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Imunização

Pavilhão da Cura foi também espaço de esperança e empatia

O Pavilhão da Cura também se tornou espaço de fé, empatia e gratidão. Na imagem, Marta Lorenzetti Manoli da Silva, técnica de enfermagem da Central de Vacina da Secretaria Municipal de Curitiba. Foto: Hully Paiva/SMCS

 

Referência para os curitibanos como local de imunização contra a covid-19, o Pavilhão da Cura também se tornou espaço de fé, empatia e gratidão. Ao longo dos nove meses que foi utilizado pela Prefeitura de Curitiba como Centro de Vacinação, muitas histórias emocionantes foram registradas pelas equipes de trabalho.

 

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Um grupo de aproximadamente 500 pessoas entre servidores municipais, voluntários, estagiários e parceiros que se uniram na missão de dar esperança ao cidadão a partir da aplicação das vacinas. Um conjunto quase anônimo, com rostos cobertos pelas máscaras de proteção, mas que desenvolveram a habilidade de sorrir com os olhos para receber e atender com competência e dedicação cada uma das milhares de pessoas que circulam por lá no período.

Foram mais de 413 mil vacinas, o equivale a quase 20% do total de doses aplicadas em todo o município, até a última quinta-feira (16/9), chegando a imunizar até 500 pessoas por hora.

“Formamos uma família, enfrentamos desafios e superamos muitas adversidades que foram desaparecendo à medida que pudemos comemorar com cada pessoa imunizada. Foi um espaço de muita boa energia, de pessoas felizes e cheias de esperança”, diz Valquíria Conrrad, enfermeira da Secretaria Municipal da Saúde e encarregada em coordenar os trabalhos no Pavilhão.

Junto com a experiencia adquirida nos últimos meses, Valquíria leva para vida momentos especiais vivenciados com a equipe no Pavilhão. Ela conta que foram muitas as homenagens, cartas, flores, chocolates e outros presentes oferecidos pelas pessoas em sinal de gratidão. Também houve quem exercitou a criatividade e compareceu fantasiado ou usando adereços inusitados.

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Até que cada dose chegasse ao braço das pessoas em um dos 52 boxes de vacinação, dezenas de pessoas precisavam entrar em ação. Gente como a fonoaudióloga Ana Cristina Seibt Conrad, servidora da saúde há 31 anos, que encarou o desafio imposto pela pandemia de se reinventar, de atuar na recepção das pessoas que chegavam até o local, conferir documentos, lançar os dados no sistema da saúde e direcionar às pessoas até um dos quatro eixos organizados em cores diferentes para facilitar o acesso e agilizar o atendimento ao cidadão.   

“Tenho muito orgulho e gratidão por fazer parte desta linha de frente que está livrando a nossa gente desta pandemia. A experiencia me mudou como pessoa e profissional”, conta Ana Cristina.

Segurança das pessoas

Com 31 anos de serviço público, o supervisor da Guarda Municipal João Assis já atuou em diferentes frentes para garantir a segurança do patrimônio e das pessoas na cidade. Mas desde quando teve início a campanha de vacinação anticovid ele foi responsável pela equipe de guardas municipais que garantiu segurança do local, das pessoas e dos estoques de vacina.

“É uma satisfação ter sido útil, participar do enfrentamento desta pandemia que mudou os rumos da nossa história. Levo daqui muitas histórias bonitas que aconteceram nas filas”, menciona Assis.

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A técnica de enfermagem Adriana Marafon poderia até escrever um livro com relatos das boas experiências do período em que atuou como aplicadora de vacinas no Pavilhão da Cura.  Aluna do curso de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), usou seus conhecimentos para atender as pessoas com deficiência auditiva.

“Nunca vou esquecer a alegria e o carinho que recebi do primeiro idoso que eu atendi, durante a aplicação da vacina no drive-thru, que montamos nos estacionando do Parque Barigui”, lembra Adriana.

Central de Vacina

Marta Lorenzetti Manoli da Silva, técnica de enfermagem da Central de Vacina da Secretaria Municipal de Curitiba, não tinha acesso ao público, mas fez parte da equipe que controlava a rede de frio, em uma sala reservada, onde ficaram armazenadas as doses das vacinas Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.

 “Trabalhei todos esses meses fazendo o meu melhor, imaginando que nos boxes poderiam estar sendo vacinadas alguém da minha família, um amigo querido. Concluo essa parte do trabalho com a sensação de dever cumprido”, revela Marta.

Toda a dose aplicada, cidadão atendido, cada registro no sistema de informação da Secretaria Municipal da Saúde, no aplicativo Saúde Já, precisou da atenção e do trabalho de Leandro Carlos da Silva. Odontólogo de formação, o profissional foi o responsável pelo sistema de informação que permitiu fazer os registros.

“Acompanhar a alegria de cada pessoa que saiu daqui com seu registo executado compensou todos os desafios que precisamos encarar, de uma hora para outra, para viabilizar todas as informações registradas em tempo real”, relata Silva.

Espaço de formação

A medida que a cidade avançou na imunização das pessoas mais profissionais precisaram ser capacitados para ampliar a capacidade de vacinar. O Pavilhão da Cura passou a servir também como local dedicado à formação e ao aprimoramento dos vacinadores.

Em uma área reservada, 1.680 servidores do município da área da saúde, estagiários, professores e estudantes de escolas e instituições de ensino superior de enfermagem foram treinados por Ronald Gielow, enfermeiro da Secretaria Municipal da Saúde, com 36 anos de experiencia e atuação em saúde pública.

Ronald, que também fez parte da equipe que iniciou os trabalhos no Pavilhão, atuou como vacinador e teve a alegria de poder vacinar a mãe e os três filhos.

“O pavilhão ganhou o significado de esperança e vida, o grande aprendizado foi a empatia e o privilégio foi poder fazer parte deste processo, de ouvir as pessoas, de me colocar no lugar delas e ser uma gota de esperança na vida de cada uma”. Descreve Ronald.

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Fabiana Oliveira, 3º sargento do 20° Batalhão de Infantaria Blindado, é técnica em enfermagem e fez parte dos militares envolvidos na campanha de vacinação. “Servir já era uma escolha de vida, mas a extensão desta experiência, nesta linha de frente contra a covid, foi muito gratificante. Receber a gratidão das pessoas, felizes pelo direito à vacina foi muito especial”.

Limpo e organizado

Para que toDos pudessem desempenhar com qualidade as suas funções, uma equipe de auxiliares de serviços gerais mantinha todo o espaço limpo e higienizado. Uma das representantes da equipe é Maria de Fátima Souza, que contou ter vivido no Pavilhão uma das melhores experiências profissionais.

“Senti que o meu trabalho foi muito valorizado. Eu posso dizer que fui importante nesta fase que tantos precisaram se unir para vencer essa doença na cidade”, diz Maria de Fátima.

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