Equipes da Prefeitura de Curitiba convocaram moradores da Vila 29 de Outubro para reuniões no Escritório Local do Caximba (ELO) nesta quarta-feira (25/10). Participaram cerca de 90 pessoas da comunidade para tratar de dois assuntos principais: concessão do benefício auxílio-moradia para os desabrigados pelas chuvas e a necessidade de transferir parte das famílias para possibilitar o avanço das obras da nova etapa do Projeto de Gestão de Risco Climático Bairro Novo da Caximba (PGRC).
A partir do dia 15 de novembro, 30 famílias que tiveram as casas alagadas começarão a receber da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) o auxílio-moradia no valor de R$ 800 para se manterem em segurança até que as moradias definitivas estejam prontas.
“Foram feitos 93 pedidos. As situações mais urgentes já foram aprovadas e começarão a receber no próximo mês, enquanto as demais estão sendo analisadas pela equipe para possível pagamento na sequência”, explica a diretora de Relações Comunitárias da Cohab, Meiri Morezzi.
As fortes chuvas do mês de outubro ocasionaram alagamentos na região, com casas interditadas e famílias abrigadas provisoriamente em escola.
“As enchentes foram causadas pelo grande volume de chuvas e também pela condição precária em que se encontravam as interligações entre as cavas, feitas de forma improvisada pelos próprios moradores”, explica o engenheiro Rodrigo de Almeida, da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), órgão responsável pelas obras do projeto.
Para reduzir o risco de novas enchentes no local, a Prefeitura está utilizando retroescavadeiras para melhorar as interligações entre as cavas e tornar a drenagem mais eficaz.
Avanço da obra
Atualmente estão em obras 752 casas da primeira etapa, a ampliação da escola Municipal Joana Raksa, a construção de uma estação elevatória de esgoto e sendo feita a terraplanagem para o início da obra de outras 223 unidades habitacionais.
Para a implantação de infraestrutura viária, microdrenagem e preparação para as redes de água, luz e esgoto será necessária a transferência de cerca de 100 famílias que hoje vivem no local onde serão implantadas as melhorias.
Na reunião, essas transferências foram negociadas com as famílias, que a exemplo das desabrigadas pelas chuvas, também receberão o auxílio-moradia de R$ 800 até que suas casas do projeto estejam concluídas.
“Há necessidade de retirar essas famílias o quanto antes, mas neste projeto nada é imposto, tudo é conversado, o posicionamento dos moradores sempre é levado em conta. Seria um transtorno para alguns mudar no fim do ano, então faremos a transferência do menor número possível para continuidade da obra até dezembro e as demais sairão em 2024”, esclarece Meiri.
Dois são os principais motivos para algumas famílias pedirem para mudar somente ano que vem: o ano letivo escolar com uma possível necessidade de transferência de escola e moradores cujos comércios têm alta nas vendas justamente neste período. A Prefeitura vai aguardar para implementar as mudanças para evitar impacto financeiro para essas famílias.