Para aproveitar o verão e as férias com segurança, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça o pedido para a vacinação a partir dos nove meses de vida para quem ainda não foi vacinado.
Com as temperaturas mais altas e as viagens de férias, também aumenta a preocupação das instituições de saúde com algumas doenças que circulam com maior intensidade no verão, entre elas a febre amarela.
A vacina contra a febre amarela é gratuita e está disponível na vacinação de rotina de 107 unidades de saúde de Curitiba. Acesse a lista, com endereço e horários dos pontos de vacinação, no site Imuniza Já Curitiba.
A orientação é que a vacina contra febre amarela seja tomada com antecedência mínima de 10 dias antes da viagem para regiões de matas e estados ou países com a circulação do vírus.
Alguns destinos internacionais exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) da febre amarela, moradores de Curitiba podem solicitar o documento pela Central Saúde Já Curitiba.
Monitoramento
Embora Curitiba siga livre da circulação do vírus, ele já foi identificado em algumas regiões de mata do Paraná. Em 2019, Curitiba registrou quatro casos importados de febre amarela do tipo “silvestre” – que é a forma como a doença vem ocorrendo no país.
O Paraná segue em alerta com relação a doença. Segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) no novo ciclo de monitoramento da doença já foi confirmada a primeira morte de macaco por febre amarela (epizootia) em setembro de 2021, outros casos ainda estão em investigação.
Esquema vacinal
Atualmente, para pessoas entre 5 e 59 anos de vida, nunca vacinadas anteriormente, o imunizante contra a febre amarela é aplicado em dose única e tem validade por toda a vida.
Em menores de cinco anos, a vacina é aplicada aos 9 meses de vida, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade.
Até 2017, o Ministério da Saúde determinava a vacinação em Curitiba apenas àqueles que iriam se deslocar para área de risco em outros estados. Com o avanço da doença no país e nas regiões Sudeste e Sul, a partir de 2018 a vacina foi incluída no calendário de vacinação de rotina das crianças, sendo recomendada uma dose única aos 9 meses de idade.
“Desde, então, portanto, a vacina passou a ser recomendada também a todos em Curitiba que têm mais de nove meses, independentemente se vão se deslocar para área de risco”, explicou o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.
Como consultar
Caso a pessoa não tenha certeza se já foi imunizada, basta verificar se há registro na carteira vacinal no Saúde Já, disponível para smartphones e tablets com os sistemas operacionais Android e iOS.
A outra alternativa é procurar a unidade de saúde mais próxima de casa.
Já as pessoas com mais de 60 anos, gestantes e mães que amamentam bebês menores de seis meses precisam de avaliação clínica para confirmar a indicação ou contraindicação da vacina.
A imunização é contraindicada para pessoas com febre alta, deficiência do sistema imunológico ou que tenham histórico de reação alérgica grave aos componentes da vacina, como ovo e gelatina.
Febre Amarela
Transmitida por algumas espécies de mosquitos, a febre amarela é considerada uma doença sazonal do verão, geralmente com aumento de casos entre dezembro a maio. Nesse período, com altas temperaturas e dias de chuvas os mosquitos se reproduzem com mais intensidade.
Ao contrário do que alguns pensam, os macacos não transmitem a doença para o homem, eles servem de “sentinela”, uma vez que alerta sobre a aproximação do vírus, transmitido pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na febre amarela silvestre e pelo Aedes aegypti e Albopictus na febre amarela urbana, que não tem registro no Brasil desde 1942.
Sintomas
1ª fase - período de infecção: febre, calafrios, dores pelo corpo, náuseas e vômitos, sintomas comuns a várias outras doenças, como leptospirose e dengue.
2ª fase - período tóxico: febre, icterícia (pele e olhos amarelados, daí o nome febre amarela), urina escura, dores abdominais, hemorragias e outras complicações.
Prevenção
Além da vacinação, é importante combater o vetor (mosquito) que transmite o vírus, da doença; evitar áreas de mata com registros da doença. No caso de necessidade de adentrar em regiões de matas, mesmo vacinado, use repelentes e dê preferência para roupas claras, que cubram a maior parte do corpo – calça e manga longa.