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Diversidade Sexual

Palestra on-line debate o Dia Nacional da Visibilidade Trans

Palestra on-line debate o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Foto: Divulgação

O respeito às pessoas trans e informações sobre os transgêneros e transexuais foram discutidos, nesta segunda-feira (31/1), em uma capacitação on-line promovida pela Assessoria de Direitos Humanos - Políticas da Diversidade Sexual. O evento teve a participação de servidores de várias secretarias municipais da Prefeitura. A palestra foi por conta do Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro. 

Entre os assuntos tratados estavam a visibilidade às questões das pessoas transgêneras e o combate ao preconceito e à discriminação, e à LGBTIfobia, que é o ódio a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersexos.

O assessor da Diversidade Sexual da Prefeitura, Fernando Roberto Ruthes, também lembrou que a ação marcou o dia 30 de janeiro, Dia da Não Violência e da Cultura da Paz.  “No sábado, dia 29 de janeiro, lançamos um vídeo nas redes sociais da Prefeitura sobre o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Hoje também marca o Dia da Não Violência e da Cultura da Paz, é isso que buscamos, cada vez menos violência e transfobia. Hoje foi um dia para troca de saberes e uma conversa produtiva”, afirmou Ruthes. 

Os palestrantes da capacitação foram Karollyne Nascimento, mulher trans, e Ouvidora Externa Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná; e Fabian Alegarte da Silva, homem trans, contador, e Coordenador Nacional da Área de Homens Trans e Transmasculinidades da Aliança Nacional LGBTI+, e Secretário Executivo do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – IBRAT.

“Falar da visibilidade trans é muito importante e aqui na Assessoria da Diversidade Sexual esse tema é tratado durante todo o ano”, afirmou Fabian Alegarte.

Karollyne Nascimento explicou que ainda existe muito preconceito com as pessoas trans. “Ainda somos vistas com marginalização. Precisamos ter representatividade, ocupar os espaços. Só vamos romper barreiras quando tivermos representantes da nossa população trans”, disse.

A assessora de Direitos Humanos - Políticas para Mulheres, Elenice Malzoni, lembrou que ainda existem muitas subnotificações de casos de violência contra pessoas trans. 

Violência

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no ano de 2020, em Curitiba, foram registradas 20 notificações de violência contra pessoas trans, das quais, em sua maioria, violência autoprovocada. Aquela em que o próprio indivíduo comete algo consigo mesmo, sendo o suicídio a principal delas. Os fatores preponderantes que levam à pratica do suicídio estão relacionados a situações de saúde mental, bullying e não aceitação social e familiar, caracterizada por discriminação e hostilidade, que estão presentes em todo o ciclo de vida das pessoas trans.

Histórico

O dia da visibilidade trans foi instituído em 2004 e tem como objetivo fortalecer e ampliar a discussão sobre a garantia de direitos e da cidadania da população trans.

O direito à vida, e a vida sem discriminação e violência é um dos princípios básicos da Constituição Federal e da Declaração dos Direitos Humanos.