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Pontos monitorados pela Muralha Digital têm redução de crimes em até 40%

Centro de Controle Operacional - Muralha Digital. Local onde são monitoradas as imagens das câmeras de vigilância distribuidas pela cidade. Curitiba, 28/07/2022 - Foto: Daniel Castellano/SMCS

 

Todos os sistemas de videomonitoramento de segurança da cidade interligados em um mesmo local. Esse é o conceito da Muralha Digital, o cerco de segurança implantado pela Prefeitura de Curitiba que tem ajudado a reduzir crimes na capital.

Em um ano e meio de funcionamento, houve redução de até 40% nas ocorrências de crimes em alguns pontos monitorados pelas câmeras da Muralha Digital, instaladas no Centro e nos bairros, em terminais de ônibus, escolas, praças, parques, Ruas da Cidadania e também nos radares de trânsito da cidade.

 

Um desses locais é a Praça do Redentor (Praça do Gaúcho), no bairro São Francisco. Antes da instalação do equipamento, no primeiro semestre de 2020, foram registradas no local 259 ocorrências. O número caiu após a instalação das câmeras da Muralha Digital, com 167 registros no mesmo período em 2021 e 147 em 2022.

Nos cemitérios municipais, a redução de um ano para o outro foi de cerca de 30%. Em 2020, foram 126 ocorrências, e em 2021, o número caiu para 89 registros.

Esse poderoso banco de dados e tecnologia de ponta estão reunidos no Centro de Controle Operacional (CCO) da Muralha Digital.

“Trouxemos para dentro da Muralha Digital o conceito de que a cidade nunca dorme. É a tecnologia da informação aliada à segurança para que nossas equipes da Prefeitura atendam a população”, afirma o secretário municipal de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap), Alexandre Jarschel de Oliveira. A Smap é responsável pela gestão tecnológica do programa da Prefeitura.

O secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Péricles de Matos, explica que toda essa tecnologia auxilia na tomada de decisão dos gestores públicos municipais. A secretaria é quem monitora as imagens reproduzidas no CCO e coordena as ações executadas a partir delas.

“É um bônus para o cidadão, pois há uma redução da criminalidade nos principais logradouros públicos cobertos por essas câmeras e a produção de materialidade nas investigações criminais. Para o gestor público, o ganho é a produção de informações reais e instantâneas que auxiliam na tomada de decisões em prol da comunidade”, destaca Matos.

Prevenção e elucidação de crimes

Uma das principais funções da Muralha Digital é o auxílio na repressão de crimes. As imagens coletadas pelo sistema de videomonitoramento da Prefeitura são monitoradas pelos guardas municipais do Centro de Operações e Controle da corporação 24 horas por dia. 

Assim, as equipes podem despachar viaturas para uma resposta mais rápida e eficiente a crimes como furtos, vandalismos e depredações em locais onde as câmeras estão instaladas, como o Setor Histórico, a Rodoferroviária e as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro. 

Algumas dessas câmeras possuem recursos como reconhecimento facial que, junto do sistema de contagem de pessoas e de uma biblioteca de faces criptografadas, facilita a busca por suspeitos procurados e foragidos da justiça.

De janeiro a junho deste ano, cerca de 100 imagens foram cedidas ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e às forças policiais para auxiliar na elucidação de crimes ocorridos nas áreas cobertas pelas câmeras.

Pontos estratégicos

 

Além de serem posicionadas nas ruas, as câmeras da Muralha Digital estão em locais de alta circulação de pessoas.

Recentemente, a Praça do Japão recebeu quatro câmeras panorâmicas que conseguem monitorar todo o entorno do local. Também foram instalados equipamentos em quatro cemitérios municipais da cidade, como o São Francisco de Paula, que conta com câmeras térmicas capazes de capturar imagens mesmo no escuro.

Nos próximos meses, o projeto da Muralha Digital deverá ter câmeras no Jardim Botânico e nos parques Tanguá, Passeio Público e Barigui.

Proteção aos vulneráveis

O sistema de fiscalização também ajuda a proteger os grupos mais vulneráveis. Câmeras estão presentes no entorno de todas as escolas municipais de Curitiba e as mulheres vítimas de violência doméstica protegidas pela Patrulha Maria da Penha contam com botões de pânico ligados ao sistema da Muralha Digital para contatar as forças de segurança ao acioná-los.

Integração com radares

A Muralha Digital não está presente apenas nas câmeras de segurança. O sistema também está integrado aos radares de trânsito que fiscalizam o trânsito na cidade.

As imagens coletadas pelos radares conseguem traçar os padrões comportamentais de motoristas e reconhecer as placas de veículos que transitam dentro do município, ajudando as forças de segurança no combate ao crime.

Cidade resiliente

 

As imagens coletadas pelo sistema também são de grande ajuda para a Defesa Civil. Em situações críticas causadas por efeitos adversos, como fortes chuvas e ventanias, a Muralha Digital consegue contribuir e concentrar esforços de resposta acompanhando as situações por meio de imagens dos locais afetados.

Pandemia

Por meio de uma aplicação pioneira nas cidades do Brasil, Curitiba é a primeira cidade a usar Inteligência Artificial para monitorar o distanciamento social. Unindo esta tecnologia com as câmeras da Muralha Digital, a Prefeitura foi capaz de monitorar e desmontar pontos de aglomeração de pessoas durante a pandemia da covid-19.

Câmeras corporais

Uma das adições mais recentes ao sistema da Muralha Digital são as câmeras que serão instaladas nos uniformes e nas viaturas dos guardas municipais, para tornar o trabalho da corporação mais eficiente e seguro.

O primeiro lote dos materiais foi entregue em julho, com 50 das 515 body cams destinadas à GM.

As 160 câmeras veiculares estão previstas para serem entregues nos próximos meses.