Responsável pelo Ecoponto Cajuru, onde foi lançado o Programa Municipal de Compostagem na última semana, Cícero Aparecido Campos está orgulhoso da comunidade vizinha do local. Isso se deve à procura dos moradores pelo novo serviço da Prefeitura de Curitiba, que tem como objetivo a redução do uso do aterro sanitário.
As composteiras comunitárias dos ecopontos do programa vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente recebem cascas e restos de frutas, de legumes e verduras (todos crus), cascas de ovos, filtros e borra de café, saquinhos de chá e restos de folhas. Os ecopontos Uberaba, Érico Veríssimo e Cajuru já possuem composteiras. A implantação nos oito locais restantes será feita de forma gradativa.
Há dois anos na função de cuidar do espaço e dos resíduos depositados, Cícero conta que, apesar de ser novidade, pelo menos quatro residências próximas já são assíduas em trazer seus restos de alimentos para o descarte na composteira comunitária.
Entre eles, está o "marido de aluguel" e técnico de equipamentos eletrônicos João Paulo Leite Tavares, que mora com a mãe, Maria, em uma das casas vizinhas ao ecoponto, na Rua Neusa Vieira Bet. Para ele, o Ecoponto já foi uma grande conquista da região, já que com um local correto para levar os resíduos como restos de construção, a população não sofre mais com alagamentos.
Agora, a cada três dias, eles levam os restos de alimentos - principalmente as cascas dos sucos de laranja que a mãe prepara - para os cuidados de Cícero, à composteira comunitária. “Isso é prosperidade, é algo a se ensinar para as crianças”, acredita, já na expectativa do recebimento do adubo resultante da composteira para as plantas de casa. “Temos algumas mudas lá para usar”, completa.
Como funciona
O lançamento do Programa Municipal de Compostagem em ecopontos da Prefeitura faz parte do esforço do município para sensibilizar os curitibanos sobre a importância de todos cada vez mais adotarem práticas sustentáveis no seu dia a dia.
A Família Folhas, é claro, tem papel importante neste movimento, com os personagens participando de eventos e lançamentos de ações para ensinar a importância de destinar corretamente os resíduos domésticos, o consumo consciente, o reaproveitamento de água e o uso de energias renováveis.
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No caso do material orgânico coletado pela população, ele pode ser levado todos os dias para os ecopontos da Prefeitura de Curitiba ou conforme o interessado preferir, com o limite de 600 litros por semana. Baldes ou sacolas compostáveis podem ser utilizados para levar ou para acondicionar o material até que ele seja encaminhado aos ecopontos.
O composto resultante será usado como adubo pela própria comunidade, em atividades de cultivo ou jardinagem.
Fazenda Urbana
Além do Programa Municipal de Compostagem, vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a Prefeitura também incentiva que a população faça o descarte correto de resíduos orgânicos na Fazenda Urbana. No espaço do bairro Cajuru, administrado pela Secretaria Municipal de Seguraça Alimentar e Nutricional (SMSAN), há um projeto de compostagem que está transformando resíduos coletados por moradores da região em adubo para as hortas da comunidade. Com as ações do Compostroca, cascas de legumes, frutas, ovos e até filtros de café são separados por 19 famílias vizinhas e processados na central de compostagem do local.