Inspeção de Compartilhamento de Estrutura da Copel.

Um dos problemas recorrentes é a não retirada dos materiais desligados por empreiteiras contratadas por operadoras responsáveis pela instalação de novos pontos. “Não adianta só trocar por um cabo de fibra. Tem que tirar o anterior”, reforçou Schlemmer.

As multas são cobradas por pontos de irregularidade podendo variar, em média, em R$ 600 por poste. Se a Copel identificar o problema e tiver que dispor de equipe para solucioná-lo por omissão da empresa notificada, são somados à multa cerca de R$ 1.500,00 por regularização. A multa pode ser aplicada novamente a cada 30 dias, se não houver regularização. 

Reunião integrada

Quatorze empresas de telecomunicações foram representadas na reunião. A Horizon Telecom foi representada por Luiz Alberto Rattmann; a Oi Telecom por Jamil Silvestre; a Lumen por Uirassu Vieira; a Eletronet por Jaderson Guimarães; a Vivo TLSV por Valdemar Cordeiro; a Vivo por Henzi Hoggs; a TIM por Paulo Alberti; a Solink por Eduardo Souza; a Copel Telecom por Robson Maba; a IPTV Broadband por Jefferson Mendes da Silva; a Algar Telecom por Eliseu da Silva Alves; a Mundi Vox por Alexandre Raymundo; a Barigui Telecom por Hiparco Pocetti; e a Dbug Telecom por Fabrício Dick. 

A reunião também contou com a participação de Alfredo Bottini e Fernando Deprá, do Departamento de Estrutura da Copel Distribuição. Por parte do Ippuc, participaram o coordenador do projeto Rosto da Cidade, Mauro Magnabosco, e os arquitetos Carla Frankl e Ricardo Bindo, assessor da presidência. Da estrutura municipal também estava a representante do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal do Urbanismo, Jussara Carvalho; o coordenador do Departamento de Planejamento e Operação da Superintendência de Trânsito da Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito, Pedro Darci, e a gerente de Obras de Curitiba, Miriam Voss. 

Cronograma

No cronograma de requalificação do espaço urbano como parte dos projetos Caminhar Melhor e Rosto da Cidade estão as ruas Cândido Lopes e Carlos de Carvalho, com obras já licitadas para o trecho entre a Praça Tiradentes e a Visconde de Nácar; a Rua Riachuelo, com obra já concluída desde a Generoso Marques até a 19 de Dezembro; a Rua Kellers, em fase de projeto, entre a Doutor Muricy e Martim Afonso; a Alameda Prudente de Moraes, com projeto executivo em fase final, entre a Fernando Moreira e a Carlos de Carvalho; a Avenida Jaime Reis e as ruas Desembargador Ermelino de Leão e Doutor Muricy, no entorno da Praça João Cândido, também com projetos de engenharia em fase final; as ruas Sete de Setembro, Francisco Torres, Doutor Faivre, General Carneiro, da Paz, Visconde de Guarapuava e Presidente Affonso Camargo, no entorno do Mercado Municipal, em fase final de projetos executivos; a Voluntários da Pátria, entre a Praça Osório e a Saldanha Marinho; a Trajano Reis, desde a Praça do Gaúcho à Praça Garibaldi; a Saldanha Marinho em dois trechos: desde a José Bonifácio até a Visconde de Nácar e desde a Fernando Moreira a Fernando Simas; a Emiliano Perneta, desde a Praça Zacarias até a Desembargador Motta; a Rua João Negrão, desde a XV de Novembro até a André de Barros, todos com projetos de engenharia em fase final; a Rua Barão do Serro Azul e a Avenida Cândido de Abreu, desde a Travessa Nestor de Castro até o MON, em fase de estudos; a Rua Paula Gomes, desde a Trajano Reis até a Riachuelo, também em estudos pelo Ippuc, e a Marechal Deodoro, desde a Mariano Torres até a João Negrão, com obra já concluída.

Para os endereços onde as obras de recuperação urbana já estão concluídas será possível programar ações de curto prazo. A partir da conclusão dos projetos de engenharia do Caminhar Melhor será possível licitar as obras. Com o início das intervenções nas vias elencadas, a adequação para a rede enterrada será feita em conjunto com as operadoras e o município. A estimativa é que o processo licitatório para obras de requalificação urbana previstas no projeto Caminhar Melhor possa ser encaminhado ainda este ano para que os trabalhos estejam em andamento em 2022.

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