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Mais Energia

Pirâmide Solar da Caximba vai produzir 43% do consumo de energia de prédios municipais

Prefeito Rafael Greca com a primeira-dama Margarita Sansone e o vice-prefeito Eduardo Pimentel, assina com o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, termo de cooperação técnica para implantação da Pirâmide Solar da Caximba. Curitiba, 04/03/2020. Foto: Pedro Ribas/SMCS

 

A capital do Paraná vai ganhar mais uma usina pública de energia dentro do programa Curitiba Mais Energia, de promoção do uso de energias limpas e renováveis. Em formato de pirâmide, além de painéis fotovoltaicos, ela será movida a biomassa, com capacidade de produção de 5 MW.

A Pirâmide Solar da Caximba, a ser instalada no aterro sanitário desativado em 2010, será implantada e operada em parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), por meio de um Termo de Cooperação Técnica.

O documento foi firmado na tarde desta quarta-feira (4/3), em uma solenidade no Salão Brasil do Palácio 29 de Março, pelo prefeito Rafael Greca e pelo diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.

“Curitiba tem a luz em seu nome de batismo e a nossa devoção é à luz”, disse o prefeito Rafael Greca, bastante emocionado com a proximidade da concretização da pirâmide – um projeto que sonhou e começou a ser desenhado há cerca de 12 anos.

“E a rapidez com que o Governo do Estado, por meio da nossa Copel, acolheu a proposta do município nos permitirá fazer história”, completou Greca, ao lado da primeira-dama, Margarita Sansone e do vice-prefeito, Eduardo Pimentel.

O diretor-presidente da Copel elogiou o empenho das equipes técnicas e jurídicas da companhia e do município na construção do que chamou de um projeto simbólico e representativo. “Tudo isso para transformar o antigo aterro em um grande símbolo de progresso e que vai continuar contribuindo com o desenvolvimento da nossa cidade”, comemorou Slaviero.

Investimentos

De acordo com a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e jurídica do empreendimento já estão em elaboração e devem ser finalizados até o mês de maio. Informações preliminares indicam investimento total de R$ 31,5 milhões. O investimento da Copel corresponde a 49% do montante, cabendo os outros 51% ao município.

O projeto tem o apoio da C40, rede de cidades comprometidas com o enfrentamento das mudanças climáticas, e da GIZ, agência de cooperação internacional do governo alemão.

A proposta foi aprovada pela Chamada Pública 001/2019, publicada pela Copel, para selecionar oportunidades de negócio para implantação de empreendimentos em geração distribuída de energia, nas modalidades previstas na Resolução Aneel nº 482/2012.

Como vai funcionar

Encaminhada pelo município, a proposta contempla uma Unidade Geradora Fotovoltaica, com potência de 3,5 MW, com painéis em formato de pirâmide; e de Unidade Geradora a Biomassa – que vai aproveitar resíduos vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins, com potência de até 1,5 MW. O total é de 5 MW de potência instalada.

A produção anual de energia deve gerar em torno de 18.600 MWh, que poderá ser utilizada para compensação de consumo de energia, correspondendo a 43% do consumo dos próprios municipais.

Para a cidade, o projeto também representa uma nova utilização para a área do antigo aterro. “Com uma área que já representou um passivo ambiental, vamos trazer luz e energia para Curitiba. São iniciativas urgentes e de que o planeta precisa”, afirmou a secretária Marilza.

Outras iniciativas

O Curitiba Mais Energia abrange ainda a usina de geração fotovoltaica no Palácio 29 de Março, em operação desde o dia 5 de junho de 2019, financiada com recursos do Programa de Eficiência Energética da Copel, fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Também faz parte do programa a Central Geradora Hidrelétrica no Parque Barigui, doação da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), já em funcionamento. E uma estrutura semelhante a ser instalada na queda d´água do Parque São Lourenço, a ser licitada. 

Além deste projeto, a implantação de usinas fotovoltaicas na Rodoviária de Curitiba e nos terminais de ônibus do Pinheirinho, Santa Cândida e Boqueirão também está sendo elaborado com o apoio da rede de cidades C40.

Participam do desenvolvimento do projeto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Ippuc, a Urbs, a Secretaria Municipal de Finanças, a Secretaria de Planejamento e Administração, a Procuradoria Geral do Município e a Assessoria de Relações Internacionais.

Presenças

Acompanharam a solenidade o presidente do Ippuc e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur; a procuradora-geral do município, Vanessa Volpi; o secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Emílio Trautwein; a secretária da Comunicação Social, Monica Santana; o presidente da Fundação de Ação Social, Thiago Ferro; e o presidente da Cohab, José Lupion Neto.

Também estiveram presentes o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva; o superintende da Diretoria de Desenvolvimento de Negócios da Companhia, Ricardo Rothstein; e o vereador Serginho do Posto. Além de Artur Cezar Carvalho, a quem o prefeito agradeceu por ajudar a idealizar o projeto da pirâmide há 12 anos.

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