Equipe formada por representantes da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) deu início à elaboração do Plano Setorial de Habitação de Interesse Social de Curitiba. O documento vai nortear a política de habitação popular do município para os próximos dez anos, apresentando objetivos, princípios e diretrizes para serem colocados em prática ao longo da década.
A elaboração do documento é uma ação decorrente do Plano Diretor, que determina o planejamento da cidade. “Elaborar um bom plano, com a participação integrada das equipes técnicas e de representantes da sociedade civil, é fundamental para fazermos o melhor aproveitamento de recursos e a provisão de novas moradias e que elas sejam localizadas nos espaços com menor impacto ambiental, mas que atendam às necessidades das famílias de baixa renda”, diz o presidente da Cohab, José Lupion Neto.
Iniciar a elaboração do documento com a nova administração é um fator positivo, avalia Lupion. “Iniciamos esta gestão determinados a trazer de volta a Curitiba uma política habitacional eficiente, com a retomada de ações e obras que garantirão moradias dignas e preservação do meio ambiente”, afirma Lupion. “Porém, com ações planejadas para o futuro da cidade, fazendo uma gestão habitacional a partir de discussões fundamentadas e participativas.”
Segundo o presidente do Ippuc, Reginaldo Reinert, a orientação desta gestão é voltada à integração do macro e o microplanejamento e projetar o futuro com base na realidade do habitante de cada uma das regionais. “É um trabalho que o Ippuc constrói com a Cohab e demais órgãos e secretarias. O que buscamos é transformar o que é planejado em políticas públicas e ações para o benefício da maioria da população”, diz Reinert.
Recursos próprios
As discussões do Plano Setorial de Habitação de Interesse Social de Curitiba começaram nos primeiros dias de fevereiro, com a elaboração do diagnóstico para apontar e atualizar o número de habitações irregulares no município e propor alternativas para atender à demanda.
O passo seguinte, previsto para começar em março, será a definição de programas a serem adotados, com diretrizes, metas, indicação de fontes de recursos e planejamento do orçamento necessário à execução. “Um dos desafios que será proposto no plano setorial é que o município desenvolva algumas ações com recursos próprios”, diz a gerente do Departamento de Fomento Habitacional da Cohab, Luciana Cardon Castro.
Até julho, deverão ser estabelecidos planos e orçamentos necessários ao cumprimento das metas estabelecidas para o plano cujas estratégias precisarão ser alinhadas ao plano de governo do prefeito Rafael Greca e ao Plano Plurianual do Município. A proposta será submetida à população, por meio do Conselho Municipal da Cidade de Curitiba (Concitiba) e a previsão, segundo Luciana é que seja concluída até no início de 2018.