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Apoio aos recicladores

Peróxidos do Brasil destina 543 kg de lixo eletrônico ao Ecocidadão

Entrega de lotes de lixo eletrônico para representantes da Regional Tatuquara e do Ecocidadão Terra Santa. Curitiba, 28/04/2022. Foto: Hully Paiva/SMCS


Os recicladores do Ecocidadão Terra Santa, no Tatuquara, receberam, na quinta-feira (28/4), 543 quilos de lixo eletrônico doado pela empresa Peróxidos do Brasil.

A retirada do material foi feita na sede da empresa, no bairro CIC, com a presença da representante do Ecocidadão Terra Santa, Ana Pereira Marques, o administrador da Regional Tatuquara, Marcelo Ferraz, e dos servidores Daniel Ramirez e Josney Erdmann, além de Lorena Dal Pozzo e Gabriela Silva (Peróxidos do Brasil).

O elo entre a empresa e os recicladores foi estabelecido pela regional, que está contatando empresas do parque industrial de Curitiba que estejam dispostas a doar material para reciclar diante da escassez deste tipo de resíduo.

“Vai nos ajudar bastante. Resíduo para reciclar está muito difícil. É uma porta que se abre para nós e esperamos que outras empresas também façam o mesmo”, torce Ana Pereira Marques, do Ecocidadão Terra Santa, que atualmente emprega 33 pessoas.


Meio ambiente e ação social

De acordo com Lorena Dal Pozzo, analista do Sistema de Gestão Integrada (SGI) da Peróxidos do Brasil, existe a possibilidade de buscar arrecadação de lixo eletrônico junto aos funcionários, já que o descarte da fábrica ocorre num espaço de tempo mais longo.

“Esta parceria entre a Prefeitura e a empresa é muito positiva. O eletroeletrônico precisa receber destinação correta porque causa danos ao meio ambiente. Além de preservar a natureza, estaremos fazendo a logística reversa porque muitos componentes, como o ouro, o cobre e o estanho, são reaproveitados”, explicou Marcelo Ferraz.

Além do Ecocidadão Terra Santa, a Regional Tatuquara também tem o Ecocidadão Itaqui. As associações do Ecocidadão em toda a cidade recebem os equipamentos e fazem a triagem dos materiais.

O que pode ser reciclado é separado do que precisa de tratamento diferente para evitar contaminações. Partes plásticas dos equipamentos são separadas e vendidas pelas associações. Já as tóxicas, encaminhadas a empresas especializadas para descontaminação.

São recolhidos micro-ondas, TVs, torradeiras, batedeiras, aspiradores, ventiladores, mixers, secadores, calculadoras, câmeras digitais, rádios, computadores, tablets, notebooks, celulares, impressoras, monitores, carregadores de celular que estejam fora de funcionamento. 


Agride a natureza e afeta a saúde

A gerente de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Leila Maria Zem, explicou a importância de evitar que esses componentes sejam abandonados na natureza. 

“São materiais que contém resíduos tóxicos que podem contaminar o solo e o lençol freático e representam risco direto à saúde. Por isso temos que ter este cuidado em fazer a destinação correta”, alertou Leila.

Além da coleta de lixo eletrônico, Curitiba tem coleta domiciliar e de recicláveis porta-a-porta; recolhimento de lixo tóxico mensal nos terminais; e, sob demanda, para entulhos e vegetais. Existem, ainda, ecopontos destinados ao recebimento de restos de construção civil.

Maior fábrica de peróxidos de hidrogênio

Sediada em Curitiba desde 1970, a Peróxidos do Brasil é uma empresa nacional, fruto da joint venture do grupo brasileiro Produtos Químicos Makay (PQM) com o Grupo Solvay, empresa de especialidades químicas de origem belga.

A fábrica de Curitiba é a maior planta de peróxido de hidrogênio para o mercado do mundo, com a produção de 250KT/ano. A empresa opera três terminais de distribuição, localizados na Argentina, Chile e Colômbia.

Durante a pandemia do coronavírus, a Peróxidos do Brasil doou 32 mil litros de peróxido de hidrogênio para a Prefeitura. O produto foi utilizado para higienizar estações-tubo, terminais de ônibus e outros locais públicos de grande concentração de pessoas, já que o peróxido de hidrogênio combate bactérias, leveduras, fungos, vírus e esporos.