Ir para o conteúdo
Prefeitura Municipal de Curitiba Acessibilidade Curitiba-Ouve 156 Acesso à informação
Pioneira no Brasil

Patrulha Maria da Penha acompanha nove mil mulheres sob medida protetiva

Pioneira no Brasil, Patrulha Maria da Penha da GM completa oito anos de existência. Curitiba, 03/03/2022. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

 

Criada em 2014, a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal de Curitiba comemora oito anos de criação nesta quarta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher. A Patrulha trabalha na prevenção, proteção, monitoramento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar que necessitam de medidas protetivas de urgência.

Em oito anos, os guardas realizaram 42.251 atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar e prenderam mais de cinco mil autores de agressões contra mulheres. Em 2022, cerca de nove mil mulheres sob medidas protetivas estão recebendo acompanhamento da Patrulha.

A Patrulha Maria da Penha integra as ações da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência, uma parceria entre a Prefeitura e o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, e é um serviço pioneiro entre as guardas municipais do país.

Além do atendimento policial, os guardas da Patrulha Maria da Penha são capacitados para prestar um apoio humanizado e assistencial para as mulheres vítimas de violência doméstica durante os serviços de monitoramento, estimulando e empoderando-as para registrar denúncias e procurar acompanhamento jurídico.

“Nos monitoramentos rotineiros da Patrulha Maria da Penha, a mulher tem recebido ainda mais orientações quanto aos cuidados necessários para que a medida protetiva seja eficaz, sem manter contato com agressor por qualquer meio de comunicação ou aproximação”, afirma a guarda municipal Gislaine Seneiko Szumski, integrante da equipe gestora da Patrulha Maria da Penha.

Orientações

A procura por ajuda é a principal orientação da Patrulha Maria da Penha às vítimas de agressão em um relacionamento abusivo. Em caso de emergência, a vítima ou pessoas próximas devem ligar para o telefone de emergência 153. “A vítima não pode ficar calada”, reforça Gislaine.

Outra recomendação é que a mulher mantenha contato com familiares informando o que acontece dentro de casa. A rede familiar e de amigos pode ser essencial em momentos de necessidade.

“Se a mulher tiver medida protetiva, não deve ter vergonha de deixar vizinhos ou colegas de trabalho cientes da situação, porque eles também podem acionar o apoio quando necessário”, orienta Gislaine.

Também é oferecido apoio jurídico pela Defensoria Pública e monitoramento, com visitas e acompanhamento periódico, pela Patrulha.

Como identificar a violência

A violência doméstica e familiar é aquela que mata, agride ou lesa física, psicológica, sexual, moral ou financeiramente a mulher.

A violência doméstica tem evolução gradativa e é sorrateira. A mulher vive o ciclo de violência muita vezes sem perceber, tomando consciência apenas quando ocorrem as agressões físicas, que geralmente evoluíram da violência psicológica, situação menosprezada pela maioria.

A violência doméstica pode ser cometida por qualquer pessoa, inclusive mulher, que tenha uma relação familiar ou afetiva com a vítima, como pai, mãe, tia, filho. Nem sempre o agressor é o marido ou companheiro.

Em alta