João Leiva, responsável pela pesquisa Cultura nas Capitais
Os curitibanos estão participando mais de shows musicais. Essa foi a atividade cultural que mais cresceu na cidade nos últimos sete anos. Mas, o morador da capital paranaense também curte muito outras formas de lazer e arte. A conclusão é da pesquisa Cultura nas Capitais, apresentada e debatida nesta quinta-feira (6/2), na Capela Santa Maria.
A pesquisa completa pode ser consultada AQUI
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O levantamento, que é inédito no país, foi realizado pela consultoria JLeiva nas capitais brasileiras e analisou os hábitos culturais da população, entre 2017 e 2024. A pesquisa revelou que Curitiba se mantém acima da média nacional no acesso a 11 das 14 atividades pesquisadas, incluindo leitura de livros, jogos eletrônicos, cinema, visita a locais históricos, museus, bibliotecas, teatro, dança, feiras do livro, circo e concertos de música clássica.
“Curitiba tem índices de acesso à cultura maiores do que a média nacional, em praticamente todas as atividades”, destacou João Leiva, responsável pela pesquisa.
A leitura é a atividade cultural mais praticada dentro de casa pelos curitibanos. Dos pesquisados, 68% afirmaram que leram, ao menos um livro, no último ano. Na sequência, os jogos eletrônicos aparecem como atividade preferida para, 57% dos entrevistados.
Já no campo musical, o sertanejo é o gênero mais ouvido pelos curitibanos (47%) , seguido por rock (30%) e MPB (23%). Neste aspecto, também chama a atenção que 11% das pessoas foram a um concerto de música erudita no último ano.
“De fato, isso chama a atenção e pode ser um reflexo da Oficina de Música como grande fomentador desse gênero e de formação de plateia no campo da música erudita”, disse o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marino Galvão Júnior.
Shows de música em alta
Entre os destaques, Curitiba registrou crescimento na frequência a shows musicais, passando de 38% em 2017 para 40% em 2024. Para o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marino Galvão Júnior, esse aumento é reflexo direto da redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2%.
“Não tenho dúvidas de que o número reflete diretamente a política de atração de grandes eventos para a cidade. Além disso, nos últimos anos, a programação da Oficina de Música de Curitiba também ampliou a oferta de concertos e shows para a população”, destacou.
A secretária de Estado da Cultura, Luciana Pereira Casagrande, também integrou a mesa de debate. “Depois da pandemia, que fomos a praticamente zero de atividades externas, eu sinto que estamos num momento muito grande de retomada cultural”, disse Luciana.
A pesquisa indicou que 68% dos curitibanos entrevistados foram a festas juninas no último ano. Outros 33% responderam que participaram de algum bloco de carnaval, e 32% afirmaram terem ido a algum desfile de carnaval.
O Museu Oscar Niemeyer se consolidou como o espaço cultural mais visitado pelos curitibanos, com 48% de citações.