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Imunização contra a covid

Pessoas com comorbidades celebram o fim da espera pela vacina

Vacinação das pessoa com 59 anos completos com comorbidades. Na imagem: Marisa Copi, 59 anos, hipertensa e diabética, consultora para brinquedos educativos. Curitiba - 11/05/2021. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

 

Para a consultora de brinquedos pedagógicos Marisa Copi, 59 anos, a manhã desta terça-feira (11/5) marcou o fim de uma grande expectativa: a de tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19. Hipertensa e diabética, ela integra o novo grupo prioritário que começou a ser imunizado hoje em Curitiba, o de pessoas com comorbidades.

Nesta terça-feira, o cronograma é para as pessoas com 59 anos completos que comprovadamente tenham algum dos 22 tipos de doenças preexistentes listadas no Plano de Imunização Contra a Covid-19, do Ministério da Saúde (confira aqui a lista). A vacinação deste grupo vai seguir o critério etário, dos mais velhos para os mais jovens.

“É uma emoção que não tem dinheiro no mundo que pague. Fiquei trancada em casa desde o início da pandemia e agora vislumbro a possibilidade de rever de perto as pessoas que amo”, falou Marisa.

A consultora foi vacinada no Pavilhão da Cura do Parque Barigui, um dos 18 pontos de imunização da cidade. Ela diz estar ansiosa para rever em breve vários familiares, como o irmão Carlos Alberto, 62 anos, recém-vacinado com a primeira dose. Eles moram próximos mas, desde o início de 2020, só se veem pela janela.

Marisa faz o controle das doenças crônicas na rede municipal de Saúde, na Unidade de Saúde Mãe Curitibana. Como os demais pacientes acompanhados pelo SUS Curitibano, precisou apenas apresentar documento de identificação no ponto de vacinação para assegurar sua dose do imunizante.

Gotas de esperança

O fim da espera pela vacina também emocionou o aposentado Claus Eckstein, 59 anos. Hipertenso e diabético, ele diz que pretende manter as recomendações de prevenção ao vírus mesmo após a segunda dose, em respeito a quem ainda aguarda sua vez de receber o imunizante.

“São gotas de esperança. Fiquei muito emocionado ao recebê-las. Hoje, dei o primeiro passo para estar mais protegido”, disse Eckstein.

Acompanhado pela rede privada, o aposentado soube pela Central 156 e pela imprensa que teria de apresentar a declaração médica no modelo disponibilizado pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) para ser vacinado. O médico que o acompanha providenciou e assinou o documento. “Foi muito fácil, não precisei de deslocamentos”, explicou. 

Cuidado extra

O engenheiro civil Antonio Henrique Soares Elias, 59 anos, também contou que seu médico forneceu prontamente a declaração, necessária para todas as pessoas com comorbidades que são acompanhadas pela rede privada de saúde.

Ele falou que o fato de ser hipertenso gera uma preocupação extra em relação ao novo coronavírus.

“Vemos pessoas que não são acometidas de comorbidades sofrerem bastante com os impactos da covid-19 e há a preocupação de ter um risco extra com alguma comorbidade”, contou. 

Cadastro

O cronograma de vacinação para as pessoas com comorbidades será por idade, do mais velho para o mais novo. Novas faixas etárias serão anunciadas pela Prefeitura de Curitiba, que depende da quantidade de doses de vacinas recebidas.

Para facilitar o processo de vacinação e evitar filas, a Secretaria Municipal da Saúde pede que as pessoas preencham antecipadamente o cadastro na plataforma Saúde Já, pelo aplicativo de celular ou pelo site www.saudeja.curitiba.pr.gov.br.
Se possível, as pessoas podem imprimir e preencher antecipadamente o Termo de Consentimento, que deverá ser entregue no momento da vacinação, disponível neste link.

Para receber a vacina, a pessoa deve apresentar ainda um documento de identificação com foto, CPF, comprovante de residência com endereço válido de Curitiba e levar uma caneta.